Capítulo 33

115 9 5
                                    

Draco Malfoy's point of view

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Draco Malfoy's point of view

Eu estava parado diante da porta de Emma, meu coração batendo descompassadamente. Batidas na porta ecoaram pelo quarto silencioso. Eu sabia que ela estava do outro lado, provavelmente ainda se recuperando do que havia acontecido. Emma era forte, mas também era orgulhosa e ferida facilmente.

Quando a porta se abriu lentamente, meu coração deu um salto. Seus olhos vermelhos e inchados encontraram os meus, e por um momento, pensei que ela fosse fechar a porta na minha cara. Mas eu não podia deixar isso acontecer.

— Emma, por favor, me deixe entrar. Precisamos conversar — disse, tentando manter minha voz calma apesar da urgência que sentia.

Ela hesitou por um instante, mas finalmente recuou, permitindo que eu entrasse. Fechei a porta atrás de mim com cuidado, tentando não assustá-la ainda mais. O quarto dela estava à meia-luz, e o cheiro do perfume suave de Emma misturado com o aroma do ambiente acalmou meus nervos por um momento.

— Eu sei que você está chateada, e com razão — comecei, escolhendo minhas palavras com cautela enquanto a observava de perto. — Mas eu preciso que você entenda uma coisa: não fui eu quem vazou aquilo. Eu jamais faria algo para te prejudicar dessa forma.

Seus olhos encontraram os meus novamente, cheios de desconfiança e dor. O silêncio pairou entre nós por um momento, pesado como chumbo. Então, ela falou, a voz embargada pela emoção.

— Como eu posso acreditar em você, Draco? Todos os sinais apontam para você. Você sempre foi assim, manipulador, pronto para fazer qualquer coisa para conseguir o que quer.

Fechei os punhos, sentindo um nó na garganta. Ela tinha razão em desconfiar de mim. Meu passado não era perfeito, longe disso. Mas desta vez, eu estava sendo honesto. Eu tinha mudado, mesmo que ela não acreditasse.

— Eu entendo por que você pensa isso de mim — continuei, lutando para manter minha voz firme. — Mas eu realmente estou tentando ser diferente, Emma.

Emma olhou para mim com um misto de incredulidade e tristeza. Havia uma pequena faísca de esperança em seus olhos, mas ela estava determinada a não deixá-la crescer.

— Por que você faria isso? Por que se importar agora? — Ela perguntou, sua voz um sussurro frágil.

— Porque eu me importo com você, Weasley. Mais do que você imagina — respondi sinceramente, tentando transmitir toda a sinceridade dos meus sentimentos.

Ela baixou o olhar por um momento, processando minhas palavras. Seu pijama de cetim rosa claro brilhava suavemente à luz fraca do quarto, lembrando-me da sua vulnerabilidade. Eu queria abraçá-la, protegê-la de toda essa dor, mas sabia que era tarde demais para isso.

— Eu não acredito em você — disse ela finalmente, seus olhos encontrando os meus mais uma vez, enquanto ela dava voltas pelo quarto.

— Eu entendo — murmurei, lutando contra a dor que crescia dentro de mim. — Mas saiba que, por mais que não acredite, eu faria de tudo por você.

Ficamos em silêncio por um momento tenso, e então eu deixei algumas batidas ao meu lado, indicando que ela se sentasse ali. Emma me olhou incrédula, e após eu deixar um breve sorriso, ela se sentou ao meu lado.

Coloquei meu braço atrás de seu corpo, envolvendo-a em um abraço. A garota não pôde se conter, e começou a chorar.

— Eu sinto muito por isso. Saiba que vou descobrir quem fez isso, Emma. E vou fazer a vida dessa pessoa um inferno — prometi com firmeza, enquanto a garota chorava.

Emma me olhou por um momento. Seus olhos carregados de emoções, que eu jamais conseguiria decifrar.

— Draco... — Ela começou, sua voz embargada pelo choro. Ela hesitou por um momento, olhando profundamente em meus olhos. — Vai embora.

Fiquei atordoado por suas palavras. Ela estava me mandando embora. O desespero e a tristeza se misturaram dentro de mim, mas eu sabia que não podia forçá-la a ficar.

Em um impulso, tirei meu braço de seu corpo e olhei em seus olhos por uma última vez antes de sair.

— Até mais, Weasley — falei, então fui até a porta e a fechei suavemente atrás de mim.

Caminhei pelo corredor, cada passo pesando como um fardo sobre meus ombros. O eco dos soluços de Emma ainda reverberava em meus ouvidos, sua imagem fragilizada se imprimia em minha mente. Eu não sabia como poderia seguir em frente depois daquilo, mas uma coisa era certa: não descansaria até resolver aquela confusão.

Laços Mágicos - Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora