Capítulo 33

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— Ansioso para o jogo desse final de semana? — Ayla perguntou, sua voz leve enchendo o carro enquanto eu dirigia em direção à faculdade

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— Ansioso para o jogo desse final de semana? — Ayla perguntou, sua voz leve enchendo o carro enquanto eu dirigia em direção à faculdade.

Batuquei os dedos no volante, ouvindo-a falar sobre mil e uma coisas, como sempre fazia.

Eu adorava escutar sua voz.

Quando o sinal ficou vermelho, aproveitei para olhar para ela de relance. Ayla estava sentada de um jeito desleixado, tão despreocupada, que me fez sorrir por dentro.

Ela era perfeita de um jeito que eu nunca conseguia explicar para ninguém. Hoje, com uma regata branca fina que deixava seus ombros expostos, calça jeans simples e seu all-star branco surrado, ela parecia não se importar com o mundo ao redor.

E mesmo assim, para mim, ela era a definição de beleza. Sem maquiagem, sem esforço, apenas ela.

E isso era tudo o que importava.

— Um pouco, talvez — confessei, virando o rosto de volta para o trânsito. — Esse jogo é eliminatório. Se ganharmos, estamos na final.

— Vocês vão ganhar — disse ela com tanta convicção, que por um segundo, eu quase acreditei que já estava garantido. Então, como se fosse a coisa mais natural do mundo, ela pegou minha mão e a colocou sobre a sua, que estava repousando em sua perna.

O toque dela me deixou elétrico, de um jeito que só Ayla conseguia fazer.

— Você tem muita fé em mim, coisinha linda — falei com um sorriso, mordendo os lábios enquanto o sinal ficava verde e eu acelerava.

— Tenho, claro! — Ela piscou para mim, com aquele brilho no olhar que sempre me desarmava. — E você vai ganhar porque eu vou estar lá. Sou seu amuleto da sorte, esqueceu?

— Você é muito mais do que um amuleto da sorte para mim, Ayla — murmurei, apertando sua mão delicadamente, sentindo o calor dela contra a minha pele.

— Ah, é? — Ela se virou para mim, a curiosidade tomando conta de sua voz. — E o que mais eu sou para você?

— Você é... tipo tudo — respondi, quase sem perceber que estava falando em voz alta.

Ayla me encarou por alguns segundos, os olhos castanhos brilhando. Então, como se quisesse esconder, ela virou o rosto para a janela, mas não antes que eu visse o rubor que subia pelas suas bochechas.

— Para com isso, PH  — murmurou.

O sorriso no meu rosto cresceu.

Eu a tinha pegado desprevenida.

Simplesmente perfeita.

No dia do meu aniversário, depois da briga, do beijo, da tatuagem, tudo mudou de uma forma que eu não consigo explicar.

De repente, nós dois estávamos nos beijando em cima do meu carro. As mãos dela agarraram meu cabelo, puxando com força e eu a pressionava contra o capô do carro.

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