Em meio ao mundo mágico, Emma Weasley, a determinada irmã de Ron Weasley, encontra-se envolvida em uma intricada teia de rivalidade e desejo quando é designada para trabalhar ao lado de Draco Malfoy na escola de magia Hogwarts. Inicialmente, sua rel...
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O
mundo bruxo havia encontrado paz após a guerra, e agora, dezoito anos depois, eu caminhava pela plataforma 9¾ ao lado de Theodore Nott, meu marido, enquanto segurava a mão de nossa filha, Amelie Weasley Nott. Ela tinha herdado os cabelos ruivos dos Weasley e os olhos de sua mãe.
Theo parou em uma loja para comprar algumas coisas, então aproveitei para levar-la adiante. Enquanto andávamos, Amelie, curiosa como sempre, esbarrou acidentalmente em um garotinho de cabelos loiros claros e olhos muito azuis. Ela deu um pulo para trás, surpresa.
— Desculpe, não vimos você! — Exclamei rapidamente, ajudando Amelie a se recompor.
O garotinho pareceu um pouco assustado, mas antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, um homem alto apareceu ao lado dele. Reconheci imediatamente aqueles cabelos loiros e o rosto sério: era Draco Malfoy, meu ex-namorado dos tempos de Hogwarts.
Meu coração deu um salto. Tudo parecia congelar por um momento enquanto nossos olhares se encontravam.
— Emma?— Draco murmurou, parecendo tão surpreso quanto eu.
— Draco. — Minha voz saiu um pouco trêmula. — É... bom te ver.
Amelie, sem entender a tensão entre nós, olhou de um para o outro com curiosidade.
— Esse é Scorpius, meu filho. Scorpius, essa é Emma, uma velha amiga. — Draco disse, tentando manter a compostura.
Scorpius olhou para mim com os mesmos olhos azuis de Draco, mas sem o mesmo desdém que às vezes eu via no olhar do pai.
— Prazer em conhecê-la, Emma. — Disse o garoto timidamente.
— Prazer em conhecê-lo também, Scorpius. — Respondi com um sorriso forçado. — Bom... eu realmente não esperava.
— Nem eu. — Assumiu Draco, com um sorriso bobo em seu rosto. — Depois de tantos anos, quem diria que iríamos nos encontrar.
— Pensei que jamais iria te ver novamente. — Exclamei, sentindo meu coração palpitar da mesma forma de quando eu tinha apenas dezesseis anos.
— Definitivamente. — Disse Draco. — Não seria cômodo chamá-la para uma visita na minha casa? Como velhos amigos.
— Ah, Draco. — Sorri. — Eu adoraria..
Theo voltou nesse momento, me interrompendo de continuar.
— Amor, está tudo bem? — Ele perguntou, colocando uma mão em minha cintura. Por algum motivo eu apenas queria que ele não estivesse ali.
— Sim, Theo, está tudo bem. — Respondi, forçando um sorriso. — Draco, Scorpius, foi um prazer revê-los. Precisamos ir agora.
Nos despedimos rapidamente e continuamos nosso caminho. Meu coração ainda estava acelerado enquanto pensava na ironia do destino em nos colocar frente a frente novamente, após tantos anos.
Chegamos, Amelie ansiosa com a perspectiva de seu primeiro dia em Hogwarts. Enquanto esperávamos o trem chegar, eu olhava para ela e pensava em como o tempo voava. A lembrança de Scorpius ser minha constelação favorita, algo que eu mencionava sempre quando era adolescente, ecoava em minha mente como um lembrete das voltas que a vida dá.
— Mãe, quem era aquele homem? Ele pareceu assustado quando me viu. — Amelie perguntou, quebrando o silêncio.
— Ele é alguém que conheci há muito tempo, querida. Um amigo de Hogwarts. — Respondi vagamente, tentando encontrar as palavras certas para explicar.
Enquanto o trem se aproximava, senti um olhar familiar sobre mim. Virei-me e encontrei Draco mais uma vez. Ele estava ao lado de Astoria, sua esposa, e observava a plataforma com uma expressão serena.
— Emma, este é Astoria, minha esposa. Astoria, esta é Emma, uma antiga amiga. — Draco disse, com uma voz mais suave do que eu esperava.
— Prazer em conhecê-la, Emma. — disse Astoria, com um sorriso caloroso. — Draco me falou muito sobre você. Foram grandes amigos, não é?
— Igualmente, Astoria. — Respondi, tentando parecer o mais natural possível. — Sim, ah, fomos ótimos amigos.
Theo colocou a mão em meu ombro novamente, um gesto reconfortante. Eu sabia que o passado e o presente estavam entrelaçados naquele momento, mas também sabia que precisávamos seguir em frente.
— Amelie, querida, o trem está quase saindo. Tenha um bom primeiro ano em Hogwarts. — Eu disse, abraçando-a com ternura.
— Obrigada, mãe. E obrigada, papai. — Amelie respondeu, animada enquanto se dirigia para o trem.
Enquanto ela desaparecia entre os alunos que entravam no trem, eu senti um alívio misturado com nostalgia. Draco e Astoria também se despediram de Scorpius, que entrou no trem com um sorriso tímido.
— Boa sorte em Hogwarts, filho. — Draco murmurou, seu olhar encontrando o meu por um breve momento.
Eu assenti, sabendo que aquele breve encontro tinha marcado o fim de um capítulo e o início de outro. Enquanto o trem partia, eu olhava para Theo ao meu lado, sentindo-me um mix de emoções. Eu não poderia ser mais grata pela família que tinha, mas por quê encontrar Draco havia mexido tanto comigo? Depois de tantos anos ele ainda teria o mesmo controle sobre o meu corpo?
Isso não poderia ser possível.
— Vamos para casa, Theo. Temos muito o que conversar. — Murmurei, sentindo o peso do dia começar a se dissipar.
Enquanto nos afastávamos da plataforma, sabia que o futuro ainda guardava surpresas, eu já deveria estar acostumada. Por mais clichê que fosse, eu não estava esperando um encontro tão repentino assim. Após tantos anos, pensei que qualquer resquícios de sentimentos que ainda sentia por Draco havia sumido completamente, mas a forma que ele me olhava me causou náuseas.
