Capítulo 6

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Anastácia

Minha pulsação se acelerou e demorou alguns segundos
para que meu cérebro embotado pelo desejo, por ele não me deixar
o tocar da forma que queria, assimilasse sua fala. Ou melhor,
ordem. O tom empregado por ele, o sorriso lascivo e o brilho nos
olhos negros não deixavam nenhuma dúvida de que ele não pedia e
que me persuadiria a fazer o que queria.
Umedeci meus lábios sentindo a minha boca secar, um
calafrio me percorrendo em meio a vergonha. Não sou virgem, a
questão não era essa, apenas preferia fazer as coisas no escuro
para esconder as eventuais imperfeições. Nessa noite estava sendo
uma mulher ousada, mas não aquele ponto, embora quisesse fazer
de tudo para agradá-lo. Balancei a cabeça em negativa e dei um
passo para trás, e ele inspirou fundo.
— Não posso — minha voz soou falha e irreconhecível.
— Venha aqui, tatlim. — Ainda que sua expressão fosse
ardente, tinha um quê de ternura em sua voz que me impeliu a ele
mesmo que eu hesitasse.
Quando me aproximei dele, ele envolveu minha cintura
trazendo-me para si, e encostou o queixo na minha barriga, fitando-
me com os olhos negros agora gentis. Instintivamente, curvei-me

para ele, levando a mão aos cabelos revoltosos e massageei os
fios.
— Não pode ou não quer?
Acariciou meus quadris suavemente, plantando um beijo no
meu abdômen, o calor se espalhando pelo meu ventre, e meu sexo
pulsou com o desejo.
— Eu quero — respondi em um sussurro, não conseguindo
esconder essa verdade dele. — Mas eu não nunca fiz isso.
— Para tudo se tem uma vez. — Sorriu.
Com agilidade, segurando-me com mais força, fez com que
eu sentasse em seu colo e eu envolvi o seu pescoço pela surpresa,
soltando um som de prazer ao sentir sua ereção contra mim. Sua
barba roçando a minha pele me arrepiou.
— Sei que sim — forcei-me a dizer ao esfregar meu sexo no
dele.
— Mas...?
Apertou-me mais contra si e por um momento me senti como
nos filmes, quando a personagem principal ficava nos braços do
mocinho. E me pareceu muito natural ficar com ele assim, embora
soubesse que era mais uma idiotice da minha mente romântica, pois
provavelmente nunca mais o veria depois dessa noite,

— Tatlilik[16]
...
Esperou pacientemente por uma resposta e arfei ao rebolar
contra ele. Porém, antes que me movimentasse mais, segurou
minha cintura impedindo-me, me trazendo de volta a realidade do
seu pedido.
— Não tenho autoconfiança para isso.
Me contorci quando plantou um beijo no meu pescoço e sua
mão subiu pela lateral do meu corpo até alcançar um mamilo,
segurando-o em concha, deixando o bico rígido por debaixo do
tecido, ao roçar o polegar nele. E eu vibrei com a tensão que se
acumulava em meu interior, principalmente quando deu atenção ao
outro. Ele precisava fazer muito pouco para me deixar acesa.
— Ana?
— Hum? — Gemi em meio ao estímulo que Cristhian  me
proporcionava, principalmente quando ele me soltou e deixou que
eu me movesse contra sua pelve. Os sons que escapavam pelos
lábios dele eram combustível para o meu prazer.
— Posso não a ter visto nua ainda — arfei quando apertou
meu mamilo com força —, mas tenho certeza que você é perfeita e
muita mulher até mesmo para um homem como eu. E eu te
mostrarei isso, değerli.

Embora não acreditasse completamente em suas palavras,
elas me adulavam. Mas não tive muito tempo para pensar, pois,
roubando um beijo lento, sedento, me ajustando melhor em seu
colo, fazendo-me segurar seu pescoço, ergueu-me e com passos
largos, caminhou em direção ao cômodo onde ficava a cama. E eu
aproveitei para deixar uma série de mordidas e lambidas na pele
exposta, recebendo os sons roucos dele como retribuição, seus
dedos cravando em mim com força. Pousou-me no chão com
delicadeza, próximo ao colchão, aproveitando para roçar seu pênis
no meu sexo excitado, que reagiu ao estímulo. Ergueu o meu rosto
pelo meu pescoço, voltando a me beijar, sua língua deslizando pelos
meus lábios, antes de forçar passagem por eles, me convidando
para aquela dança de bocas.
Girou os nossos corpos, e tocando o peitoral definido e
quente, empurrei-o suavemente fazendo-o cair na cama. Surpreso,
ele me encarava em uma mistura de desejo, antecipação e
frustração. Sabendo que tinha toda a sua atenção, dei pequenos
passos para trás. Se ajeitando melhor na cama, deixando as pernas
abertas, aguardando, me passou confiança através do olhar, tanto
que eu deixaria para ser a Ana  recatada no dia seguinte.

O Pai Do Meus Bebês É O CeoOnde histórias criam vida. Descubra agora