Capítulo 12

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A sala de aula estava silenciosa, mas minha mente não acompanhava a calmaria ao meu redor

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A sala de aula estava silenciosa, mas minha mente não acompanhava a calmaria ao meu redor. Estou de TPM e cólicas intensas na barriga me incomodavam, como se quisessem roubar toda a minha atenção. Tentei me concentrar no que o professor explicava, mas cada palavra parecia distante, perdida na minha luta interna.

Eu realmente não deveria ter vindo hoje,  mas tentei dar uma de super-heroína e consegui fingir que tudo estava bem, até agora...Odeio os dias antes da minha menstruação descer, fico tão insuportável que nem eu mesma me aguento.

Fico emotiva, chata, irritante, sem paciência, sensível. E tem essa porcaria de cólica que só pode ter sido inventada pelas forças malignas.

Valentina, ao meu lado, percebeu minha aflição e tocou o meu braço com cuidado. Seu olhar preocupado me capturou e antes que eu pudesse disfarçar, ela se aproximou de mim e sussurrou.

— Ayla,  o que foi? Você parece desconfortável — falou baixo para não atrapalhar a aula do insuportável professor Evans.

Senti sua mão gelada tocar a minha testa, medindo minha temperatura.

— Você está quente, Ayla. Certeza que está bem? — ela parecia preocupada e dei de ombros.

— Eu estou bem Tina, não se preocupe comigo— aperto a caneta na mão quando sinto outra pontada.

— Está com dor de barriga? — perguntou e arregalei os olhos — Não precisa ter vergonha de mim, somos amigas — perguntou muito perto e a encarei de canto de olho.

Ela precisava mesmo dizer isso tão alto?

Forçando um sorriso, tentei tranquilizá-la, mas uma onda de dor se espalhou pelo meu corpo novamente e não consegui evitar a careta. Coloquei a mão por cima da barriga, me curvando sobre a mesa e bati a cabeça contra o caderno várias vezes.

Ótimo jeito de começar a semana.

— Ei, Ayla — cutucou minha cabeça com insistência — Estou preocupada.

— É só cólica, Tina. Não consigo me concentrar direito — comentei, recebendo um olhar de reprovação do professor e comecei a desenhar algumas coisas no caderno para disfarçar.

— Quer que eu te acompanhe até a enfermaria? — neguei e ela suspirou frustrada se jogando no encosto da cadeira — Eu tenho remédio, você quer?

— Eu já tomei hoje pela manhã. Vou tentar aguentar até o intervalo e vou para a casa do Peter que fica mais perto daqui — respondo me encolhendo ainda mais dentro do blusão do meu melhor amigo.

Estou com saudades, a semana tem sido intensa depois do nosso beijo e não tivemos tempo para falar sobre isso. Mas vejo em seus olhos, que ele precisa de uma resposta.

Não consigo parar de pensar nos seus beijos, na maciez dos seus lábios ou da forma que ele me tocou.

O professor Evans com uma expressão séria, interrompe a aula ao perceber a nossa falta de atenção. Ele se aproxima calmamente da nossa mesa e cruza os braços com um olhar mortal. Droga!

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