Capítulo 22

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Cristhian

Inspirei fundo, aspirando o leve aroma que desprendia da pele da
Ana, e abri um sorriso, ao sentir seu corpo quente aconchegado ao meu e
ouvir o leve ressonar.
Abri os olhos lentamente, sentindo-me completamente revigorado,
e olhei as horas no relógio na cabeceira, constatando que era mais de
uma da manhã. Encarei a mulher que dormia em cima do meu braço, que
estava levemente dormente. Ela me fez relaxar ao ponto de cair no sono
rapidamente. A benim değerli parecia ter a capacidade de fazer isso,
levava-me a um torpor físico e mental que não poderia reclamar. Era bom
imergir naquele nível de relaxamento, ao ponto de me fazer esquecer
temporariamente de tudo. Contendo a vontade de acarinhar a bochecha
dela, apenas velei o seu sono enquanto era refém de um sentimento

estranho que fazia meu coração se acelerar, e não era apenas por ter o
corpo nu e perfeito tão próximo ao meu. Sou arrogante demais para saber
que bastava acordá-la para que começássemos novamente a busca
desenfreada pelo prazer. Mas não, não era pela possibilidade de sexo
com ela, mas apenas o deleite de poder observar o seu rosto, admirar os
cílios longos, o nariz pequeno, se movendo incomodado quando uma
mecha caiu sobre ele, observar seu peito subindo e descendo
calmamente.
Não sei quanto tempo fiquei ali observando-a, movido por uma
onda de ternura completamente estranha para mim, sentindo-me satisfeito
e em paz, até que, percebendo o quanto os fios de cabelo a estavam
incomodavam, tentei removê-los, porém meu toque fez com que ela
remexesse no meu braço e abrisse lentamente os olhos.
— Cristhian? — A voz era sonolenta e eu beijei os lábios dela,
acariciando a curva do seu maxilar bem-feito.
— Desculpe te acordar, değerli.
Sedento por ela, mas não com conotação sexual, deixei um rastro
úmido pelo seu rosto, beijando as pálpebras, a testa, o nariz, o queixo,
não queria deixar de tocá-la.
— Que horas são? — Suas mãos acariciaram a lateral do meu
corpo, e um gemido escapou pelos meus lábios.
— Pouco mais de uma hora da manhã.
— Hm…

Parecendo um pouco mais alerta, ela ergueu-se, apoiando-se em
um cotovelo, saindo do meu abraço.
— Você não vai fugir assim de mim. — Demonstrei meu
descontentamento quando ela rolou para longe, o que a fez gargalhar.
Segurei o braço dela e puxei-a para mim novamente, prendendo-a
em um abraço, minhas pernas entrelaçando as dela para que não
escapasse. Mas era eu quem não podia escapulir quando era refém dela.
Sua palma pequena espalmou contra o meu peitoral, e aqueles olhos
azuis me fitaram com desejo. Seus lábios generosos, vermelhos pelos
meus beijos, me presentearam com um sorriso. Por um momento, não
houve nada além dela e as sensações que me fazia sentir.
— Preciso ir ao banheiro — disse com a voz rouca e arqueei a
sobrancelha.
— Claro — não contive minha expressão de muxoxo e ela me
brindou com um selinho.
Ela assentiu com a cabeça quando, a contragosto, desfiz meu
abraço. Foi instintivo para mim acomodar-me de lado na cama de modo
que pudesse vê-la sentar na beirada, ficando de costas para mim. Senti
meu pênis ficar rígido com o vislumbre das nádegas macias, o desejo
retomando com toda a sua fúria.
— Tem toalhas limpas dentro do armário, se quiser tomar um
banho. — Meu tom saiu áspero com a ânsia que me inflamou quando

Anastácia  se ergueu, dando-me uma visão completa da bunda arrebitada —,
e tem xampu no suporte, se quiser lavar os cabelos.
Virou-se para mim e meu olhar percorreu lentamente os seios
marcados pelo bronzeado, coroados pelas auréolas marrons, deslizando
pelo ventre liso, até alcançar o sexo coberto por pelos negros, o que fez
com que eu sorrisse lascivamente, que aumentou vi as meias que, em
algum momento, tinham abaixado. Voltei a subir os olhos, fixando minha
vista na vagina, minha boca enchendo d’água com a vontade de prová-la,
fazendo-a gozar em meus lábios. Inconsciente, levei a minha mão ao meu
pênis, acariciando-o suavemente.
— O xampu é seu? — O tom inseguro fez com que eu soltasse
meu pau e voltasse a encarar o seu rosto.
Odiei ver a vulnerabilidade dela outra vez.
— Sim, değerli. — Emiti um suspiro cansado quando os ombros
dela pareceram relaxar — De quem você imaginou que fosse?
Deu de ombros e não respondeu, caminhando pelo quarto e
pegando o vestido do chão. Eu bufei. Levantei da cama e, com passos
largos, aproximei-me dela. Segurei seu braço gentilmente, fazendo com
que me encarasse ao tocar o seu queixo.
— Por que você não confia em mim, aşk31? — Estava sério, e nem
prestei atenção na palavra que eu tinha usado. — Por que não acredita
quando digo que não sou esse tipo de homem, que dorme com uma
mulher diferente a cada dia?

