Capítulo 37

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Cristhian

- Que horas são? - perguntou em uma voz sonolenta, se
movimentando na cama que era bem menor que a minha, algo que
nunca imaginei que seria benéfico, rolando, até ficar de frente para
mim.
Havia pouco mais de meia hora que eu a observava
dormindo, controlando-me para não a tocar, querendo ver o seu
rosto e olhar a sua barriguinha linda, ainda pequenina, enquanto
pensava na minha sorte por ela ter me perdoado pelo meu erro, e
ter aceitado meu pedido de namoro. Mas sabia que eu precisaria de
tempo para demonstrar que meus sentimentos são fortes, que não
eram levianos, mais poderosos do que conseguiria dizer em
palavras. Para que ela acreditasse que não era apenas pelo nosso
bebê.
Eu não mentia quando disse que já me considerava
inteiramente dela, independente do rótulo que eu teria, de namorado
ou esposo. E não havia nenhuma dúvida de que eu passaria boa
parte do meu tempo junto a ela, como já fazia. Adorava a rotina de
dormir e acordar com ela na mesma cama, ouvindo o ressonar
baixinho, sentindo o cheiro dela misturado ao do nosso sexo. Isso
era o que mais senti falta quando estive longe na Turquia e que

agora podia perceber que era mais um indício de que me
comportava como um homem apaixonado.
Aptal...
- Não faço ideia, aşk - respondi com um sorriso, afastando
os pensamentos da minha mente, focando na visão que minha
preciosa era com seus cabelos desordenados, os lábios inchados
pelos meus beijos, a pele levemente avermelhada pela minha barba,
os seios nus um pouco mais cheios coroados pelos bicos eriçados
pelo frio, que me deixavam com água na boca para sorvê-los
novamente.
Nunca imaginei que a possibilidade de ver as mudanças e
transformações que ocorrerão no seu corpo em decorrência da
gravidez me fosse tão estimulante, aumentando ainda mais minha
ânsia pelo seu corpo, tanto que passei a noite e madrugada inteira a
tocando, conhecendo aquelas pequenas mudanças. E eu começaria
matando a minha vontade agora.
Grunhindo de desejo, levei as minhas mãos aos quadris dela
e puxei-a de encontro a mim, fazendo com que ela soltasse um
gritinho ao ser pressionada contra a minha ereção.
- Deve ser tarde - murmurou, olhando a luz do sol que
adentrava o quarto, indicando que havíamos dormido praticamente

boa parte da manhã.
Tentou se soltar do meu aperto para olhar as horas, dando
alguns tapinhas no meu peitoral, mas não deixei, prendendo-a ainda
mais em mim ao entrelaçar nossas pernas. Não contive um gemido
quando ela roçou sua pelve no meu pau ereto, deixando-me bem
próximo de penetrá-la; era só eu levantar a perna dela e me
encaixar... Bok, eu não iria estocar a minha mulher em seco,
gostava de tê-la bem preparada para gozarmos juntos, ou dar a ela
múltiplos orgasmos.
- Você não deveria estar trabalhando, senhor Grey ? -
perguntou, dando-se por derrotada quando não conseguiu se
libertar.
As unhas raspando suavemente a minha pele era delicioso e
meu corpo todo se retesava ao toque, tornando-se mais rígido. Eu
puxava ar com força para os meus pulmões, estando cada vez mais
agitado, enquanto acariciava os quadris dela, subindo com a mão,
até roçar a lateral do seio, subindo e descendo, devagar, sorrindo
quando ela se arqueou contra os meus dedos, pedindo
silenciosamente para que eu aumentasse as carícias.
- Hoje pretendo tirar o dia de folga, senhorita Stelle . -
Beijei a testa dela com carinho, deslizando minha boca pelas

