Capítulo 36

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Draco Malfoy's point of view

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Draco Malfoy's point of view

Eu estava no pátio da escola com Pansy, Goyle e Blaise, aproveitando o sol da tarde e tentando não pensar muito na confusão que minha vida tinha se tornado ultimamente. Ainda estava perplexo com aquela carta, com aquela assinatura que mexeu com meu equilíbrio mais do que eu gostaria de admitir.

- Quando eu encontrar a pessoa que fez isso, vou acabar com a raça dela. - Minha voz saiu mais firme do que eu esperava, uma mistura de raiva e determinação.

Pansy arqueou uma sobrancelha, sua expressão sempre perspicaz. - Por que você está tão preocupado com a reputação daquela Weasley, Draco? Ela é só mais uma entre tantas.

Eu a encarei, incrédulo. - Você consegue ficar calada por um momento?

Ela deu de ombros, os lábios formando um pequeno sorriso de desdém. - Achei que você precisasse de um lembrete. Não acho que aquela Emma seja tudo isso, Draco. Ela é irritante.

Minha paciência estava se esgotando rapidamente. - Irritante ou não, ela tem inteligência. Mais do que posso dizer de algumas pessoas por aqui.

Pansy bufou, claramente irritada com minha defesa inesperada de Emma. Ela se levantou abruptamente.

Eu apenas a observei se afastar, sem a menor intenção de segui-la. Pansy sempre soube como me provocar, mas desta vez eu não cairia na armadilha. Fiquei ali, sentado no banco do pátio, observando-a se afastar com um sorriso satisfeito nos lábios.

Pansy podia não gostar de Emma, mas pelo menos agora ela sabia que a garota tinha algo que merecia meu respeito.

- Você tem alguma suspeita? - Blaise perguntou, com um tom calmo e curioso.

Sacudi a cabeça lentamente. - Não, Blaise. Ainda não faço ideia de quem possa ter enviado aquela carta.

Antes que pudéssemos continuar a conversa, Goyle soltou uma risada estrondosa que ecoou pelo pátio. Olhei para ele, confuso com sua reação repentina.

- O que há de tão engraçado, Goyle? - Perguntei, esperando uma explicação.

Goyle tentou conter o riso, mas continuava a sorrir amplamente. - Draco, você realmente não sabe?

- Sabe o quê? - Eu estava começando a perder a paciência com a falta de clareza.

Ele finalmente conseguiu controlar o riso o suficiente para falar. - É claro que é verdade, Draco!

Revirei os olhos, frustrado com a falta de seriedade da situação. - Goyle, cale a boca. Isso não é engraçado.

Deixei meus amigos ainda rindo entre si enquanto me afastava, retomando minha caminhada pelo pátio. A risada de Goyle ainda ecoava em meus ouvidos, mesmo depois de eu ter virado a esquina. Às vezes, era difícil lidar com eles, mas pelo menos sabia que podia contar com Blaise para manter as coisas um pouco mais equilibradas.

Eu decidi que já era hora de sair do pátio e fazer algo diferente. O horário das aulas estava chegando ao fim e ninguém iria me impedir de ir até o Três Vassouras. Com passos decididos, segui em direção ao beco movimentado, onde sabia que encontraria um pouco de descontração e talvez até distração.

Ao chegar lá, avistei Emma e Theodore Nott conversando em um canto do bar. Uma onda sutil de ciúmes se formou dentro de mim ao vê-los juntos. Emma sempre tinha um jeito de me provocar, e talvez eu estivesse sentindo falta desses jogos.

Decidi adotar uma abordagem cínica. Caminhei até eles com um sorriso sutil nos lábios, como se não me importasse com nada. Theodore me viu primeiro e sorriu calorosamente.

- Draco! Que surpresa te ver por aqui. - Ele disse, enquanto se levantava para me cumprimentar.

Eu o abracei de forma amigável, deixando Emma visivelmente desconfortável com minha presença repentina. - Theodore, como vai? - Minha voz saiu mais suave do que eu pretendia, mas o olhar de Emma me fazia sentir uma satisfação sutil.

Theodore e eu conversamos por alguns minutos sobre assuntos triviais, enquanto eu percebia o desconforto crescente de Emma ao nosso redor. Era estranho ver como ela reagia à minha presença depois de tudo o que aconteceu entre nós. Talvez ela estivesse se sentindo culpada, ou talvez apenas não soubesse como agir na minha frente.

Depois de um tempo, despedi-me de Theodore com um aceno casual e um sorriso leve. Vi Emma respirar aliviada quando ele se afastou para se juntar a alguns amigos em outra mesa. Eu sabia que tinha mexido com ela, e isso me deixava satisfeito de uma maneira estranha.

Voltei meu olhar para Emma, que agora estava me encarando com uma expressão que eu não conseguia decifrar completamente. Eu queria provocá-la mais um pouco, para ver até onde ela conseguiria ir para se manter firme.

- E então, Emma... A que devo a honra da sua presença aqui? - Perguntei, com um tom ligeiramente sugestivo.

Ela suspirou, parecendo um pouco irritada com a minha presença. - Draco, não é da sua conta.

Sorri internamente. Era exatamente o tipo de resposta que eu esperava dela. Peguei minha caneca de cerveja amanteigado que havia pedido e dei um gole, mantendo meu olhar fixo no dela.

- Oh, mas eu só queria conversar. - Continuei provocando, sabendo que estava cutucando onde doía. - Afinal, você parece tão... interessante ultimamente.

Emma franziu a testa, claramente desconcentrada com a minha fala. - Não sei do que está falando, Malfoy.

Eu ri baixinho, apreciando o desconcerto dela. - Ah, não? Theodore pareceu bem à vontade na sua companhia. Achei que talvez estivesse tentando esquecer um certo beijo... ou algo do tipo.

Ela endureceu um pouco, cruzando os braços. - Não é da sua conta, Draco. Deixe isso para lá.

Eu sabia que estava mexendo com ela, mas não podia evitar. Emma tinha um jeito de me desafiar que me intrigava. Decidi mudar de tática, não querendo prolongar a tensão.

- Bem, se é assim que você prefere... - Dei de ombros casualmente, terminando minha cerveja amanteigado. - Vou deixá-la em paz então.

Levantei-me, sentindo-me satisfeito com a reação dela. Sem me despedir, dei as costas e comecei a caminhar em direção à saída do bar. O olhar de Emma me seguiu até eu desaparecer pela porta, e eu não pude deixar de sorrir.

Eu sentia falta disso.

Laços Mágicos - Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora