Capítulo 43

95 8 0
                                    

No dia em que partimos para Hogwarts, a estação estava uma loucura, como sempre, com corujas sobrevoando e famílias se despedindo com lágrimas nos olhos

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

No dia em que partimos para Hogwarts, a estação estava uma loucura, como sempre, com corujas sobrevoando e famílias se despedindo com lágrimas nos olhos. Meu pai nos guiou pela barreira da plataforma com sua costumeira calma, enquanto eu e meus irmãos trocávamos ansiedade e expectativas sobre o novo ano que começava.

Encontrei Hermione assim que entrei no Expresso de Hogwarts, e logo estávamos em uma animada conversa sobre tudo e nada ao mesmo tempo. Sentadas no compartimento, falávamos sobre as aulas que estavam por vir, as novidades que esperávamos encontrar na escola e as possíveis pegadinhas que Fred e George planejavam para esse ano.

Quando chegamos a Hogwarts, o céu já estava escuro e o Grande Salão estava magnificamente iluminado por velas flutuantes. Sentamos à mesa da Grifinória, famintas depois da longa viagem, e escutamos atentamente Dumbledore falando sobre as novas regras e os desafios que enfrentaríamos no quinto ano.

Mas o que realmente me tirou do sério foi quando Dumbledore mencionou os boatos sobre você-sabe-quem estar voltando.

— Não pode ser verdade! — exclamei em voz alta, sentindo o olhar surpreso de muitos à minha volta.

Harry, ao meu lado, assentiu com seriedade, sua expressão tão sombria quanto a minha. Dumbledore tentou acalmar todos, mas não havia como esconder a tensão que se espalhava pela sala.

Enquanto eu tentava processar tudo isso, meu olhar vagou pela mesa da Sonserina e pousou em Draco Malfoy, que parecia mais abatido do que de costume. Senti um aperto no peito ao vê-lo assim, mas antes que eu pudesse pensar mais a fundo sobre isso, notei Pansy Parkinson lançando um sorriso cínico na minha direção.

Ela apenas arqueou uma sobrancelha, sem dizer uma palavra. Desde aquele incidente na sala comunal, ela tem me evitado completamente, o que só serviu para aumentar minha irritação.

Enquanto Dumbledore continuava a falar, eu me peguei perdida em pensamentos sobre o que estava por vir. O quinto ano prometia ser cheio de desafios e mistérios, e agora, com esses boatos sobre Voldemort circulando, parecia que a atmosfera em Hogwarts estava mais tensa do que nunca.
_______________________________________

Após o jantar tumultuado, enquanto todos os alunos se dirigiam para seus respectivos dormitórios, eu não pude evitar a sensação de que algo precisava ser resolvido.

Subi as escadas que levavam ao nosso dormitório na Sonserina, sentindo-me nervosa com o que estava por vir. O lugar tinha uma atmosfera diferente da Grifinória: mais sombria, com tons de verde escuro e móveis elegantes.

Quando entrei, vi Pansy sentada em sua cama, lendo um livro de feitiços. Ela ergueu os olhos para mim, seu rosto assumindo uma expressão que misturava surpresa e desdém.

— O que você quer, Emma? — ela perguntou, sua voz carregada de uma irritação mal disfarçada.

— Por que está me evitando? — questionei, tentando manter a calma apesar da minha crescente frustração.

Pansy fechou o livro com um suspiro audível, fixando seu olhar em mim com uma mistura de cansaço e desprezo.

— Você realmente não entende? — ela disse, seu tom cortante. — Nós simplesmente não somos mais compatíveis como amigas. Você é legal e tudo mais, mas acho que nossos interesses mudaram.

Aquelas palavras cortaram fundo. Eu me sentei na cama ao lado dela, sentindo-me atordoada com a repentina frieza de alguém com quem eu havia compartilhado tantos momentos.

— Mas Pansy, nós éramos amigas. O que mudou?

Ela suspirou, parecendo quase entediada com minha falta de compreensão.

— As coisas mudam, Emma. Eu mudei. E você também deveria.

Senti um nó se formar na garganta. Era difícil aceitar que alguém com quem eu compartilhara tanto tivesse decidido que não queria mais minha amizade.

— Se você diz. — minha voz saiu mais firme do que eu realmente me sentia.

Pansy apenas encolheu os ombros, desinteressada, e voltou sua atenção para o livro de feitiços.

Após a breve e decepcionante conversa com Pansy, me senti como se estivesse flutuando em um mar de emoções conflitantes. Respirando fundo para acalmar os nervos, decidi que precisava de um momento para mim mesma.

Levantei-me da cama com determinação e me dirigi ao banheiro compartilhado do dormitório da Sonserina. O caminho até lá pareceu mais longo do que o habitual, cada passo ecoando silenciosamente nos corredores sombrios e iluminados por tochas.

Ao chegar no banheiro, fechei a porta atrás de mim com um suspiro de alívio. Liguei a torneira da pia e respirei fundo, encarando meu reflexo no espelho. Meu rosto parecia tenso e cheio de pensamentos tumultuados.

Enquanto a água quente caía sobre minhas mãos, deixei que as lágrimas que vinham se acumulando desde o jantar finalmente escorressem. Não era apenas sobre Pansy. Era sobre toda a sensação de mudança que pairava sobre nós em Hogwarts. Sobre os rumores de Voldemort voltando, sobre os desafios que o quinto ano traria, sobre a incerteza em relação aos meus próprios sentimentos.

Depois de algum tempo, respirei fundo e enxuguei as lágrimas com a manga do uniforme. Olhei novamente para o espelho, determinada a enfrentar o que quer que viesse pela frente. Não importava o que Pansy ou qualquer outra pessoa pensasse, eu sabia quem eu era e o que valorizava.

Com um último suspiro, desliguei a torneira e saí do banheiro. O corredor ainda estava silencioso e vazio quando eu voltei para o dormitório. Me deitei na cama, olhando para o teto enquanto pensava no que faria a seguir.

Hogwarts não era apenas sobre feitiços e poções; era sobre aprender quem éramos e como enfrentar os desafios que a vida nos trazia.

E assim, enquanto a luz da lua penetrava pelas janelas do dormitório, eu fechei os olhos e me preparei para o que o novo dia traria.

Laços Mágicos - Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora