#21.

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(p. s. do autor: desculpas por não ter postado no domingo passado. o dia voou por mim, quando eu vi já era segunda. em compensação, estarei postando dois caps hoje. <3)


- Obrigado por ontem à noite – Tobio murmurou contra os lábios de Shoyo, dobrando-se à sua altura estirado na cama para dar-lhe um beijo. – Desculpa ter que sair tão cedo.

- Tudo bem, é parte do seu trabalho... Obrigado você por me acordar antes de sair – Shoyo respondeu, querendo puxá-lo para outro beijo e atrasá-lo mais uns minutos, mas ele fugiu de seu alcance procurando uma gravata no armário do outro lado do quarto. – Foi fofo.

- É fofo eu não querer que você só descubra que eu saí quando você acordasse?

- É. É fofo.

Kageyama tentou lutar contra um sorriso, sabendo que as intenções de Shoyo eram única e exclusivamente de provocá-lo – ainda assim, tirou uma camiseta do cabide só para jogar em sua cara, a melhor vingança que podia ter a essa distância.

- Eu não sou fofo. Nem com você.

Kageyama chegou a estender a mão para receber a camiseta de volta, mas Shoyo se apressou a vesti-la por cima do peito nu, cobrindo as cicatrizes no peito das quais era mais orgulhoso; Kageyama continuou com a mão estendida, mas abriu os olhos para o cenário milagroso à sua frente – Shoyo seminu em sua cama, vestindo uma de suas camisetas, com estrelas nos olhos só de estar no mesmo lugar que ele – e retraiu a mão para ajeitar o nó, sorrindo sozinho.

- Você sabe que pode se despedir dessa camisa pra sempre, né? Bobeou, perdeu.

- Tudo bem, pode ficar com ela. Fica muito melhor em você do que em mim, mesmo – Tobio admitiu, captando de canto de olho a pura alegria de Shoyo em ter a permissão de ficar com a camisa, apertando-a contra o corpo e inalando profundamente o que sobraria do cheiro de Tobio nela. – É engraçado.

- O que é?

- Você começa roubando meu coração, agora minhas roupas... O que você vai tentar roubar depois?

- Seu sobrenome.

A seriedade com que Shoyo participou da brincadeira assustaria se não deixasse a impressão de um sonho pelo qual eles poderiam lutar, que era alcançável. Kageyama traiu a si mesmo olhando para o relógio ao invés de se perder naqueles olhos apaixonados para sempre; sentou-se ao lado de Shoyo na sua cama e, ao mesmo tempo que calçava os mocassins formais, deu um último beijo no amor de sua vida.

- Eu não quero te deixar, mas eu realmente preciso ir, ou nunca vou terminar de ouvir sobre a minha falta de responsabilidade com a empresa... Eu te amo.

- Tudo bem, eu te perdoo por fugir de mim, CEO do sexo, pra ir pra sua reunião super importante sobre como é ser o homem com o melhor jogo de cama do mundo – Hinata provocou de volta, tirando uma última risada do namorado antes de ele se apressar a sair. – Eu te vejo de novo hoje?

- Pode me ver quando você quiser.

Um último sorriso trocado no quarto, guardando a santidade do amor dos dois, e Tobio correu para o lado de fora. Shoyo seguiu o som de seus passos, indo até o batente da porta quando eles se distanciaram – ainda meio bambo, porque por mais que Kageyama o amasse, não tinha a menor misericórdia. Não que fosse ruim. Ouviu as chaves girando na porta e só voltou para a cama quando o ronco do motor do carro sumiu rua afora.

Hinata se deitou na cama do namorado, sem a sua presença, e apertou a nova camisa entre os dedos, sentindo com o punho seu coração que ainda batia por ele, os trechos de sua pele que ele abusou com tanta honra; os primeiros raiares do Sol entraram pela janela – por que ele tinha que sair tão cedo para a droga de uma reunião, afinal?

Que História É Essa?! (Haikyuu!!)Onde histórias criam vida. Descubra agora