Laços Mágicos - Draco Malfoy

Capítulo 8

Era um dia como outro qualquer, ou pelo menos deveria ser. Eu e meus amigos da Grifinória caminhávamos pela parte externa de Hogwarts. O clima estava agradável, diria até reconfortante.

— Como foi a festa na comunal, Emma? — perguntou Hermione.

— Entediante. — Respondi, provocando risos em todos. — Acreditem, Malfoy me chamou para dançar.

— Que nojo. — Rony fez uma careta de desgosto.

Olhei para o lado e notei que Harry parecia um pouco incomodado com meu comentário. Ele e eu éramos amigos, mas havia uma certa tensão entre nós.

— Seu óculos está caindo. — Sussurrei no ouvido de Harry, fazendo-o se assustar.

— Obrigado. — Ele arrumou os óculos e olhou para mim. — O que você disse ao Malfoy?

— Chamei ele de babaca por me chamar para dançar depois de tudo que aconteceu. — Respondi, orgulhosa.

— E você não acha ele bonito? — Hermione perguntou, com uma sobrancelha levantada.

— Ele é esquisito. — Respondi com firmeza.

E de fato ele era.

— Malfoy não é feio, Emma. — Harry argumentou. — É a personalidade dele que o deixa estranho.

— Talvez. — Dei de ombros. — Mas aquele cabelo de tigela é horrível. — Comentei, fazendo todos rirem novamente.

Continuamos a caminhar.

Sobre o comentário que fiz sobre Draco, era a mais pura verdade. Nunca entendi o motivo dele se achar um deus grego; ele era tão comum quanto todos nós.

— Precisamos ir para a aula de poções. — Disse Hermione.

Concordamos e seguimos para a sala do professor Snape. Eu estava apreensiva, pois não me saía tão bem naquela matéria e o jeito peculiar de ensinar de Snape não ajudava.
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Um desastre.

Meu coração palpitava forte quando o professor Snape resolveu me fazer uma pergunta na frente de toda a turma, o que me deixou envergonhada. Ele me encarou, esperando uma resposta, enquanto eu temia errar.

— Senhorita Weasley, qual é o ingrediente principal da Poção Polissuco? — perguntou Snape com a voz grave e intimidante.

— Eu... eu não sei, professor. — Respondi cabisbaixa. — Sinto muito.

— Menos dez pontos para Sonserina! — Ele bateu na minha mesa, me assustando.

Queria desaparecer. Após a repreensão de Snape, ouvi risadas vindas da mesa de Goyle. Olhei para trás e vi Crabbe e ele, achando tudo aquilo muito engraçado.

Depois de alguns minutos, que pareceram uma eternidade, Snape finalmente nos liberou para a aula de Defesa Contra as Artes das Trevas.

Suspirei aliviada enquanto guardava meus livros na bolsa. Eu estava envergonhada, mas sabia que errar era humano.

Respirei fundo ao me levantar rapidamente, ansiosa para sair daquele pesadelo. Caminhei pelos corredores de Hogwarts, mas, no meio do caminho, senti alguém puxar meu ombro. Merda, eu odiava isso.

— Emma, espera! — Ouvi uma voz familiar.

Assustada, virei-me e vi Draco Malfoy. Ele parecia ofegante, provavelmente correndo para me alcançar, com os cabelos um pouco bagunçados e os lábios incrivelmente vermelhos. Por que estou reparando nisso?

— Sim? — Respondi, já irritada com sua presença.

— Vi o que aconteceu na aula hoje. — Ele sorriu de lado. — Snape é um ótimo professor, mas pegou pesado com você.