Capítulo 20

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Cristhian

— Değerli? — sussurrei.
Coloquei uma mecha do cabelo sedoso atrás da orelha e
encarei a mulher no meu colo, sentindo meu corpo todo retesar
debaixo dela, controlando o impulso de erguer minha pelve e me
esfregar contra ela, aliviando a tensão do meu pau. Pois nada me
importava além do fato dela ter tomado a iniciativa e ter sentado no
meu colo. Ter seu corpo tão próximo ao meu e poder tocá-la mais
uma vez com minhas mãos e lábios me fazia esquecer o cansaço
que sentia por não ter dormido, o peso dos problemas que ainda
tinha que resolver, a frustração e raiva por saber de onde vinha a
corrupção, e me concentrar somente no calor do seu corpo, nos
toques, naquele abraço, nela.
Não era um tolo. Eu desfrutaria daquele fogo que me
consumia, daquelas chamas desconhecidas que surgiam sempre
que estava com ela, que tinha ciência de que só cresceria, me
preenchendo de maneiras que não sabia que necessitava, fazendo-
me reconhecer que havia vazios em mim cuja causa não iria
averiguar, não agora, porque meus pensamentos estavam ocupados
por ela.
Apenas iria tomar aquilo que inflamava meu ego e queria
muito possuir outra vez.

Mas, antes, por mais certeza que eu visse em seus olhos
azuis, precisava ouvir dos seus lábios que ela queria aquilo tanto
quanto eu, com suas consequências e tudo que disso pudesse
advir, que iria se entregar, não porque de algum modo a persuadi,
mas por vontade própria. Não queria que ela não tivesse medo, se
arrependesse e fugisse de novo.
Se ela realmente me quisesse, seria um presente que não
hesitaria em aceitar.
Ela segurou o meu rosto com pressão, dando-me um selinho
que me deixou ansiando por mais, não sendo suficiente para
aplacar a necessidade que me consumia. Estava mais do que afoito
para beijar aqueles lábios, mas queria um beijo de verdade, que
roubasse o meu fôlego, minha capacidade de raciocínio, que fosse
pura entrega. Mas me obriguei a apenas continuar deslizando minha
mão pelas suas costas, um gesto gostoso, embora amaldiçoasse
por ela não estar despida para que eu pudesse sentir a pele dela
contra os meus dedos, pois poderia ficar muito tempo apenas a
tocando.
— Sim, Cristhian ? — murmurou, seus lábios me tocando de
leve, e meu pau reagiu aquele roçar de bocas, pulsando contra o
sexo dela.

Ela se esfregou no meu volume, arrancando de nós um
gemido, e tive que segurar com força a cintura dela para que não
continuasse, sabendo que se ela prosseguisse com seus
movimentos, iria dar vazão à luxúria e eu queria e muito ir com
calma. Minha vingança poderia ter morrido, mas não a minha
vontade de fazer amor lentamente com ela.
— Você tem certeza de que quer isso, değerli?
Vi uma série de emoções cruzar sua expressão, que iam da
ânsia à insegurança. Mas foi algo que vi no fundo de seus olhos,
que não consegui decifrar, que me fez hesitar. Senti um aperto no
peito e na garganta enquanto esperava uma resposta, como se
minha vida dependesse dela.
— Vou entender caso você não queira, sevgili — mal
reconheci a minha própria voz embargada, e pousando meus lábios
na sua testa em um gesto de ternura, fechei meus olhos, preso na
sensação que me oprimia, e os abri quando ouvi a voz dela
chamando o meu nome:
— Cristhian …
— Eu te desejo. Muito. Mais do que você pode imaginar —
deixei outro beijo na sua fronte, arfando —, mas te respeito ainda
mais para aceitar sua decisão. Nunca poderia me impor a você, e

odiaria que você se entregasse a mim novamente e se
arrependesse depois.
— Não vou me arrepender — sussurrou e acariciou o meu
queixo. — Eu quero você e não tenho mais forças para lutar contra
o que sinto.
Engoli em seco com sua confissão e pensei vislumbrar algo
que nunca tinha visto em nenhuma outra mulher: amor por mim.
Besteira, eu não era capaz de suscitar isso em ninguém. Era
apenas desejo reprimido.
Mesmo assim, sentindo meu coração bater descompassado,
obriguei-me a dizer, entrelaçando os nossos dedos de uma mão, um
gesto que me pareceu íntimo demais:
— Eu prometo não te machucar e ser fiel ao que tivermos.
Ela balançou a cabeça suavemente em concordância, mas os
olhos dela a traíram, e percebi que não acreditou nem por um
minuto que isso fosse verdade. Ao invés de sentir-me irritado por
sua desconfiança, a determinação em demonstrar a ela que eu
falava a verdade por meio de gestos e ações foi ainda maior.
Lutaria para mostrar a ela que eu era diferente dos outros
homens que conheceu todos os dias até que ela acreditasse em
mim. Por que faria isso? Não fazia ideia, apenas sabia que o faria.

O Pai Do Meus Bebês É O CeoOnde histórias criam vida. Descubra agora