Capítulo 13

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Cristhian

Sabia que meu sorriso deveria estar cada vez maior pelo
contentamento que sentia ao saber que meu plano de forçá-la ficar
mais próximo a mim estava em andamento e que ela não perderia
essa grande oportunidade para a sua carreira.
Ana era uma mulher inteligente, e pelo que tinha visto no
relatório sobre ela, intui que não desperdiçaria a chance de colocar
em prática os seus conhecimentos. Ela merecia muito mais do que
lidar com tarefas que não estimulassem o seu potencial.
E além do mais, não havia dado nenhuma escolha para
minha değerli.
Definitivamente, não deixaria que ela recusasse a minha
proposta, o que destruiria o meu plano de sedução, me impedindo
de conhecê-la melhor. E estava disposto a usar toda a minha
persuasão para fazê-la ceder. Colocaria o trabalho que tanto amava
contra ela para que aceitasse. Nunca a perspectiva de trabalhar
com uma mulher me pareceu tão deliciosa, principalmente quando a
fizesse gemer e gozar em meio aos relatórios. Sabia que seria
extenuante para apenas duas pessoas iniciarem a investigação,
mas era parte da minha estratégia, pois já poderia delegar aos
investigadores, então ambos precisaríamos de uma válvula de

escape. E todo o meu ser sabia que ela não resistiria a mim. A
tensão entre nós era palpável, e eu teria minha vingança contra ela
beijando cada pedaço do seu corpo, proporcionando um prazer que
a tornaria ainda mais minha.
Arrogante, ignorei por completo a expressão apática de
quando ela adentrou o meu escritório, bem como a pequena
rejeição ao meu toque, aos meus beijos. Não admitiria que ela tinha
quebrado mais uma vez o meu ego, mexendo com uma parte
indefinível de mim que não queria encarar, temendo descobrir por
que a sua recusa me incomodava, principalmente quando ela
parecia ansiar por aquilo tanto quanto eu.
Afastando esses pensamentos da mente, sabendo que nada
de bom poderia vir deles, fitei o rosto delicado, sentindo uma
opressão estranha apertar meu peito quando percebi que, embora
ela estivesse pendendo a aceitar, como previa, algo a fazia recuar.
Mostrava uma vulnerabilidade que fez com que um gosto amargo
surgisse em minha boca, ainda mais quando ela se abraçou, e seus
olhos azuis sempre brilhantes, tornando-se opacos. Eu soube nesse
instante que ela temia aquela nossa proximidade, de se entregar
mais uma vez as sensações produzidas por nossos corpos. Desviei

o olhar, não conseguindo encarar tal fragilidade nela, isso me
incomodava.
Droga!
Provavelmente Anastácia  entendeu que aquela tinha sido a
forma que encontrei para puni-la por ter me deixado sozinho
naquela cama. Que estava forçando o contato, manipulando o
desejo que ela nutria por mim, sabendo que, embora ela tentasse
resistir, ela iria para minha cama outra vez, que iria usá-la para
meus próprios fins. Mas me parecia que ia muito além do que
apenas saciar uma necessidade física incontrolável por ela. Eu me
negava a aceitar isso, embora esteja me deixando guiar por esse
desconhecido sentimento.
Cerrei os punhos com força e trinquei os dentes quando a
ideia de que eu estava agindo igual ao meu pai e avô, como um
grande canalha egoísta, me passou pela mente, porém lutei para
afastar tal pensamento. Eu não era como eles. Eu daria todo meu
respeito e devoção a essa mulher, sendo um amante carinhoso,
coisa que aqueles porcos nunca deram a ninguém. Iria tratá-la como
uma igual não apenas no sexo, mas fora dele, e aquela
oportunidade de ser meu braço direito era prova disso. Além de que
nunca iria machucá-la, como os homens da minha família o faziam

com todas que tinham o azar de cruzar seus caminhos. Prometi a
mim mesmo que não a faria sofrer, que seria sincero, e ainda hoje
deixaria isso claro entre nós dois, não queria mais nenhum mal-
entendido se arrastando entre nós.
— Certo — disse em um tom de voz firme, como se
novamente estivesse no controle de si mesma.
Voltei a fitar a mulher à minha frente, percebendo que ela
tinha escondido sua dor e ressalvas sob a máscara profissional.
Seus olhos voltaram a arder, não de desejo como gostaria, mas de
satisfação profissional.
Não podia negar que Anastácia  parecia conseguir maquiar seus
sentimentos melhor do que eu. Era como se a vulnerabilidade dela
não tivesse existido, sendo apenas fruto da minha imaginação.
Apesar de admirá-la por isso, pois considerava uma característica
importante no mundo corporativo, o fato dela se esconder de mim
sob uma camada de indiferença desgostava-me e muito. Não queria
aquela mulher fria, ainda mais por conhecer o fogo apaixonante que
havia nela. Tinha que admitir que não me importaria se ela tratasse
todos os outros homens com essa forma gélida, desde que ela
guardasse toda a sua volúpia e desejo para mim. Descobri que era

O Pai Do Meus Bebês É O CeoOnde histórias criam vida. Descubra agora