Capítulo 37

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Larguei o capacete no chão, ignorando o barulho metálico que ecoou pelo campo

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Larguei o capacete no chão, ignorando o barulho metálico que ecoou pelo campo. Saí correndo atrás de Ayla, o coração disparado, enquanto empurrava qualquer um que ousasse entrar no meu caminho.

Meus olhos desesperados varriam o ambiente, procurando por ela. Quem diabos teve a coragem de tirar aquela foto? A pergunta martelava na minha mente, e eu sabia de uma coisa: quando encontrasse essa pessoa, ela se arrependeria profundamente.

De um jeito ou de outro, ia pagar pelo que fez.

A cada passo, o grito do nome de Ayla saía com mais urgência da minha garganta, mas ela corria, fugia de mim, afastando-se a cada segundo até que eu a perca de vista. Era como se a presença dela estivesse sendo arrancada de mim, sumindo, e me deixando sozinho, desorientado.

A raiva crescia, um calor venenoso que subia à minha cabeça e fazia o sangue pulsar em minhas têmporas. Cada centímetro meu ardia em frustração, a visão já embaçada pela fúria e pelo medo de perdê-la.

Eu não a encontrei em lugar nenhum.

Eu liguei incontáveis vezes.

Celular desligado.

Deixe seu recado.

Liguei para Oliver.

Liguei para Tina.

Nada.

Nada dela.

O campus já estava vazio e eu estava aqui, sem notícias dela.

Sem pensar, levei as mãos ao cabelo, puxando os fios com força, tentando aliviar a dor que crescia dentro de mim. Num impulso, girei o corpo e desferri um soco contra a primeira coisa que vi pela frente – um poste, uma parede, nem notei. Só senti a dor lacerante percorrer o braço, mas nem ela foi capaz de dissipar o ódio que borbulhava como lava.

— Inferno! — xinguei entre dentes, minha voz carregada de uma fúria tão intensa que parecia quase um rugido.

Olhei para minha mão ensanguentada. Os dedos latejavam, mas não me importava. Desferi outro soco na parede, sentindo a pele romper enquanto meus dedos começavam a formigar, o impacto reverberando pelos ossos.

Eu queria fazer isso com a cara da pessoa que tirou essa foto.

Fale de mim.

Me xingue.

Mexa comigo, mas com Ayla não.

Ela não.

Ayla era o meu ponto fraco.

E eu morro e mato por ela.

Eu não esconderia o mal entendido com Melody no vestiário, eu contaria logo depois do jogo. Mas a intenção da pessoa era diminuí-la na frente de todos.

Pensando nisso, acertei mais um soco na parede e machuquei todos os dedos da mão.

Foda-se

Mais um soco.

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