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34-𝙰 𝚋𝚎𝚒𝚛𝚊 𝚍𝚘 𝚌𝚘𝚕𝚊𝚙𝚜𝚘

Hi, leitores do tempo. Como estão? Aqui a mente está borbulhando e ansiosa para o fim. Kkk
Enquanto isso espero que estejam gostando, no mais, tenham uma boa leitura e nunca se esqueçam da música.🎈❣️
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Narrador: Jake.

HA fumaça por todos os lados, os sons de gritos fazem despertar aos poucos, cubro meu nariz e boca para não inalar uma quantidade significativa que seria capaz de matar, levanto de forma desgovernada, algo gélido cai pelo meu rosto, no entanto não desisto de caminhar para sair, as chamas envolvem o apartamento. Por um momento o fascínio pela chama se instala fazendo meus passos serem lentos até a desistência de prosseguir para fora, não consigo mover meu corpo, a curiosidade em saber o que seria depois dali, como seria a sensação do meu corpo arder em chamas, ou simples desaparecer, percebo que passei tempo demais com esses pensamentos, pois meu corpo cai sobre o chão e visualizo os destroços caindo a minha volta, as chamas consumindo cada escombro, o suor pelo calor extremo escorrer por todas as minhas extremidades, o ar rarefeito, aqui deitado percebo que não estou bem, mas isso não me assusta, o problema é que faz dias que também não me sinto mal. A vida anda neutra e isso sim me apavora, escolher entre viver ou morrer? Para mim essa escolha é como um jogo e em ambos eu perco, estes são os meus pensamentos diariamente, só não sei qual escolher, as vezes a morte é acalento ao meu sofrimento e viver é uma constante tortura a qual não consigo lidar com a dor, o problema é que não sei o que tanto aflige meu peito, as vezes sinto que meu coração irá parar a qualquer instante, não sei a causa ou a solução, mas constantemente estou em completa agonia, suplicando que apenas cesse, por apenas um instante.

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Uma casa em chamas passa por meus olhos sonolentos, estou de frente para ela e corro em direção as chamas sem medo, subo uma escada correndo e procuro algo dentro do quarto, hesito em entrar de imediato, meu coração salta ao ver a criança deitada,  toco em seu ombro e a mesma cai para o lado, suas roupa ensanguentada me faz chorar, coloco as mãos no rosto sem entender o motivo de tantas lágrimas e o fogo consumia tudo a nossa volta, de forma automática coloco ela sobre o ombro e corro em direção a outra cômodo, mas a todo momento o meu peito se apertava, estava sendo esmagado aos poucos, a cada passo tudo perdia o sentido.
Estou em um sonho? Pergunto vendo eu mesmo se perguntando a si mesmo, como assistir e me ver na Tv, mas tendo a consciência que tem o expectador do outro lado me observando.
Essa casa e ela soou tão familiar.."

—Jake, levanta.—A voz ao fundo desperta para a realidade, mas as cenas continuam passando diante dos meus olhos, como em um sonho, porém fico entre os dois, realidade e o irreal.

—Eu preciso ver quem está no outro cômodo.—Digo como em um transe.

—Você precisa acordar.—Algo chacoalha meu corpo severamente fazendo toda a cena se esvair e voltar ao ambiente real que me encontrava, vejo Nikolai desesperado a minha frente, seus gritos ficaram mudos por um instante, ele gesticula com os lábios e suas expressões apreensivas mas não consigo ouvi-lo. Olho para o lado e me vejo sentado no meio de dois corpos e a minha frente homens com máscaras aguardavam algo, olho para cima ao sentir alguém tocar meu corpo...

—Jake, vamos sair daqui.—A cena desaparece repentinamente ao me assustar com os gritos de Nikolai, prontamente levanto juntamente com ele nos arrastando para fora do apartamento, caímos no chão ao sair, tossimos sem pausas, e ele encarava como um leão prestes a atacar.

—Você está querendo se matar, senhor?—Pela primeira vez assusto com essa palavra ou o fato dela não está só em meus pensamentos, ele gruda em meu colarinho nos levantando de forma ameaçadora, coloca meu corpo contra a parede.

—Que idiota corre para cima de uma bomba? Ou fica deitado enquanto tudo a sua volta está em chamas? Não sei o que passou em sua cabeça mas você não colocou só sua vida em risco hoje, seus colegas de trabalho quase morreram por sua atitude imprudente.—Enquanto gritava o observava atentamente seus ferimentos, não de forma indiferente, me perdia em meus pensamentos, os policiais o tiraram de cima de mim, ajeito o corpo e caminho para o elevador, uns dos policiais vão de escada acionando os bombeiros, paro antes de apertar o botão para as portas do elevador se fecharem, sinto o olhar dele continuo sobre mim.