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Marina

── Por que você tá com cabelo molhado? E por que demorou? — Duda perguntou após eu entrar na cozinha.

── Ah, crise de ansiedade demora a passar. — Menti na cara de pau enquanto pegava uma garrafinha d'água.

── Não é dando para o seu ex que você vai superar ele, sua cretina! — Me repreendeu e eu ri.

── Foi só uma transa, relaxa. Não tenho culpa se meu ex é um gostoso! — Falei me escorando. ── Chance de volta entre nós dois é praticamente nula, gosto dele mas, sei lá, acho que não é para ser.

── Se é para ficar com uma pessoa que não sabe nem te respeitar e respeitar os seus limites, é melhor seguir em frente.

── Nós conversamos sobre e eu fui cem por cento sincera com ele. — Falei sem manter contato visual. ── Ele disse que esperava até eu superar mas você conhece, né? Primeira oportunidade ele vai estar com outra, nem que seja no off. Já passei por isso antes.

── E por que você não faz igual? Não é só ele que pode viver, Marina!

── Porque quando eu estou apaixonada, só o meu sentimento já basta para eu não querer mais ninguém, Eduarda! — Rebati no mesmo tom.

── Você é trouxa, isso sim, ele na Espanha sendo jogador, solteiro, sem os filhos perto, jura que vai ficar sem ninguém? Da uma chance para você mesma, vai conhecer novas pessoas, vai viver, você é nova! Se for para ele voltar, que ele te encontre vivendo sua vida e não parada esperando por ele.

Ela tem total razão!

── É, isso foi um choque que eu precisava. Vou fazer isso! — Falei vendo as duas bençãos minha e da Eduarda vindo até nós.

── Pede. — Cecília encarou Helena.

── Pede você. — Encarou de volta e eu olhei Duda. Literalmente nós duas quando éramos novas!

── O que os anjos querem fazer?

── A gente quer tomar sorvete, aí nós pedimos para o papai e eles disse que a gente tem que obedecer vocês. Só se vocês deixassem!

── Ríos ainda tem a cara de pau de dizer que se sente pai de três. — Falei me abaixando. ── Fala para o seu pai que tá tudo bem, que você pode ir.

── Ele também mandou eu dizer que você tá muito bonita hoje! — Falou com as mãos para trás, balançando o pé e em seguida saiu correndo. Eu ri me levantando.

── Ele vai usar ela para te reconquistar! — Duda falou com Cecília no colo.

── Ponto fraco! Você não vai deixar a Ceci ir?

── Eu vou é junto, olha para a minha cara de quem confia no meu marido e no seu marido para cuidar de duas crianças sozinhos! — Falou como se fosse óbvio e eu concordei com a cabeça, é verdade. ── Nós vamos!

dizeres, richard ríos. Onde histórias criam vida. Descubra agora