Capítulo 31

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Eu e Hermione estávamos sentadas no pátio de Hogwarts, aproveitando o sol da tarde

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Eu e Hermione estávamos sentadas no pátio de Hogwarts, aproveitando o sol da tarde. Entre risadas, comentávamos sobre Cho Chang, aquela garota de Corvinal que sempre parecia ter algo a dizer sobre tudo.

- Hermione, você viu só a cara dela quando o Snape deu aquela bronca na aula de Poções? - Eu ri, lembrando da expressão indignada de Cho.

Hermione gargalhou. - Ela realmente não tem vergonha na cara, ne?

Enquanto estávamos nessa conversa animada, Harry se aproximou com uma expressão séria e determinada. Meu coração deu um salto nervoso. - Emma, podemos conversar um pouco?

Claro que algo estava errado. Harry nunca tinha esse tom de voz sem um bom motivo. Deixei Hermione e segui Harry até um canto mais isolado do pátio, onde ele tirou uma carta do bolso e me entregou. Seu rosto estava tenso, os olhos azuis fixos em mim.

- Eu encontrei isso no corredor. Leia - Disse ele com a voz controlada, mas carregada de emoção.

Eu peguei a carta, meu coração batendo mais rápido conforme meus olhos percorriam as palavras. Era uma descrição detalhada de um momento que eu preferia que permanecesse privado: O beijo com Draco na sala de vassouras. As palavras eram como punhais, cada uma perfurando minha confusão e preocupação crescente.

- Harry, eu posso explicar... - comecei, mas ele me interrompeu.

- Eu pensei que você sentisse algo por mim, Emma. Mas parece que eu estava enganado - Sua voz era um misto de decepção e mágoa, e suas palavras ecoaram dolorosamente em meu peito. - Achei que... acreditei que tivesse algo entre nós.

Eu senti um nó na garganta, lutando para encontrar as palavras certas. - Harry, eu... não é o que você está pensando. Eu não...

Ele ergueu uma mão, interrompendo qualquer tentativa de explicação minha. - Não precisa explicar, Emma. Eu só queria que você soubesse. Agora só esquece que um dia você me conheceu.

Eu queria correr atrás dele, implorar para que ele me ouvisse, mas algo me deteve. Ao invés disso, virei-me e comecei a caminhar pelo pátio, encontrando olhares curiosos e cartas idênticas nas mãos dos colegas.

Eu estava prestes a explodir de raiva e frustração quando avistei Draco à distância. Sem hesitação, eu o puxei para um lugar mais reservado, longe dos olhares curiosos e dos olhos julgadores.

- Draco, você foi um covarde! - Eu disse, minha voz carregada de indignação.

Draco arqueou uma sobrancelha, claramente confuso. - O que você está falando, Emma? Do que você está me acusando agora?

Eu respirei fundo, tentando controlar a raiva fervente dentro de mim. - Essa carta. Conta sobre nós dois na sala de vassouras. Você prometeu que isso ficaria entre nós.

Draco franziu a testa, sua expressão mudando para uma mistura de choque e pesar genuínos. - Eu juro que não fui eu, Emma. Não sei como isso vazou.

Eu queria acreditar nele, mas a dor da traição estava fresca demais em minha mente. - Você mentiu para mim! Como eu posso confiar em você agora?

Draco deu um passo em minha direção, sua voz carregada de urgência. - Emma, por favor, me escuta...

- Não, Draco. - Eu o interrompi com firmeza, afastando-me dele. - Eu não quero mais ouvir suas desculpas.

Ele olhou para mim com olhos suplicantes, mas eu já estava decidida. Virei as costas e me afastei rapidamente, ignorando seu chamado para voltar.

Enquanto caminhava de volta para o castelo, sentia uma mistura tumultuada de tristeza e raiva. Não sabia em quem confiar mais, nem como lidar com as consequências devastadoras das revelações.

Depois de deixar Draco para trás, me senti como se meu mundo estivesse desmoronando. A confusão e a dor se misturavam dentro de mim como uma tempestade. Eu sabia que precisava de apoio, então fui em direção à sala comunal, onde Pansy estaria.

Encontrei Pansy na entrada da sala comunal. Seu rosto se iluminou ao me ver, mas rapidamente se transformou em preocupação ao notar minhas lágrimas.

- Emma, o que aconteceu? - Pansy perguntou imediatamente, sua voz cheia de preocupação genuína.

Tremi um pouco, tentando encontrar palavras que dessem sentido ao que estava sentindo. Mas como explicar a confusão em meu coração, a traição que parecia vir de todos os lados? Meu por ter beijado o garoto que minha melhor amiga gosta, o dele por ter espalhado, e o de Harry por não querer me escutar.

- Está tudo ruim - murmurei finalmente, tentando controlar as lágrimas que insistiam em cair. - Muito ruim.

Pansy me olhou com compaixão, colocando um braço ao redor dos meus ombros para me confortar. - Emma, sinto muito que você esteja passando por isso. Mas você precisa se acalmar. Vamos entrar.

Ela me guiou até a sala comunal, onde nos sentamos em um canto mais reservado. Eu respirei fundo, tentando controlar minhas emoções tumultuadas. Pansy me olhava com paciência, esperando que eu me reunisse o suficiente para falar.

- Por que tudo tem que ser tão complicado? - murmurei finalmente, mais para mim mesma do que para Pansy.

Pansy suspirou suavemente. - Estou aqui com você.

Eu assenti lentamente, as palavras reconfortantes de Pansy começando a acalmar um pouco minha mente confusa. Eu ainda estava processando tudo, tentando entender como as coisas tinham dado tão errado tão rapidamente.

- O que você vai fazer agora? - Pansy perguntou gentilmente, olhando-me nos olhos com uma mistura de preocupação e apoio.

Eu não tinha uma resposta clara. Tudo o que eu sabia era que precisava de tempo para pensar, para deixar a dor se acalmar antes de decidir meu próximo passo.

- Eu não sei - admiti finalmente, sentindo um nó se formar na minha garganta mais uma vez. - Só sei que está difícil.

Pansy apertou minha mão com firmeza. - Você vai descobrir, Emma. E estarei aqui para ajudar no que precisar.

Eu olhei para ela com gratidão. Apesar de todas as confusões e incertezas ao meu redor, eu sabia que Pansy era uma verdadeira amiga. E isso era o que eu precisava agora mais do que nunca: alguém que estivesse ao meu lado enquanto eu tentava juntar os pedaços do meu coração partido.

Laços Mágicos - Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora