Marina
── Tá vendo o que? — Perguntei me aproximando de Ríos que estava concentrado até demais no celular.
── Minha amante. — Respondeu com naturalidade.
── Me da! — Estendi a mão. Nunca fui de mexer em nada dele, por mais que eu tenha livre acesso, só tô no tédio mesmo e decidi ir atazanar a cabeça dele.
── Não vou te dar, você que tem que me dar. — Respondeu e me encarou. ── Não precisa me bater também! — Me entregou o celular.
Peguei o celular dele e sentei ao seu lado, sentindo seu braço passar ao redor do meu pescoço, tava vendo algumas notícia de futebol. Fechei e abri o Instagram, abri a câmera e comecei a tirar várias fotos minhas no celular dele, em seguida deixei o celular sobre a mesa de centro e deitei minha cabeça no seu colo, sentindo seu cafuné. Helena tá na aula de dança e o Bernardo brincando no tapete.
── O Marina?
── Lá vem!
── Sei que não é da minha conta mas eu sou fofoqueiro, o que você e a Dani tavam conversando de manhã apavoradas? Juro que não conto para o Veiga. — Eu abri os olhos e o encarei, ele tinha uma feição de esperança é isso só me fez rir. Eu me casei com uma versão masculina minha!
── Ela tá grávida. Bom, estava! — Fechei novamente os olhos.
── Que? — Abri os olhos e ele tinha uma cara de espanto.
── Eles terminaram, boato de traição e tal, não era o melhor momento segundo ela. — Contei enquanto sentia ele fazer carinho no meu cabelo. ── Cada um sabe o que faz, não posso e nem vou julgar ela.
── Sei que não dá para julgar, mas como ela consegue? Aconteceu quase a mesma coisa com a gente.
── Eu não teria coragem. — Pontuei. ── Mas eu cogitei!
── Cogitou? — Me encarou e eu dei de ombros.
── Boato de traição, você me deu um monte de perdido, eu tava com raiva da sua cara. Na hora veio na minha cabeça a voz da minha mãe me chamando de irresponsável, aí eu mudei de ideia!
── Esse bagulho aí de pegar raiva na gravidez é foda também, quando você estava grávida da Helena só faltou me bater. Me colocava para dormir no sofá direto, quem fazia companhia para mim era o Frederico! — Resmungou e eu não segurei o riso.
── Para de ser dramático, criatura! — O encarei e ele tinha um sorrisinho de canto. ── Te recompensei quando fiquei grávida do Bernardo, nunca fui tão carente.
── Você chorava quando eu tinha que viajar, me sentia pai de três, não de dois. — Falou e eu ri.
── Gravidez mexe muito, tá? É muito hormônio, eu lembro que eu tava ficando louca.
── Você tá grávida desde que nos conhecemos então. — Ironizou e eu o encarei. ── Mas é, vida, parece que vive em uma TPM eterna, sempre quer matar um e sempre é eu, depois de dois minutos tá pedindo carinho. Você é bipolar, Marina?
── Eu vou ser é viúva daqui a pouco se o meu marido não parar com as gracinhas dele. — Falei e ele encolheu os ombros.
── Vai lá, eu volto em assombração para fazer companhia para a minha ex. — Eu puxei com força a orelha dele e ele gemeu de dor. ── Nem doeu! — Aproveitei a posição que eu estava e dei uma cotovelada com força entre suas pernas, no mesmo instante ele se contorceu de dor. ── Ai, Marina, para que isso? Louca!
── Você me estressa, Richard Ríos.
── Mas eu te amo, você é complicada mas eu te amo, te amo do tamanho da sua complicação. — Argumentou e eu dei risada. ── Você demoliu o Richardao agora.
── Richardao? Tchau! — Falei me levantando e ele riu. ── Por que eu casei com você, hein?!
Três e dez, tá na hora do meu filho mamar. O peguei com cuidado e me sentei novamente ao lado do meu marido. Bernardo levou as mãos em região aos meus seios e começou a puxar minha blusa.
── Ei, cara, tira essas pata daí. — Richard falou brincando com a mão dele e o mesmo começou a rir. ── Só eu encosto ali, seu comédia talarico.
── Você pode, por favor, deixar o seu filho se alimentar em paz? — O encarei e ele negou com a cabeça.
── Só eu coloco a boca aí!
── Para de falar essas coisas na frente dele, imbecil.
── Ele nem entende, imbecila!
── Eu vou te ignorar! — Falei abaixando a alça da blusa e tirando o peito para fora, nem dois segundos livre e já tava na boca dele. ── Ai, home, vai devagar! — Resmunguei.
── Dar mama dói? — Richard perguntou deitando a cabeça no meu ombro e fazendo carinho no rosto do nosso filho.
── Quando ele tem uma agulha no lugar de dente, acredite, dói muito!
── Por que não tenta dar fórmula para ele?
── Porque é mais indicado leite materno, tô começando a introdução alimentar agora também, não tô tendo dor de cabeça, ele come de tudo! Logo logo ele larga o peito e eu vou sentir saudade dessa fase.
── Como sabe?
── Porque eu também sinto da Helena. — Falei encarando aquela bola branca no meu colo. ── A melhor fase é a fase de bebê.
── O Marina?
── Eu não tenho dois filhos, eu tenho três!
── Ai, chata, poderia ter seis mas é fresca. Só ia te perguntar com que roupa você vai hoje de noite!
A festa que ele me atazanou para ir junto e eu cedi, faz eras que eu não vou em uma festa ou me produzo para uma.
── Não sei, acho que com meu vestido vermelho.
── Ainda bem!
── Oxi, por que?
── Porque ele te deixa uma grande gostosa! Ai eu posso chegar com uma mulher linda, gostosa que é rotulada minha esposa, que tudo bem que ela me bate mas ninguém sabe disso mas ela também me deu filhos lindos! — Eu o encarei, rindo.
── Agora que você me contou que você tem hiperatividade, muita coisa tá fazendo sentido!
VOCÊ ESTÁ LENDO
dizeres, richard ríos.
FanfictionFútil II | " ━━ Casamento é mais difícil do que eu pensei que fosse." ᴄᴏʏᴘʀɪɢʜᴛ ᴠᴇᴛᴏʀᴇᴀʀ, ᴊᴜɴʜᴏ/2024