Capítulo 65

71 5 0
                                    

Draco Malfoy's point of view

O vento gélido cortava o ar enquanto eu desembarcava do Expresso de Hogwarts, a mente ainda ecoando com as últimas palavras trocadas com Emma. A capa balançava ao vento enquanto eu subia os degraus da Mansão Malfoy, com um misto de ansiedade e determinação.

Ao adentrar a sala principal, fui recebido pelo silêncio pesado que permeava o ambiente. À minha frente, os Comensais da Morte estavam reunidos em torno de uma mesa longa. No centro, Voldemort estava sentado em uma cadeira, emanando uma presença intimidadora.

Voldemort ergueu seu olhar para mim, um sorriso fino e cruel curvando seus lábios pálidos. — Draco Malfoy. Vejo que retornou ileso. Está preparado para o que vem pela frente?

Engoli em seco e fiz uma leve reverência. — Sim. Estou pronto.

Voldemort se levantou lentamente, seus olhos pálidos fixos em mim. — Uma tarefa de grande importância aguarda você, Draco. Dumbledore continua a ser um obstáculo. Chegou a hora de você provar sua lealdade de uma vez por todas.

Um calafrio percorreu minha espinha quando Voldemort delineou minha missão. Matar Dumbledore. A ideia era avassaladora, mas eu sabia que não podia vacilar. Minha família dependia disso.

— Você terá recursos à sua disposição. — Continuou Voldemort, sua voz sibilante preenchendo a sala. — E seguidores leais para apoiá-lo. Não me desaponte.

Assenti com gravidade, tentando esconder a inquietação que crescia dentro de mim. Enquanto os Comensais da Morte se dispersavam após a reunião, fui abordado por meu pai com um olhar severo.

— Draco. — Ele começou, sua voz baixa e carregada de autoridade. — Você precisa ter mais respeito pelo Lorde das Trevas. Ele confiou em você com uma tarefa crucial. Não falhe.

Meus olhos encontraram os dele, uma mistura de medo e determinação. — Eu sei, pai. Eu não vou falhar.

Lucius não parecia convencido. Sua expressão endureceu. — Se você falhar, Draco, não apenas sua vida estará em perigo, mas a nossa também. Não ouse desapontar o Lorde.

Antes que eu pudesse responder, Voldemort interveio, sua voz ecoando pela sala com uma intensidade ameaçadora. — Lucius tem razão, Draco. Se você falhar nesta missão, as consequências serão severas. Eu não tolero falhas.

Meu coração acelerou. Eu sabia que não tinha escolha. Assenti com firmeza, os olhos fixos no chão.

— Agora vá. — Ordenou Voldemort. — Prepare-se. A hora está chegando.

Deixei a sala, meu corpo tenso com o peso da responsabilidade que agora carregava. O destino de Hogwarts, minha família e meu próprio futuro estavam agora em minhas mãos.

Subi os degraus da Mansão com passos pesados. Minha mente estava repleta de pensamentos turbulentos, e eu ansiava pela tranquilidade de meu quarto. A luxuosa decoração parecia um lembrete constante de minhas responsabilidades e da sombra da missão que havia sido colocada sobre mim.

Chegando ao meu quarto, fechei a porta atrás de mim e me encostei nela, deixando escapar um suspiro cansado. A solidão do quarto era um alívio momentâneo, mas logo ouvi passos suaves se aproximando. Minha mãe entrou sem bater, seu olhar preocupado fixo em mim.

— Draco? — Ela começou suavemente, sua voz carregada de preocupação materna. — O que está acontecendo? Você parece perturbado.

Virei-me para encará-la, hesitante em compartilhar meus pensamentos.
— Mãe, não é nada. Só estou cansado da viagem.

Narcissa franziu o cenho levemente, não convencida pela minha resposta evasiva. — Draco, eu te conheço. Algo está te incomodando. Você pode me contar.

Engoli em seco, sentindo-me desconfortável com sua insistência. —É melhor deixar para lá, mãe.

Sua expressão suavizou-se ligeiramente, mas seus olhos ainda refletiam preocupação. — Draco, eu quero ajudar. Me conte o que está acontecendo.

Suspirei profundamente, sabendo que não podia esconder nada de minha mãe por muito tempo. — É sobre uma garota."

Os olhos de Narcissa se estreitaram em desaprovação imediata. — Uma garota? Quem é ela?

Hesitei, mas sabia que não podia mais esconder. — Uma Weasley. Emma Weasley.

A desaprovação em seu rosto se aprofundou. — Uma Weasley, Draco? Você sabe que isso é arriscado. Você não pode se envolver com eles.

Eu assenti, sentindo o peso de sua desaprovação. — Eu sei, mãe. Mas... há algo nela. Algo que me atrai.

Narcissa hesitou por um momento, parecendo considerar minhas palavras. — Draco, você não pode se deixar levar por sentimentos. Uma conexão com uma Weasley pode trazer complicações, especialmente agora.

Meu coração apertou, mas eu senti que precisava explicar mais. — Eu sei, mãe. Mas Emma... ela não é como os outros. Ela é diferente.

Narcissa estudou meu rosto por um momento, antes de suspirar suavemente. — Às vezes, o coração escolhe caminhos que não podemos controlar. Mas Draco, lembre-se de quem você é e do que está em jogo.

Fiquei surpreso com suas palavras compreensivas. — Você não está brava?

Ela balançou a cabeça suavemente. — Estou preocupada. Mas você é meu filho, Draco. Eu sempre estarei aqui para você.

Um calor reconfortante se espalhou em meu peito, misturado com um sentimento de gratidão por minha mãe. — Obrigado, mãe.

Narcissa sorriu levemente e me abraçou, seu gesto maternal reconfortante. — Agora, deixe-me ver esse braço.

Ela notou a expressão de dor em meu rosto quando tocou levemente o meu braço machucado. — Você está se esforçando demais, Draco. Não deixe que isso o consuma. Você é muito mais do que essa marca.

Meus olhos se encheram de gratidão enquanto ela cuidava do meu ferimento com cuidado materno. — Eu sei, mãe. Mas é difícil.

Narcissa suspirou, seus dedos acariciando meu rosto com ternura. — Eu sei, meu querido. Me sinto muito mal por você passar por isso.

Senti um nó se formar em minha garganta ao perceber a preocupação genuína em suas palavras. — Eu preciso fazer isso, mãe. Pela família, pelo nosso futuro.

Ela assentiu, os olhos brilhando com orgulho misturado com tristeza. — Eu sei, Draco. Mas prometa-me que se precisar de ajuda, você me procurará. Não importa o que aconteça.

Prometi silenciosamente, sentindo-me fortalecido pelo amor e apoio de minha mãe. Enquanto ela terminava de cuidar de meu braço, eu sabia que, apesar das trevas que se aproximavam, havia uma luz brilhante, que era a minha mãe.

Laços Mágicos - Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora