Loch avistou a jovem, agachada em posição fetal no fim do corredor. Com calma, aproximou-se dela, o rosto espantado e confuso acerca do que tudo aquilo se tratava. Parecia demais para que ele conseguisse entender.
— V-Você tá bem...? — gaguejou.
— O que você acha? — gritou, aos prantos. — Vocês não entendem nada do que eu sinto, mesmo!
— Não! Eu... — Engoliu um punhado de saliva, antes de suspirar. — Eu entendo. Realmente, eu entendo. Não essa parte do racismo, claro, mas... eu também me sinto excluído, de certa forma...
— Como excluído? Você tem o babaca do Diogo como amigo... É um deles. Como todos os outros.
Victor se sentou calmamente ao seu lado. Não se preocupou em fazer contato visual, em contraste com ela, que constantemente olhava para ele.
— Eu acho que nós não somos tão diferentes assim — Respirou fundo, com um semblante melancólico. — Sabe, é como se... fosse tudo falso.
Luiza logo elevou sua cabeça, levemente esperançosa. Seus olhos fitaram Victor, conforme ela permanecia incrédula com o que ele acabara de dizer.
— Falso?
— É... Eu sei lá. É como se eu... não fosse realmente eu.
— E quem é realmente você, então?
Pausa silenciosa. Victor permaneceu observando o nada, enquanto pensava na questão. Quem realmente ele era? Quem ele era, além de um fantoche de outras pessoas, como Diogo, que por vezes nem o considerava direito? Quem ele era?
Suas pálpebras se encheram de lágrimas, por um momento. Nem sequer se lembrou de responder à questão.
— Pessoal! — ecoou a voz de Priscila, de longe, pelo corredor. Os dois imediatamente se levantaram, receosos. — Eu encontrei comida!
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A Psicologia do Assassinato
Tajemnica / ThrillerNo ano de 2027, uma psicóloga macabra aprisiona dez pessoas dentro de uma escola, dando-os apenas uma ordem: matar uns aos outros sem dó nem piedade. Numa conjectura de medo e mentiras, cada um dos personagens se envolve em dilemas morais e facetas...