Capítulo 40

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Desde que voltamos de Hogwarts para o verão, a casa dos Weasleys estava mais agitada do que nunca

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Desde que voltamos de Hogwarts para o verão, a casa dos Weasleys estava mais agitada do que nunca. Papai e mamãe estavam sempre ocupados com alguma coisa relacionada ao Ministério da Magia ou aos negócios da família, e os gêmeos pareciam ter decidido transformar a casa em seu próprio campo de testes para novas travessuras. Gina, minha irmã mais nova, tentava manter a ordem, mas com pouco sucesso quando se tratava dos gêmeos.

Naquela noite, estávamos todos reunidos na sala de estar. Mamãe estava tentando organizar alguns papéis enquanto papai lia o Profeta Diário. Gina estava sentada no chão, brincando com Crookshanks, nosso gato, enquanto eu folheava um livro de poções que Hermione tinha me emprestado.

—Emma! — Fred chamou, aparecendo subitamente ao meu lado com um sorriso travesso. — Você não vai acreditar no que nós inventamos hoje!

— Não se envolva, Emma. — George interveio, aparecendo do outro lado com uma expressão conspiratória. — Nós fizemos uma poção de mudança de cor que... — Ele foi interrompido por um olhar severo de Gina.

— Fred, George, não comecem com suas travessuras agora, — ela disse, com um tom de advertência. — Vocês sabem que mamãe já está cansada de limpar as confusões de vocês.

— Ah, vamos lá, Gina, não seja tão séria! — Fred protestou, ignorando completamente o olhar de mamãe que agora se dirigia a ele.

Eu ri baixinho enquanto os gêmeos continuavam tentando me convencer a experimentar sua nova invenção. — Talvez outro dia, meninos. Estou meio ocupada estudando poções para os N.O.M.s do próximo ano.

— Estudar? Em pleno verão? — George fez uma careta, mas antes que pudesse dizer mais alguma coisa, mamãe interveio.

— Chega, meninos, — ela disse, fechando o Profeta Diário com um suspiro. — Por favor, encontrem algo mais produtivo para fazer ou vão para o jardim.

Os gêmeos suspiraram em uníssono, mas antes que pudessem sair, Gina teve uma ideia repentina. — Esperem! Que tal uma competição de quadribol? Emma pode participar como apanhadora!

Eu ergui as sobrancelhas, surpresa com a sugestão de Gina. Normalmente, ela era a primeira a manter os gêmeos fora de problemas, mas parecia que ela estava se divertindo com a ideia desta vez.

— Ótima ideia, Gina! — Ron, que estava saindo do banho, exclamou, animado. — Vamos lá, Emma, você contra nós quatro!

— Contra vocês quatro? Isso não é justo! — protestei, mas antes que pudesse dizer mais alguma coisa, papai interveio.

— Quadribol no meio da noite? Vocês estão loucos? — Ele olhou para mamãe, que parecia estar considerando a ideia. — Talvez no quintal, desde que não quebrem nenhuma janela desta vez.

Os gêmeos e Gina comemoraram enquanto se dirigiam para o jardim. Eu segui atrás deles, ainda meio incrédula com a reviravolta dos eventos da noite.

No final das contas, acabamos tendo uma das noites mais divertidas em muito tempo. Voamos pelo jardim, desviando de gnomos de jardim e fazendo manobras arriscadas que deixariam qualquer professor de voo preocupado. Gina acabou se revelando uma excelente goleira, e eu me diverti bastante tentando capturar os três em suas vassouras.

Quando finalmente voltamos para dentro, exaustos e rindo das travessuras da noite, mamãe nos olhou com uma mistura de exasperação e carinho. — Bem, pelo menos ninguém se machucou desta vez. — Ela comentou, enquanto nos servia uma bandeja de biscoitos.

Foi nessa noite que percebi como minha família podia ser maluca e maravilhosa ao mesmo tempo. E, enquanto Fred e George continuavam tentando me convencer a experimentar sua poção de mudança de cor, percebi que talvez o verão não seria tão monótono quanto eu pensava.

Quem diria que uma simples noite em casa poderia ser tão cheia de aventuras e risadas?
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O jantar naquela noite estava animado, com todos reunidos ao redor da grande mesa da cozinha na Toca. Mamãe tinha preparado um banquete de pratos tradicionais da família Weasley, e o aroma delicioso enchia o ar enquanto todos conversavam e se serviam.

Charlie continuava contando histórias empolgantes sobre suas últimas aventuras com dragões na Romênia, e Fred e George intercalavam comentários engraçados que faziam todos rirem. Gina e eu ríamos junto com eles, felizes por estar cercadas pela nossa família barulhenta e amorosa.

Percy, por outro lado, parecia um pouco distante, folheando um pergaminho de relatórios do Ministério da Magia com uma expressão séria. Ele tinha chegado mais cedo naquele dia para uma visita, o que não era tão comum, e sua presença sempre trazia uma certa tensão.

Foi durante o jantar, enquanto mamãe passava um prato de batatas para Charlie, que Percy decidiu intervir.

—Emma. —  Ele começou, sua voz carregada com um tom de desaprovação que eu conhecia muito bem. — Esperava mais de suas notas este ano. Você não acha que deveria se dedicar mais aos estudos?

Meu garfo congelou no ar, e senti todos os olhares se voltarem para mim. Era típico de Percy trazer à tona esses assuntos delicados na frente de todos, como se estivesse tentando me constranger ou me motivar através da crítica.

—Percy, estamos jantando. — Mamãe interveio, visivelmente desconfortável com a direção da conversa.

—Desculpe, mamãe. — Percy respondeu com um sorriso forçado, mas logo se dirigiu a mim novamente. —Mas é importante, Emma. Gina sempre foi uma aluna exemplar, e eu esperava que você seguisse seu exemplo.

A tensão na mesa era palpável. Eu engoli em seco, tentando controlar a raiva que crescia dentro de mim. Era injusto. Sempre me senti comparada a Ron por Percy, como se minhas próprias conquistas nunca fossem suficientes.

—Gina é Gina, e eu sou eu. — Consegui dizer finalmente, minha voz mais firme do que eu esperava. —Não preciso ser igual a ela para ser valorizada.

Fred e George trocaram olhares significativos, claramente prontos para intervir se a situação piorasse. Gina apertou minha mão sob a mesa, oferecendo um apoio silencioso que significava tudo para mim naquele momento.

Percy franziu o cenho, parecendo prestes a responder, mas papai cortou a discussão com um tom firme em sua voz.

—Percy, sua visita é bem-vinda, mas não é hora de discutir notas à mesa. — Ele disse, olhando para o filho mais velho com seriedade. —Emma está fazendo o seu melhor, como todos nós fizemos quando estávamos na idade dela.

Houve um silêncio tenso por um momento, enquanto Percy parecia ponderar suas palavras. Finalmente, ele assentiu, sua expressão suavizando um pouco. —Você está certa, papai. Desculpe, Emma. Apenas quero o melhor para você.

Eu respirei fundo, tentando deixar a tensão se dissipar. Não era a primeira vez que tínhamos esse tipo de discussão, e provavelmente não seria a última. Mas eu sabia que, apesar das nossas diferenças, a família Weasley sempre encontrava um jeito de se apoiar, mesmo nos momentos mais difíceis.

Enquanto o jantar continuava e a conversa se desviava para assuntos mais leves, eu me senti grata pela família que tinha ao meu redor. E, no fundo do meu coração, eu sabia que, apesar das nossas discordâncias, Percy também se importava comigo à sua maneira peculiar.

No final da noite, enquanto ajudávamos mamãe a limpar a mesa, Percy veio até mim discretamente. —Desculpe por antes, Emma. — Ele disse baixinho. —Eu sei que você é capaz de muito mais do que mostrei entender.

Eu assenti, aceitando sua desculpa com um sorriso tímido. Não era fácil lidar com Percy, mas pelo menos ele estava tentando.

Enquanto a noite chegava ao fim e todos se preparavam para dormir, eu me deitei na cama com um sentimento de gratidão. A Toca podia ser barulhenta, caótica e cheia de brigas, mas era também o lugar onde eu sempre me sentia em casa.

Laços Mágicos - Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora