Laços Mágicos - Draco Malfoy

Capítulo 24

No grande salão iluminado por velas e luzes cintilantes, o Baile Anual de Hogwarts estava em pleno vapor. Enquanto eu dançava com Harry, senti o olhar de Draco sobre nós. Ele parecia irritado, observando cada movimento meu com uma intensidade que não passava despercebida.

De repente, Draco se afastou do grupo em que estava e convidou uma garota sonserina deslumbrante para dançar. Seus passos eram tão elegantes quanto os meus com Harry, e uma onda de ciúmes percorreu meu peito.

— Harry, me desculpe um momento. — murmurei, interrompendo nossa dança abruptamente.

Ele franziu a testa, mas assentiu. — Claro, Emma. Vá em frente. — Disse em um tom triste.

Eu segui Draco até um canto mais tranquilo do salão, determinada a confrontá-lo sobre seu comportamento.

— Posso falar com você, Draco? — Perguntei, tentando manter minha voz firme apesar do nervosismo.

Draco virou-se para mim, suas feições pálidas e seus olhos cinzentos me avaliando com uma mistura de surpresa e desdém. — O que você quer, Weasley?

Senti uma pontada de frustração. —Você está agindo como se fosse um jogo, Draco. Isso é patético. — Disse, me esforçando para não deixar transparecer a ferida em meu orgulho.

Ele ergueu uma sobrancelha, um sorriso de desafio surgindo em seus lábios. — Você é quem está dançando com o queridinho de Hogwarts. Eu só estou seguindo o exemplo.

Revirei os olhos, exasperada com sua atitude provocadora. — Você não pode suportar me ver com outra pessoa, não é? Isso é o que realmente te incomoda.

Draco deu de ombros, sem mostrar nenhum sinal de arrependimento. — Não tenho motivo para me preocupar com seus gostos, Weasley. Você não é minha preocupação.

Aquelas palavras cortaram fundo, mas eu sabia que não podia esperar mais de Malfoy. Ele nunca seria fácil de entender ou lidar.

— Você é um idiota, Malfoy— Murmurei, virando-me para sair antes que ele pudesse ver a mágoa nos meus olhos.

Enquanto eu caminhava de volta para a pista de dança, senti uma mistura de alívio e tristeza. Não havia resolução entre nós, apenas um entendimento de que os sentimentos complicados que tínhamos um pelo outro não desapareceriam facilmente.

Quando retornei ao salão, fui até o Potter. E quando eu ia começar a falar Harry me interrompeu abruptamente, seu rosto mostrando uma mistura de confusão e preocupação.

— Emma. — Ele começou, sua voz carregada de incerteza.

— Harry, o que foi? — Perguntei, tentando manter minha voz calma enquanto enfrentava seu olhar inquisitivo.

— Por que você foi falar com Malfoy? — Ele perguntou, e pude ver o desconforto em seus olhos.

Suspirei, sentindo um nó se formar em minha garganta. — Harry, nós somos apenas amigos— Expliquei rapidamente, tentando escolher minhas palavras com cuidado. — Além disso, você sabe que a Gina gosta de você.

Vi sua expressão se contrair, um misto de emoções cruzando seu rosto. Ele sempre foi sensível aos sentimentos dos outros, e isso o deixava em uma posição difícil agora.

— Emma, eu não quis...— Ele começou a dizer, visivelmente perturbado.

Balancei a cabeça, interrompendo-o suavemente. — Não precisa se desculpar, Harry. — Respondi, me esforçando para não deixar transparecer a ferida em meu orgulho. — Eu só queria entender o que estava acontecendo com Malfoy. Não era nada além disso.

Ele pareceu aliviar-se um pouco, mas ainda havia tensão entre nós. Antes que pudesse dizer mais alguma coisa, senti a necessidade urgente de me afastar. — Eu só preciso de um momento– Murmurei, girando nos calcanhares e afastando-me pelo salão antes que ele pudesse responder.

Enquanto caminhava, a música suave e o burburinho das conversas ao meu redor pareciam distantes. Eu me sentia uma mistura de emoções: culpa por ter preocupado Harry, tristeza por não ter conseguido explicar adequadamente, e frustração por não poder controlar meus próprios sentimentos confusos em relação a Draco.

Eu sabia que precisava de um tempo para processar tudo isso, para entender o que realmente significava para mim. O baile, que deveria ser uma noite de celebração e alegria, agora se tornara um campo minado de emoções complexas e mal resolvidas.