Laços Mágicos - Draco Malfoy

Capítulo 57

Pansy Parkinson's Point of View

Eu caminhava pelos corredores de Hogwarts, com o som da música do Baile ainda ecoando em meus ouvidos. Meus passos eram pesados, meu coração mais ainda. Eu fui ao baile na esperança de ver Draco, mas ele passou a noite toda distante, conversando e até mesmo beijando a Weasley.

Finalmente de volta ao dormitório, abri a porta com um suspiro cansado. A sala comum estava silenciosa e escura, exceto pela luz fraca das lareiras. Meus pés ecoavam no chão de pedra enquanto eu caminhava em direção ao quarto que compartilhava com as outras garotas da casa.

Ao entrar no quarto, meu coração deu um salto. No canto mais distante, Emma estava deitado em sua cama, dormindo profundamente. Mas não foi isso que me fez parar no lugar. Ao seu lado, também dormindo tranquilamente, estava Draco.

Um turbilhão de emoções inundou meu coração. Raiva, tristeza, desespero. Observar Draco e Emma abraçados, como se fossem feitos um para o outro, me fez sentir traída e enganada. Eu permiti que esperanças tolas crescessem dentro de mim durante tanto tempo, apenas para ver tudo desmoronar diante dos meus olhos.

Silenciosamente, dei um passo para trás e corri para o banheiro do dormitório. Tranquei a porta com um feitiço antes de me deixar desabar diante do espelho.

As lágrimas quentes escorriam pelo meu rosto enquanto eu me permitia sentir toda a dor. Cada soluço era uma mistura de angústia e raiva, uma dor que eu não queria admitir sentir.

A água do chuveiro caía sobre mim, misturando-se com minhas lágrimas. Eu deixei as lágrimas fluírem livremente, lavando minha alma junto com elas. Naquele momento solitário e doloroso, fiz uma promessa a mim mesma. Prometi que nunca mais permitiria que meu coração fosse tão vulnerável, tão exposto.

Quando finalmente me acalmei, enxuguei o rosto e olhei para o reflexo no espelho. Meus olhos vermelhos e inchados. Respirei fundo, sabendo que não seria fácil esquecer Draco, mas também sabendo que precisava seguir em frente.

Com um suspiro resignado, desfiz o feitiço da porta e saí do banheiro. Eu não sabia o que o futuro reservava, mas uma coisa era certa: a partir daquele momento, eu seria mais forte, mais resiliente. E talvez um dia, quem sabe, encontrasse alguém que me valorizasse como merecia.