Capítulo 51

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Draco Malfoy's point of view

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Draco Malfoy's point of view


Eu estava jogado no meu sofá, no dormitório, tentando relaxar após um dia exaustivo de estudos. Os livros ainda estavam abertos na minha mesa, mas eu já havia desistido de tentar entender a complicada teoria dos feitiços avançados que o Snape tinha passado. Aquele velho ainda conseguia ser mais amargo do que o normal.

O silêncio foi quebrado por uma batida hesitante na porta. Levantei uma sobrancelha, não era comum alguém me procurar àquela hora, muito menos Pansy Parkinson. Ela era uma presença constante nos corredores de Hogwarts, sempre cercada por uma nuvem de fofocas e insinuações maliciosas. Pansy tinha um jeito de fazer as coisas que não me agradava muito, especialmente depois dos boatos que ela tinha espalhado sobre Emma.

Emma era diferente. Ela era discreta, inteligente e tinha um jeito de desafiar as expectativas que me intrigava desde o primeiro dia em que a vi. Mas Pansy tinha se encarregado de espalhar mentiras cruéis sobre ela, algo que eu não podia deixar passar.

Abri a porta e lá estava ela, com os olhos vermelhos e o rosto inchado de tanto chorar. Eu cruzei os braços, esperando que ela dissesse alguma coisa. Ela fungou e soluçou antes de conseguir falar.

— Draco, por favor, eu não aguento mais! Os boatos estão me destruindo. Por favor, você tem que acabar com isso!

Eu dei um passo para trás, mantendo minha expressão fria e indiferente. — Pansy, o que você fez foi imperdoável. E eu avisei que tomaria providências.

Ela começou a se ajoelhar, as lágrimas escorrendo sem controle. Olhou nos meus olhos e seus soluços ecoaram pelo quarto vazio. — Por favor, Draco, eu imploro. Eu sei que errei. Mas eu não suporto mais isso. Eu não aguento mais.

Eu suspirei, sentindo uma pontada de satisfação ao vê-la tão vulnerável. —Pansy, pare de se humilhar. Eu não posso fazer nada para mudar isso.

Ela soluçou ainda mais alto, os olhos desesperados procurando qualquer sinal de compaixão no meu rosto. Mas tudo que encontrei foi um sorriso frio. — Levante-se, Pansy. Você está fazendo papel de ridícula.

Ela se levantou devagar, os olhos cheios de dor e ressentimento. — Você vai se arrepender disso, Draco Malfoy. — Murmurou antes de virar as costas e sair do meu dormitório.

Fechei a porta atrás dela, o sorriso ainda nos lábios. Pansy tinha aprendido da maneira mais difícil que brincar com fogo era perigoso. E eu? Bem, eu não sentia nenhum remorso.

Flashback

Eu estava sentado na beira da minha cama no dormitório, a mente fervilhando com raiva e indignação. Pansy tinha ido longe demais desta vez. Desde que os boatos sobre a Weasley começaram a circular, eu sabia que Pansy estava por trás de tudo. Ela sempre teve uma habilidade insidiosa para manipular situações e pessoas ao seu redor.

O que ela disse sobre Emma era repugnante. Mentiras cruéis que não tinham nada a ver com Emma, a garota que eu estava começando a gostar de uma forma que me deixava desconfortável. Ela era inteligente, gentil e completamente diferente de tudo o que Pansy tentava retratar.

Eu precisava fazer algo. Algo que mostrasse a Pansy que ela não podia simplesmente mexer com as pessoas assim, especialmente com as que eu amo.

Foi quando a ideia surgiu, uma faísca de vingança ardendo dentro de mim. Peguei um pedaço de pergaminho e uma pena, e comecei a escrever bilhetes anônimos. Escrevi coisas repulsivas e desagradáveis sobre Pansy, coisas que a fariam se sentir envergonhada e indignada se soubesse que estavam sendo espalhadas sobre ela. Definitivamente mil vezes pior se comparado com as que ela escreveu sobre Emma.

Depois de escrever os bilhetes, eu não poderia simplesmente distribuí-los eu mesmo. Seria muito óbvio. Então, eu peguei dez galeões e fui até o corredor dos Lufa-Lufa. Lá, eu encontrei um garoto estranho que estava sempre à margem das conversas, observando o movimento com olhos curiosos. Eu não sabia o nome dele, mas sabia que ele poderia ser útil.

— Oi. — Eu disse, me aproximando do garoto. — Eu tenho um trabalho para você.

Ele me olhou com suspeita, mas quando eu mostrei os galeões, seus olhos se iluminaram. — O que você quer que eu faça?

— Entregue esses bilhetes para todos no castelo. — Eu disse, entregando-lhe os pergaminhos dobrados. — Mas não deixe ninguém saber que foi você quem os entregou. Entendeu?

Ele assentiu, pegando os bilhetes com uma mistura de excitação e nervosismo. —Vou fazer isso. E obrigado pelos galeões.

Assenti, satisfeito comigo mesmo. Agora, era só uma questão de tempo até que Pansy recebesse uma pequena amostra do que ela tinha causado a Emma. Eu sabia que era uma jogada arriscada, mas também sabia que precisava mostrar a Pansy que eu não toleraria suas manipulações cruéis sem retribuir.

E enquanto eu sentava na beira da cama, assistindo o garoto Lufa-Lufa desaparecer pelo corredor com os bilhetes, eu não senti nenhum remorso.

Voltei para o dormitório com um misto de triunfo e pensamentos sombrios. Entregar os bilhetes ao garoto lufano foi apenas o primeiro passo. Agora, precisava pensar em como avançar com o meu "plano".
Ela iria se arrepender de ter nascido.

Caminhei pelo corredor frio e escuro, perdido em meus próprios pensamentos. Ao chegar ao dormitório, me joguei na cadeira e comecei a traçar mentalmente os próximos passos. Ela sempre teve uma queda por mim, e isso poderia ser usado a meu favor.

Peguei um frasco de Armotentia de dentro de um dos bolsos internos de minha capa. Aquilo era poderoso o suficiente para manipular sentimentos, para fazer alguém se apaixonar perdidamente. Pansy era o alvo perfeito. Se eu conseguisse aumentar seus sentimentos por mim até o ponto da obsessão, poderia usá-la incansavelmente, ela seria uma peça útil enquanto eu me divertia brincando com seus sentimentos.

Eu sabia que estava mexendo com algo perigoso, algo que poderia sair do controle se eu não fosse cuidadoso. Mas a ira queimava dentro de mim, alimentando minha determinação.

Uma parte de mim se perguntava se estava certo usar magia dessa forma.  Ela merecia isso. Merecia sofrer tanto quanto fez a Weasley sofrer.


Laços Mágicos - Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora