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— A noite foi muito agradável — comentou Ayla dentro do carro, enquanto seus olhos passeavam pela cidade agitada através da janela.
Deslizei minha mão sobre sua coxa, acariciando-a suavemente por cima do tecido do vestido. Sentia uma vontade crescente de vê-la sem ele, de explorar cada centímetro de sua pele com a boca.
Ela estava acabando comigo.
Me torturando a cada segundo que sorria para mim.
Linda
Perfeita
Minha
Ayla se arrepiou ao meu toque, soltando um suspiro que prendeu entre os dentes mordendo os lábios e fechando os olhos por um instante. O ar dentro do carro parecia totalmente tomado com o cheiro dela.
Eu estava embriagado e tomei apenas alguns goles de whisky caro.
— A noite ainda não acabou, linda — sussurrei a encarando quando paramos no sinal vermelho.
Suas bochechas ganharam uma coloração rosada enquanto seus olhos traiçoeiros deslizavam para o volume evidente em minha calça.
— Não me olhe assim, por favor — lamentei, piscando forte e passando a língua sobre os lábios.
— Assim como? — perguntou confusa.
— Como se quisesse me devorar com esses lindos olhinhos — ela sorriu e revirou os olhos.
— Tudo bem... — virou o rosto novamente para a janela e começou a cantarolar a música que tocava baixinho.
Droga, eu estava excitado pra caralho!
O calor de seu olhar intensificou o meu desejo por ela e tenho medo de não durar nem cinco segundos, foram quase dez anos de tesão acumulado. Meu coração disparava, e a respiração se tornava pesada demais para suportar. Ninguém, absolutamente ninguém consegue extrair isso de mim, mas Ayla consegue me fazer ficar de joelhos.
Rendido por ela.
Louco por ela.
Apaixonado por ela.
Droga, eu estou muito excitado e a minha cabeça está doendo.
Exatamente! A cabeça do meu pau.
Tortura.
A cidade ao redor se transformava em um borrão indistinto enquanto toda a minha atenção se concentrava nela. Cada movimento, cada suspiro de Ayla, parecia alimentar ainda mais a minha vontade de tê-la.
O restante do caminho até a minha casa foi feito em silêncio, e tive a impressão que cada quilômetro se arrastava lentamente.
Fiz questão de controlar a quantidade de drinks de morango que Ayla consumiu. Não queria que ela ficasse tão embriagada ao ponto de esquecer qualquer detalhe do que estava acontecendo entre nós hoje.
