Capítulo 4

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Cristhian

Um silêncio de antecipação preenchia o veículo enquanto eu
sentia meu corpo todo tenso, com o meu desejo insatisfeito pelos
toques suaves daquela mulher no meu pau que parecia esticar
contra o tecido da minha cueca e calça, uma carícia que era mais
exploração do que algo para fazer-me perder o controle, mas que foi
o suficiente para me deixar em chamas.
Mas foi o modo como reagiu ao roçar dos meus dedos na sua
vagina, que me deu mais uma amostra de como sob a aparência
recatada se escondia um fogo que era capaz de me incinerar e me
fazer viciar em dar prazer a ela. E se antes eu tinha certeza que a
queria não apenas por uma noite, agora tinha total certeza disso.
Estava mais do que afoito para descobrir as reações dela
quando a explorasse lentamente e também para estar em seu
interior, com nossas peles coladas uma na outra banhadas de suor,
as bocas se devorando ao mesmo tempo que ela me arranhava nos
ombros e costas, me trazendo para si. A teria em diferentes
posições, queria tudo que eu sabia que Anastácia poderia me dar com
uma ânsia desconhecida. Desejava todos os gemidos dela, suas
expressões e arfares para mim. Queria impregnar-me dela, fazendo-
a me querer da mesma maneira descontrolada que eu a cobiçava,

que esquecesse qualquer outro que a tocou ao sentir meus lábios e
mãos. A exploraria vagarosamente, tomando todo o meu tempo
para degustá-la, proporcionando a satisfação que a benin değerlim
merecia. Por isso, apesar da minha excitação dolorosa, não pude
tomá-la bem ali no meio da rua, em um sexo urgente dentro de um
carro, ou até mesmo deixar que ela me masturbasse e esvaísse nos
seus dedos. Não hoje, quem sabe em outro dia. Eu queria tudo com
Anastácia . Explorar aquele desejo irracional e desconhecido por sexo,
por toques, por beijos. Por aquela morena angelical e ferida.
Seria o homem dela enquanto eu estivesse ali para fechar a
transação de negócios e deixar a empresa em ordem. Seriam
meses mais que deliciosos. Dominado pela posse e pela minha
determinação implacável que me guiava em qualquer transação
comercial, fitei-a pelo retrovisor, sorrindo lascivamente quando meus
olhos pousaram naquela boca saborosa marcada pela minha, que
me proporcionou os melhores beijos que ganhei na vida. Ela me
embriagava. Algo que nunca teve tanta importância para mim, agora
ganhava novos significados.
Como se adivinhasse que era observada, tirou-me da minha
linha de pensamentos desconfortáveis sobre nuances de beijos e a
relevância deles quando seus olhos encontraram os meus através

do espelho. Mordeu os lábios macios, e eu segurei o volante com
força ao sentir-me à beira do limite, meu pau latejando, tomando o
gesto como incentivo. Desviei o olhar para as avenidas iluminadas
pelos postes, mas não consegui conter um gemido em meio a minha
respiração acelerada quando a mão dela pousou na minha coxa, os
dedos a poucos centímetros de tocar minha ereção.
- Değerli... - Minha própria voz saiu estrangulada quando
ela me tocou por cima da calça novamente.
Começou a me massagear, o toque dela fazendo com que
meu abdômen se retesasse em resposta, e eu odiei a presença do
tecido que me impedia de sentir a palma quente acariciando-me,
deslizando pela minha extensão, bem como minha negativa tola em
não me enterrar logo dentro dela. Mas seu toque era uma espécie
de tortura a qual eu me submetia sem hesitar. Grunhindo, ansiando
por mais, deixava que ela me estimulasse sabendo que eu iria
retribuir aquela provocação, fazendo Anastácia implorar por mim,
sedenta. E eu seria muito mal.
Quando arqueei meus quadris contra ela, querendo mais da
carícia, ela removeu a mão com um gritinho e eu chiei baixinho pela
mulher ter parado, e acabei aumentando a velocidade do carro,

querendo logo chegar ao meu destino e iniciar o meu jogo de
sedução.
Enquanto dirigia, com o canto do olho, percebi que ela tinha
uma expressão contente, seus lábios levemente curvados para cima
em um sorriso. Não tinha certeza se ela era inconsciente do poder
que tinha sobre mim e que poderia ser a minha derrocada. Reprimi
um suspiro e mantive minha expressão, voltando a minha mente
para as deliciosas maneiras que eu a faria gozar. Era um terreno
bem mais seguro, apesar de que, no que tangia a ela, minha
intuição me dizia que nada era tão simples.
- Para onde está me levando? - perguntou em um tom
rouco, sexy, que fez os pelos da minha nuca se arrepiarem com as
promessas luxuriosas, depois de vários minutos em um silêncio
carregado de tensão e desejo, quebrado apenas pelo barulho do
pneu contra o asfalto. - Está demorando muito.
Não contive a risada com a impaciência dela, que rivalizava
com a minha, e novamente o desejo brutal me consumiu.
- Para um hotel que fica a poucas quadras daqui.
- Entendo - comentou displicentemente -, fico feliz por
isso.

Deveria sorrir com sua fala, mas percebi certa hesitação em
sua voz, o que me impediu. Parecia acreditar que eu era o tipo de
homem que nunca a levaria para a minha casa, estabelecendo
limites no relacionamento, demonstrando que seria apenas sexo,
como tinha feito antes. Que não havia lugar para ela na minha vida
pessoal e que só a queria nua e debaixo de mim por uma noite.
Diferentemente dos poucos casos que tive no passado, a ideia
desse distanciamento me incomodou o suficiente para que eu
quisesse justificar-me com a değerli, algo que não costumava fazer
com ninguém. Disse a mim mesmo que agia assim por não me
colocar no mesmo patamar que meu avô e pai, que não ajudaria a
destruir ainda mais uma mulher com problemas de autoestima. Não
era igual aos dois bostas que a magoaram. Mas sabia que estava
enganando a mim mesmo por razões que era melhor não investigar.
- O apartamento que comprei ainda está sendo mobiliado -
sussurrei quando paramos em um semáforo e segurei o seu queixo,
querendo que ela me encarasse e visse a verdade em meus olhos.
- Se pudesse, eu levaria você até lá.
- Novamente estou sendo tola - abriu um sorriso fraco,
vulnerável -, daqui a pouco você desiste de mim e minha série de
empecilhos.

Balancei a cabeça negando, e inclinando-me o máximo que o
cinto permitia, aproximei meus lábios dos dela. Pairando sobre ela,
desejei beijá-la com toda a fúria a fim de fazê-la esquecer as
inseguranças que a dominavam, mas apenas dei um selinho.
- Desejo você demais para desistir - beijei novamente a
boca convidativa, um toque breve, terno -, e dizem por aí que
quando eu quero uma coisa, eu não descanso até obtê-la. E eu vou
ter você.
Ela estremeceu, entendendo a minha promessa em meio a
advertência, e umedeceu com a ponta da língua os lábios, ateando
mais lenha na minha excitação. Porém uma buzina tirou-me do
transe e, a contragosto, me ajeitei de volta no banco, mas não sem
antes ouvir um sou uma péssima amante dito baixinho. Aquela fala
fora de tempo me irritou, ao mesmo tempo que pareceu aumentar
minha determinação. Provaria para ela o quanto era mukëmmel[10] e
o quanto era adequada para aquele papel, o de minha mulher.

Continua....

19/11/2018.

O Pai Do Meus Bebês É O CeoOnde histórias criam vida. Descubra agora