Capítulo 31

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O som abafado da música mesclava-se com o burburinho de conversas ao meu redor, criando um pano de fundo quase distante

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O som abafado da música mesclava-se com o burburinho de conversas ao meu redor, criando um pano de fundo quase distante. Mas não importava o quanto eu tentasse me distrair com o ambiente, minha atenção sempre acabava voltando para ele. Peter.

Eu sabia que ele tinha responsabilidades naquela festa, ainda mais depois que o pai dele trouxe convidados tão importantes para o futuro dele no futebol americano.

A presença de olheiros da NFL poderia abrir portas que ele sonhava em atravessar, e eu deveria estar apoiando, torcendo silenciosamente por ele. Mas cada vez que ele ria junto àquela garota loira, filha de um dos empresários de Hunter, minha mente nublava e meu coração afundava mais.

Ela estava inclinada para ele, tão próxima que o ar parecia mais denso ao redor. Ria de alguma coisa que ele falava, aquele tipo de riso que fazia meus nervos pulsarem.

E então, o toque. O toque sutil, quase inocente, mas que me queimava por dentro. A ponta de seus dedos no braço dele, um gesto que, para mim, carregava um peso que Peter provavelmente nem notava.

Meu estômago revirava a cada risada, a cada toque. O ciúme começou como uma fagulha, uma pequena sensação de desconforto, mas rapidamente se tornou uma chama incontrolável, subindo por minha garganta e deixando minha boca seca. Apertei o copo com tanta força que o líquido dentro quase transbordou.

Eu não conseguia mais esconder, nem de mim mesma.

Valentina, ao meu lado, sentiu a tensão no ar. Ela sempre foi perceptiva, como se conseguisse ler minhas emoções sem que eu dissesse uma palavra.

— Relaxa, Ayla. — Ela falou em um tom leve. Seu gesso rosa balançava junto com o ritmo da música, mas ela não estava nem um pouco distraída. — Sério, ela nem é tão bonita assim.

Eu revirei os olhos, tentando rir para aliviar o peso em meu peito, mas o comentário dela só serviu para alimentar o meu ciúmes.

O que Tina não entendia era que, para mim, a garota parecia perfeita.

Alta, loira, com aqueles cabelos que brilhavam debaixo das luzes, e olhos azuis intensos, como se o céu estivesse refletido neles.

— Deve estar usando lentes de contato. Ninguém tem um olho tão azul assim. — Valentina comentou, com um tom debochado.

Eu soltei uma risada curta e forçada, sem emoção.

— Tanto faz — murmurei, dando de ombros como se aquilo não me afetasse, embora meu coração dissesse o contrário.

Tentei desviar o olhar, fixar minha atenção em qualquer coisa que não fosse Peter e a garota loira. As luzes piscantes, as pessoas dançando, até mesmo as bolhas no topo do meu copo. Qualquer coisa para fugir daquela visão que apertava meu peito.

— Aposto que ela é modelo. Olha o jeito que ela se move. — Tina nclinou-se para mim, apontando com o queixo em direção à garota. — Como se estivesse num desfile.

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