Capítulo 45: O Verdadeiro Significado do Natal.

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"Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" - (João 3:16).


Emma andava de um lado para o outro no meio da escuridão de uma praça próxima à sua casa, apesar de algumas partes estarem iluminadas por luzes natalinas. Ela estava esperando Leonardo, pois tinha-o chamado para se encontrarem, e nem imaginava a alegria que o garoto sentia por finalmente ter recebido uma resposta dela, após tantas mensagens não respondidas desde o domingo passado. A angústia que ele sentira com o sumiço de Emma foi imensa. E ela, depois dos conselhos de Bunny, sabia que precisava dar uma chance para ele se explicar.

Ela apoiou os braços na cerca de aço que dividia a praça de um lago à sua frente. O local, assim como toda a cidade, estava repleto de enfeites de Natal, e tudo estava tão iluminado! Parecia que o ano tinha voado, mas ela ficou feliz por ter conhecido Leonardo e vivido momentos incríveis com ele nos últimos meses.

Enquanto pensava no rapaz, observava as pessoas ao seu redor: casais desfrutavam sorvetes sentados em alguns bancos espalhados pela praça, crianças brincavam nos brinquedos disponíveis em uma área do local, e uma pequena e simples banda tocava músicas natalinas e algumas mais tranquilas, alegrando as pessoas ali e ganhando algumas moedas.

Emma havia passado quase o dia inteiro indo de loja em loja escolhendo presentes de Natal para seus avós, Leonardo e seus pais, seus colegas Matteo e Laura do estúdio e até mesmo para seu líder. Certamente, ele já deveria estar de volta à cidade com sua família. Ela estava exausta, mas precisava, urgentemente, resolver as coisas com Leonardo. Apagar aquela dor que ainda a incomodava no coração.

— Espero que ele me perdoe por tê-lo ignorado. — ela disse para si mesma, olhando para a meia lua que brilhava no lindo céu noturno daquela terça-feira.

— Léo? — o garoto havia chegado inesperadamente por trás dela, fazendo-a dar um pequeno susto.

— Oh, me desculpe se te assustei. — ele pediu, observando-a de cima a baixo e admirando como Emma sempre estava simples, mas bonita de seu jeito natural, usando um vestido azul de alcinha de rendas floridas e um cinto preto na cintura.

— Tudo bem... acho que mereço mais do que um leve susto. — ela falou com uma expressão triste e arrependida.

— Olhe para mim, Emma. — ele ordenou, segurando gentilmente seu rosto para fazê-la olhá-lo. — Precisamos conversar, certo? — ele mostrou um sorriso leve. — Afinal, passamos praticamente dois dias inteiros sem nos falar! Mas fiquei melhor quando você me chamou para vir aqui.

Emma ria internamente de seu pequeno drama.

Ele a conduziu até um banco próximo a um pequeno amontoado de arbustos, e os dois se sentaram lá, um de frente para o outro, enquanto uma pequena luz de um porte brilhava acima deles.

— Então... você já sabia sobre o que eu ia falar com você no domingo, depois do culto? Foi por isso que você fugiu de mim? — ele perguntou, mas não entendendo como ela sabia, se ele nem tinha tido a oportunidade de falar o que aconteceu.

— Eu não fugi... — não, ela precisava ser sincera com ele — Ok, eu fugi. E sim, eu sabia sobre o que você ia falar.

— Então por que fugiu? Você não queria ouvir minhas explicações por não ter falado antes?

— Eu... eu pensei que você ia terminar comigo, Léo e dizer que nada foi verdadeiro. Pensei que diria que encontrou outra garota e que agora ficaria com ela. Sabe, aquela garota da foto.

— O quê? Que foto? — ele a olhou incrédulo com o que acabara de ouvir.

— E isso tem algum valor agora? — ela desviou o olhar, sentindo-se desconfortável.

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