Capítulo 3

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Anastácia

Remexendo-me no assento de couro, enquanto contemplava
a rua iluminada que não tinha um volume grande de carros naquela
hora, algo que comumente o trânsito de Chicago tinha pelas
manhãs, sentia minhas palmas suarem frio, meu coração se
acelerar, ao mesmo tempo que meu corpo formigava e queimava de
antecipação.
Era completamente ciente que eu estava perdendo o juízo,
mas, mesmo assim, eu estava me permitindo a loucura de estar
prestes a ir para a cama com um desconhecido, sobre quem eu
nada sabia, além do primeiro nome e seu país. Apesar de que, pelo
carro preto esportivo de luxo, podia chutar que as posses daquele
homem eram muito maiores do que eu imaginei a princípio, o que
indicava que ele não ocupava um cargo tão baixo quanto o meu.
Havia a hipótese de que ele fosse daqueles tipos de cara que
gostava de ostentar o que não tinha, mas observando-o com o canto
do olho, recusava tal ideia. Tudo nele indicava poder, e a seriedade
em sua expressão denotava que ele não era o típico exibicionista
que vivia um padrão que não podia pagar.
Mas pensar o quão poderoso ele poderia ser, fez com que me
sentisse desconfortável, e uma pontinha de medo de ser taxada de
interesseira quebrou as ondas de desejo que aquele homem me

fazia experimentar apenas com a sua proximidade, alimentada pela
imagem dele me beijando que ainda rodopiava na minha mente.
Fechando os olhos, tentando afastar da mente o que ele
poderia pensar de mim, de que eu queria algo em troca, inspirei o
perfume dele, buscando me acalmar, dizendo a mim mesma que
não era o momento de refletir sobre isso. E eu não me importava
minimamente com o que ele tinha, eu só me permitiria ser aquela
mulher ousada que sabia que nunca mais seria.
Meu baixo-ventre se aqueceu quando a mão grande e
pesada pousou sobre a minha coxa e a apertou com força,
possessiva, fazendo com que abrisse minhas pálpebras e o
encarasse luxuriosamente, lamentando a presença do tecido do
vestido que impedia de ter pele contra pele. Quando deslizou seus
dedos em direção ao meu sexo, tocando-o suavemente, eu arfei,
fincando minhas unhas no couro, sentindo meu coração sair pela
boca com a carícia, não contendo um gemido ao arquear-me contra
ele. Querendo muito mais do que aquele toque, que já me deixava
completamente úmida, principalmente quando resvalou de leve o
indicador na minha fenda, aumentando a minha excitação.
Outro gemido morreu em meus lábios, se transformando em
um protesto quando ele deixou de me tocar, e Cristhian riu de mim.

Deveria ter imaginado que ele só queria me provocar, me dando a
certeza disso, quando seu sorriso se transformou em uma
expressão séria. Engoli em seco, voltando a olhar pela janela,
embora ainda fosse refém do calor pulsante que ele tinha
desencadeado, ansiando por ser preenchida.
- O que está te incomodando, değerli? - Parou o carro no
acostamento em uma rua pouco iluminada e deserta. Segurando o
meu rosto, fez com que eu encarasse seus olhos escuros, atento.
- Nada. - Dei um sorriso fraco que não o convenceu.
- Não esconda nada de mim, kıymetli[9] - sussurrou,
acariciando meu queixo, prendendo-me no seu magnetismo, e tive a
certeza que ele não aceitava omissões e mentiras, o que poderia
dizer muito do seu caráter. - Se você não quiser mais, eu
entenderei e deixarei você em casa, tatlim.
Soltando-se do cinto, o que fez a luz interior do carro acender
automaticamente, pousou os lábios sobre os meus em um beijo
casto, que fez um calor gostoso e diferente subir pelo meu peito. Era
um toque que tinha a intenção de acalmar o que quer que fosse. E
eu me senti grata por isso também, pelo fato dele respeitar os meus
limites, de dar-me a escolha de desistir. Meu ex várias vezes tinha

me pressionado para seguir em frente, e tinha sido completamente
horrível.
Embora aparentasse ser rígido, pude notar que ele escondia
um homem capaz de gestos incrivelmente sensíveis.
- Eu te desejo, değerli, mais do que você pode imaginar,
mas eu quero você tão disposta a isso quanto eu - completou. -
Não tenciono obter nada menos do que o fogo que eu sei que é
capaz de me dar.
Meus pelinhos se arrepiaram com as suas palavras e senti
meu sexo se contrair com a onda de desejo avassalador que me
percorreu, principalmente quando os olhos negros pousaram sobre
o topo dos meus seios, como se estivesse louco para liberá-los do
decote modesto. Minha respiração se acelerou ainda mais, tudo em
mim consciente dele. Com ele me encarando daquela maneira, era
impossível não me achar a mulher mais sexy que o turco tinha visto,
embora fosse uma completa tolice imaginar isso, provavelmente
estava longe de o ser. Não consegui conter o suspiro quando Cristhian ,
segurando o meu rosto com uma mão, me trouxe para perto do seu,
enquanto a outra voltava a pousar sobre a minha coxa, seus dedos
bem próximos da minha vagina, apertando-me. O arrepio delicioso
que me percorreu fez co que por um momento minhas

O Pai Do Meus Bebês É O CeoOnde histórias criam vida. Descubra agora