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Marina

Levei minhas mãos até o rosto de Ríos e notei ele estremecer após eu chegar perto. Selei nossos lábios e senti seu toque de forma suave na minha cintura.

── Eu quero um salto da Saint Laurent e uma bolsa nova da Prada, e um açaí grande com Nutella, e também quero paz. Sério, eu tô cansada, eu preciso de paz. — Falei com seriedade e ele abriu um sorriso de canto.

── Te dou tudo que você pediu, menos o último. Foi mal, gatinha, sabe que é impossível ter paz comigo! — Falou deitando ao meu lado e me abraçando, eu só aproveitei a sensação.

── Eu quero o açaí agora. — Exigi e ele me entregou seu celular.

── Pede pelo ifood, meu cartão já tá cadastrado lá.

Eu deixei de estourar o cartão do meu pai para estourar o do meu marido, faço isso desde que éramos namorados e ele nunca reclamou. Até porque não é justo eu sair da casa do meu pai, que me dava tudo, e ir morar com uma pessoa que me da muito menos ou me trata pior.

Se bem que... Ah, enfim!

── Por que não avisou que vinha? — Perguntei caçando uma açaíteria aberta no aplicativo.

── Endrick me disse para vir de surpresa. — Falou com a cabeça deitada entre meus peitos. ── O Marina?

── An?!

── Agora que nós estamos casados novamente, a gente pode postar foto com aquela música dilúvio de amor?

── Não! Vou te bloquear no Instagram.

── Como você é tóxica! — Resmungou. ── Você também pode bloquear o Vinícius né?

── Vou bloquear ninguém. — Falei confirmando o pedido.

── Por que?

── Você é inseguro, hein? Bloqueia, só não manda mensagem. — Falei jogando meu celular para ele, que pegou.

── Como você consegue ser tão segura?

── Porque meu ego é alto, você pode até tentar, mas nunca vai arrumar uma igual a mim. — Resmunguei. Eu realmente não tenho insegurança com ele, última vez que tive foi por causa dos perdidos dele aquela vez lá. ── E se arrumar, eu não saio perdendo.

── Você é narcisista, isso sim.

── Narcisista é a sua avó. — Respondi soltando o celular após receber a confirmação do pedido e sentindo seus braços me rodearem novamente.

── Nem tenho. Abel ainda gosta de mim?

── Abel te odeia. — Falei contornando com o dedo suas tatuagens. ── Acho que a única pessoa que seguiu nos apoiando foi o Endrick.

── O Endrick é nosso filho.

── Verdade! — Dei risada. ── Foi ele que te contou que eu tava em casa hoje, né?

── Não. — Mentiu. Eu reconheço esse desgraçado quando ele mente. ── Vai voltar para casa hoje?

── Vou deixar passar o aniversário do Bernardo porque eu já marquei tudo. — Respondi encarando o teto. ── Depois, sim! Mas vai ser bom.

── Por que? Porque voltamos?

── Porque eu vou poder caçar sua ex. — Respondi e ele resmungou, deitando novamente o rosto entre meus peitos.

── Para com isso! — Pediu.

── Para com isso meu cacete, eu quero muito encontrar ela ainda. — Rebati no mesmo tom e ele bufou.

── Não é você que odeia briga?

── Eu odeio, eu fujo de briga minha e não dos meus filhos, Richard. — O encarei.

Montoya levou sua mão até o meu rosto e se aproximou, colando nossas bocas e cessando aquela raiva que estava dentro de mim. Abracei o seu pescoço e o seu rosto se afundou na curva do meu pescoço enquanto depositava um selinho ali e suas mãos pousaram na minha cintura.

── Quais eram seus planos para o fim de semana? — Desconversou.

── Hoje eu planejava ficar atoa, amanhã eu vou levar a capetinha em um parque que ela quer ir com a Cecília.

── A Helena e a Cecília vivem grudadas, meu Deus!

── Elas são amigas, Ríos. Normal!

── Eu e os meus amigos, na idade dela, a gente se tacava pedra e ficava se batendo e se humilhando.

── Homens são meios estranhos mesmo. Eu não mantive nenhuma amizade de infância além do João e do Lucas, mas a gente se afastou quando a gente começou a namorar. Mas a gente se tratava bem!

── Nunca mais vi o Joao mesmo.

── Foi para o Rio, tá morando com o Lucas e pretendem adotar um bebê, falei com ele meses atrás! — Contei.

Senti o mesmo me cheirar e em seguida ficar próximo do meu rosto, beijando o canto da minha boca.

── Te amo! — Falou baixinho.

── Eu não te amo. — Respondi e ele fez cara de tédio, comecei a rir.

── Você é meio bruta assim mesmo sempre? Saudades de quando você era fofa.

── Richard, fofa meu pau.

── Uma querida. — Resmungou e eu ouvi a campainha tocar.

── É o açaí, pega lá, por favor?

── Pego. — Falou levantando.

dizeres, richard ríos. Onde histórias criam vida. Descubra agora