Capítulo 17

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— Terra chamando Ayla — Tina estala os dedos diante do meu rosto quando, mais uma vez, meus pensamentos se perdem naquela festa

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— Terra chamando Ayla — Tina estala os dedos diante do meu rosto quando, mais uma vez, meus pensamentos se perdem naquela festa.

Nele.

— Ayla, merda... — a voz de Tina soa distante, como se eu estivesse em outra dimensão — Coisinha linda do PH?

Um beliscão no meu braço me faz saltar na cadeira, finalmente encarando Tina, que me observava como se eu fosse um experimento de laboratório.

— O que foi? — pergunto, piscando algumas vezes — Por que você me beliscou, sua maluca? — passo a mão no meu braço — Doeu.

— Você está falando sério? — Tina exclama baixo, apontando com as sobrancelhas para o professor, que me olhava com tédio e depois conferia as horas no relógio em seu pulso.

Droga.

Estou completamente distraída hoje.

— O que ele disse? — sussurro desesperada — Eu não escutei nada!

— O velhote mela cueca perguntou para você quem pintou A Última Ceia durante um período de três anos entre 1495 e 1498. — Tina fala rapidamente, e quase não consigo escutar o que ela diz, mas por sorte leio os seus lábios.

— Eu não tenho o tempo todo, Senhorita Ayla — agradeço a Tina com um olhar de gratidão e encaro o professor com as bochechas coradas, a atenção de todos está sobre mim.

— Desculpe, professor — ajusto minha postura na cadeira e mordo os lábios antes de responder.

— Respondendo a sua pergunta, quem pintou a Última Ceia durante esse período foi Leonardo da Vinci — digo com firmeza. O professor respira fundo e me analisa com desconfiança antes de voltar para o quadro.

— Essa foi por pouco — Tina fala, seus olhos curiosos atentos em mim — Aliás, o que está acontecendo com você hoje?

Minhas bochechas ardem.

— Não está acontecendo nada — desconverso rápido.

— Não está acontecendo nada a sua bunda, Ayla Wilson — ela fala indignada, apoiando o braço na mesa e aproximando-se de mim — Pode dar com a língua nos dentes e me falar quem é o cara que está te deixando com essa carinha de bobona.

— Como assim? — arregalo os olhos e engulo em seco — Do que você está falando? — faço uma careta de desinteresse.

Droga, nem mesmo consigo disfarçar quando sou pega na mentira.

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