pálpebras, as bochechas até alcançar o sorriso que havia em seus
lábios. - Acho que eu mereço depois do cansaço que você me deu
e ainda me dará.
Espalmei a mão no mamilo, apertando a carne macia que
enchia perfeitamente minha palma, como se tivesse sido criado para
mim, deliciando-me com o toque.
- Humm...
- Sim.
Tentei beijar os lábios macios dela enquanto, com a mão
livre, eu percorria seu corpo, tateando o abdômen, deslizando até
alcançar os pelos que cobriam seu monte, brincando com eles.
Porém, ela virou o rosto e eu bufei, descontente pela sua rejeição.
- Ana ?
- Tentador, Cristhian ... - falou suavemente.
Tocou o meu rosto, acariciando a minha barba. Arrancou de
mim outro grunhido de exasperação quando aproveitando que meu
aperto tinha se afrouxado, ela desviou das minhas carícias. Assisti
com o canto do olho ela esticar o braço e pegar o celular, olhando
as horas, e deixando-o novamente em cima do móvel de cabeceira.
- Mas já ficamos demais na cama - suspirou baixinho,
girando na minha direção, deixando-me contemplar a bela vista que

era seu corpo -, em pouco mais de duas horas temos uma
consulta para ir.
- Temos tempo.
Sorri, maliciosamente, puxando-a de volta para mim, desta
vez, exigindo o beijo que tinha me negado. Minha boca deslizava
ferozmente pela dela, enquanto com a ponta da língua fazia seus
lábios se entreabrirem para mim. Eu fui voraz em minha exploração,
percorrendo cada canto da boca dela até encontrar a língua ávida e
habilidosa, que retribuiu meu beijo com fúria e descontrole. Porém,
quando nossos corpos começaram a responder um ao outro, ela me
empurrou suavemente e eu não a forcei, embora queimasse por
dentro com o desejo que não seria satisfeito por hora.
- Estou com fome, Cristhian - justificou-se.
Os olhos azuis brilhando com certa contrariedade alimentava
o meu ego por saber que não era o único que queria transar.
- Tudo bem, benim değerli - beijei a testa dela em um sinal
de respeito, acariciando seus ombros -, posso te levar para
almoçar fora, em um lugar próximo a clínica, para não nos
atrasarmos.
- Gosto da ideia. - Brindou-me com um selinho e me fitou
por alguns segundos, como se quisesse me perguntar algo.

- O que foi? - Coloquei uma mecha que havia caído sobre
os olhos dela atrás da orelha.
- O que significa essa expressão, Cristhian? - Questionou-
me, parecendo envergonhada. - Você sempre me chama por ela,
mas eu nunca perguntei seu significado e nem ao menos tentei
procurar na internet.
- Minha preciosa - sussurrei -, porque sempre soube que
você vale mais do que qualquer pedra e joia. Seu valor é
inestimável. E eu fui tolo o suficiente de quase perder uma das
coisas que me é mais cara.
Não me respondeu, mas vi uma lágrima escorrer pelo seu
rosto, a qual enxuguei com o polegar. E ela me puxou para um outro
beijo, dessa vez, lento, repleto de sentimentos e significados que me
fizeram vibrar. Entreguei-me sem comedimento, colocando tudo o
que sentia naquele beijo que fez com que um calor chegasse ao
meu coração.
- Sei que você não gosta muito, mas acho que temos tempo
para uma rapidinha no banho.
Piscou e eu senti minha boca secar, bem como a capacidade
de raciocinar, quando se ergueu na cama, deixando que eu a

comesse com os olhos, enquanto suas mãos deslizavam pelas suas
curvas, criando fantasias em minha mente de como tomá-la.
— Você não vem, Cristhian? — Chamou-me com os dedos,
antes de se virar, fazendo com que meu olhar fitasse as nádegas
redondas, pelas quais eu era louco.
Balançando os quadris, gargalhava em um tom sedutor,
consciente do seu poder sobre mim. Caminhou em direção ao
pequeno banheiro da suíte, me deixando completamente em transe
pelos seus movimentos.
Acordei daquele torpor e ergui-me em um salto, correndo
atrás da mulher que me provocava tanto, interceptando-a quando
entrava no box. Prensando-a contra a parede azulejada, obrigando-
a a se segurar em mim com seus braços e pernas, fiz amor com ela
ali mesmo, jurando que mais tarde ela me pagaria lenta e
deliciosamente por me apressar.

Continua....

Votem e comentem assim saberei se estão gostando da história.

Beijos até a próxima.

O Pai Do Meus Bebês É O CeoOnde histórias criam vida. Descubra agora