Ficou em silêncio e eu a abracei, deslizando meus dedos pelas
costas nuas.
— Por que prefere acreditar que sou ruim o suficiente para oferecer
um produto que pertence a outra mulher? Que sou esse tipo de canalha?
— Fiz uma pausa e minha voz saiu baixinha, machucada: — Que sou
comparável ao meu pai e meu avô, que só machucam suas esposas?
— O quê? — me olhou, parecendo confusa.
— Não importa.
Beijei sua testa, e vi os olhos azuis dela cintilando, como se me
entendesse sem eu precisar dizer mais nada. Do quanto as atitudes dos
homens da minha família me magoaram, e continuavam me ferindo
mesmo agora com meus trinta e quatro anos de idade, algo que escondia
de todos.
— Só confie em mim, Anastácia  — pedi. Precisava disso. — Por
favor.
— Não quis te ofender, Cristhian  — pegou a minha mão e levou aos
lábios —, me desculpe por sempre estragar tudo.
— Não fez nada de errado. — Minha expressão se suavizou. — Eu
compreendo todas as suas inseguranças, mas não precisa ficar assim
comigo. Com o tempo, vai ver que pode confiar em mim.
— Obrigada — foi uma resposta curta, como se não soubesse o
que dizer.

Sorri para ela e, envolvendo seus cabelos entre os dedos, puxei
seu rosto e não precisei dizer nada, seus lábios já estavam entreabertos
para receber os meus, e enquanto movíamos nossas bocas, em um beijo
delicioso, o que se passou minutos atrás não mais me importou.
— Banho. — Interrompeu o beijo e eu protestei.
Trazendo-a de novo para minha boca, mergulhei novamente nela,
enroscando minha língua na dela, embriagado, o que me fez estremecer
da cabeça aos pés com sua intensidade.
— Cristhian  — me empurrou para me afastar e me dei um último
selinho —, vamos acabar na cama outra vez.
— Gosto muito dessa ideia — fui malicioso, minha mão indo em
direção a sua bunda, agarrando as nádegas fartas.
Balançou a cabeça em negativa e eu fiz uma careta quando ela
voltou a andar em direção a porta que levava ao banheiro da suíte, anexo
ao meu closet, e eu admirei o ondular dos quadris, as nádegas se
movimentando com cada passo. Hipnotizado pelo corpo dela, a segui,
encostando meu peitoral nas suas costas quando ela estacou no meio do
cômodo, fazendo ela dar um pulinho, assustada.
— Cristhian ? O que está fazendo? — perguntou com a voz rouca
quando minha mão percorreu o abdômen dela, alcançando o monte e
brincando com os pelos.
Mordi seus ombros, fazendo-a arquear a bunda contra a minha
pelve, meu pênis roçando no seu buraco enrugado. Queria muito penetrá

la por trás, algo que não me apetecia tanto, nunca fui um homem
fascinado por bunda, mas aquela mulher fazia com que eu não negasse
nenhuma parte do seu corpo, desejando tudo com fúria.
— Não vai me convidar para o seu banho? — Beijei a orelha dela e
ela jogou os braços para trás, segurando os meus cabelos quando tomei o
lóbulo entre os meus dentes, meus dedos deslizando pelos grandes
lábios, a lubrificação natural dela já me envolvendo. — Eu também preciso
de um.
— Claro — respondeu em meio a um arfar.
Esfregando-se, rebolando em mim, completamente mole,
choramingou de prazer quando rocei o seu clitóris sensível, estimulando-
a, e deu um gritinho de protesto quando eu parei. Minha risada ecoou por
todo o cômodo.
Dei um tapa de leve na bunda dela para que fosse em direção ao
box, e Anastácia  caminhou com passos vacilantes até lá, como se suas
pernas não conseguissem sustentar o seu peso. Fechando a porta de
vidro atrás de mim, liguei os jatos do chuveiro com hidromassagem, a
água morna nos envolvendo. Peguei o sabonete do suporte, deslizando-o
lentamente pelo seu corpo, mas deixei-o cair quando vi Anastácia  fechando
as pernas com força, tentando aplacar o fogo que a consumia, e inseri um
dedo no seu canal. Pelo visto, tomar banho seria a última coisa que
faríamos ali.

Continua...

Votem comentem muito para eu saber se estão gostando da história.

Beijos até a próxima

10/05/2024.

O Pai Do Meus Bebês É O CeoOnde histórias criam vida. Descubra agora