Laços Mágicos - Draco Malfoy

Capítulo 25

Cheguei ao meu dormitório, irritada e confusa com tudo o que tinha acontecido na festa. Entrei sem cerimônia, jogando minha bolsa sobre a cama e começando a andar de um lado para o outro, tentando processar meus sentimentos tumultuados.

A porta se abriu suavemente atrás de mim, e Draco entrou, fechando-a com cuidado. — Emma, espere. — Ele disse com um tom sério, tentando se aproximar.

Virei-me rapidamente para ele, meus olhos faiscando de raiva. — Espere o quê? Você acha que pode simplesmente aparecer e dizer essas coisas depois do que aconteceu?

Ele deu um passo à frente, tentando manter a calma. — Eu sei que não foi o momento certo na festa, mas precisamos conversar sobre isso.

— Conversar? Draco, você não entende? — Retruquei, minha voz tremendo de frustração. — Você só aparece quando precisa de algo ou quando acha que pode me usar ao seu favor.

Ele respirou fundo, seus olhos encontrando os meus com intensidade. — Emma, não é isso.

— E como posso saber? Você está sempre jogando com as pessoas, Draco. O que realmente somos? Amigos? Inimigos? Algo mais?

Ele se aproximou mais, sua expressão séria. — Eu sei que errei, mas você também errou.

Olhei para ele, lutando contra a mistura de emoções dentro de mim. — Você não pode simplesmente aparecer assim e mexer comigo. — Sussurrei, lutando para manter a compostura.

Draco suspirou profundamente, percebendo o impacto de minhas palavras. — Emma, podemos somente conversar?

Encarei seus olhos cinzentos, procurando por qualquer sinal de sinceridade. — Você diz isso agora, mas como posso confiar em você? Como posso saber que não vai simplesmente me usar e depois me descartar quando for conveniente?

Ele pareceu ferido pelas minhas palavras, mas não recuou. — Emma, a única razão pela qual eu estava dançando com aquela garota na festa foi porque você tinha me recusado.

Balancei a cabeça lentamente, sentindo a angústia se acumular em meu peito. — Eu recusei você porque eu nunca tenho certeza das suas intenções comigo. Nunca é algo real, Draco.

Ele suspirou, passando a mão pelo cabelo loiro com um gesto de frustração. — Eu posso ser um idiota por agir assim, mas você mexe comigo de um jeito que eu não consigo explicar.

Fiquei em silêncio por um momento, ponderando suas palavras. A tempestade de emoções dentro de mim ainda rugia, mas havia uma parte que queria acreditar nele, que desejava que as coisas pudessem ser diferentes.

Fiquei em silêncio, sentindo a raiva e a magoa lutando dentro de mim. — Eu não quero, Draco.

Ele suspirou resignado. — Tudo bem, Emma. — Ele se dá um passo para trás. — Por mais que eu odeio admitir, no fundo eu me importo com você.

Draco começou a se afastar, e algo dentro de mim gritou para não deixá-lo partir. Corri até ele, ignorando minhas dúvidas, e parei na sua frente.

Sem hesitação, ergui-me na ponta dos pés e o beijei com paixão, mostrando-lhe através daquele gesto o que realmente sentia.

Ele pareceu surpreso por um momento, mas logo seus braços envolveram minha cintura e ele correspondeu ao beijo com ardor, como se finalmente estivesse se entregando.

Nossos lábios se encontraram em um beijo suave e arrebatador. Foi como se o tempo tivesse parado, e por um instante, éramos apenas nós dois, compartilhando um momento íntimo e carregado de emoção. O calor de seu corpo, a doçura de seus lábios contra os meus, tudo parecia perfeito e certo.

Quando finalmente nos separamos, Draco ainda mantinha seu rosto próximo ao meu, seus olhos cinzentos agora suaves e cativantes.

— Draco.— Minha voz saiu em um sussurro, incapaz de expressar completamente tudo o que sentia naquele momento. — Você precisa voltar para festa, não é?

Ele sorriu levemente, um sorriso que derreteu todas as minhas defesas. —Preciso. — ele murmurou, sua voz rouca carregando uma nota de relutância.

Assenti com dificuldade, sabendo que era o que ele precisava fazer. — Você deve. — Concordei, lutando para manter minhas emoções sob controle.

Draco deu um passo para trás, segurando minha mão por um momento mais longo do que o necessário. Então, levou minha mão aos lábios e depositou um beijo suave e quase reverente. — Até logo, amor. — ele sussurrou, antes de se afastar, deixando-me com o calor de seu toque e a lembrança do beijo que compartilhamos.