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Marina
── Como tá as coisas? — Dani perguntou enquanto levava o copo até a boca.
── Indo, tô melhor, admito. — Contei. ── A primeira semana foi insuportável, não teve um dia que eu não chorei, mas acho que tô quase imune. Não tem como superar cem por cento porque nós temos contato por causa das crianças!
── E como estão fazendo em relação a isso? Digo, por mais que eu apoie que eles fiquem com você, ele precisa ver os filhos também.
── Um tempo com cada, nenhum de nós queríamos envolver justiça nisso então acertamos assim. Agora os dois estão com ele em Barcelona!
Fazem dois meses que terminamos, dois meses que não tenho mais ele na minha rotina. O início foi sofrido mas eu tô indo bem, já não chorei mais por isso e eu tô conseguindo voltar a fazer tudo sozinha. Até conheci uma pessoa, mas nada sério até porque querendo ou não, tudo que eu faço envolve indiretamente meus filhos, e eu não quero qualquer cara achando que pode mandar na Helena ou no Bernardo.
Bernardo está com onze meses, mês que vem ele faz um ano, já soltou as primeiras palavras e deu alguns passos, vou ter que olhar para a cara de infame do pai dele na festa já que desde o ocorrido nos não nos vemos pessoalmente mais. O meu aniversário desse ano foi literalmente incrível, acho que eu nunca ri tanto em uma noite, sai com a Duda, Dani, Veiga, Joaco e o Vini para uma festa, foi justo no dia que as crianças ficavam com o Ríos então não precisei me preocupar tanto.
── Primeira semana ele tava todo dia em um rolê diferente. — Falou encarando o copo. ── Saiu na mídia com um monte de mulher diferente, agora ele se sossegou e sumiu. Por que homem é assim?
── Amor, ajuda a gente. — Duda falou puxando Joaco. ── Quando um homem termina, vai para festa e depois some, significa o que?
── Que tá sofrendo. — Riu, sentando junto com a gente. ── Sei lá, quando eu terminei com a Duda foi assim e se for sobre o Richard, sofrendo é pouco, o divo tá depressivo.
