Laços Mágicos - Draco Malfoy

Capítulo 66

Eu estava deitada no colo da minha mãe enquanto ela acariciava meus cabelos. O calor reconfortante do seu abraço deveria ter me consolado, mas eu estava tão triste que mal conseguia falar.

— Mamãe. — Comecei com a voz embargada. — Preciso te contar algo.

Ela olhou para mim com preocupação nos olhos. — O que foi, querida? O que está te incomodando?

Respirei fundo antes de continuar. — É o Draco. Estamos passando por um momento difícil.

A expressão de preocupação da minha mãe se transformou em uma mistura de choque e confusão. — Draco Malfoy? O que está acontecendo com ele?

— Não é exatamente o que ele fez... é sobre como me sinto em relação a ele. — Expliquei, sentindo um nó se formar na minha garganta.

Minha mãe franziu o cenho. — Emma, o que está acontecendo entre vocês?

Eu engoli em seco. — Eu estou triste, mãe. Draco e eu estamos juntos, mas há algo sobre ele que me assusta.

Ela parecia perplexa. — Assusta? O que você quer dizer?

Suspirei profundamente. — Eu acho que ele pode ser um Comensal.

Os olhos da minha mãe se arregalaram. — O quê?! Como você descobriu isso?

— Eu não tenho certeza, mamãe. — Admiti, sentindo as lágrimas começarem a escorrer pelo meu rosto. — Mas há coisas... coisas que ele disse, coisas que eu vi.

Ela me abraçou com força. — Oh, querida... Você sempre deixa as emoções te atrapalharem, esse é seu problema, Emma. Você não pensa.

Eu solucei enquanto continuava. — Mãe, por favor...

Minha mãe acariciou meu rosto suavemente. — Ele é só um homem, Emma.

Eu assenti, sentindo um misto de medo e incerteza. — Não, ele não é.

Ela me segurou mais forte. — Está me dizendo que tudo valeu a pena porque ele era o amor da sua vida, o homem da sua vida?

Eu me aconcheguei em seu abraço, sentindo um pouco de conforto na sua presença. — Eu não sei. Ele pode ter sido.

Minha mãe me olhou nos olhos, com uma mistura de compaixão e firmeza. — Emma, querida, precisamos descobrir a verdade sobre ele. Não podemos deixar você se machucar mais.

Eu assenti, agradecida pelo apoio dela. — Obrigada, mãe. Eu não sei o que faria sem você.

Ela sorriu suavemente e beijou minha testa. — Você sempre será minha menininha, não importa o que aconteça. Vamos resolver isso juntas, está bem?

Antes que pudesse responder, a porta do quarto se abriu abruptamente e Fred e George entraram, como sempre, com seu jeito brincalhão.

Fred riu ao nos ver. — Olha só, George, Emma Weasley está chorando.

George se aproximou, fingindo solenidade. — O que houve, Emma? Perdeu sua varinha ou o Draco pisou no seu pé?

Minha mãe olhou para eles com uma expressão séria. — Fred, George, por favor, agora não é o momento para brincadeiras.

Fred levantou as mãos em rendição. — Desculpe, mamãe, mas é difícil resistir quando vemos Emma aqui toda chorosa.

George fez uma careta. — Deixe a pobre garota em paz, Fred. Ela claramente está passando por algo sério.

Eles se entreolharam por um momento, parecendo perceber a gravidade da situação.

Fred se aproximou e colocou uma mão no meu ombro. — Desculpe, Emma. Não quis te deixar desconfortável.

Eu sorri fracamente para ele. — Tudo bem, Fred.

George suspirou. — Emma, se precisar de algo, estamos aqui para ajudar. Sério.

Minha mãe assentiu, agradecendo aos gêmeos. — Obrigada, meninos. Vocês são uns amores.

Eles sorriram e saíram do quarto, deixando-nos novamente em um ambiente mais tranquilo.

Minha mãe me abraçou mais uma vez. — Está tudo bem, querida. Vamos resolver isso, juntas.

Eu assenti, sentindo uma mistura de gratidão por tê-la ao meu lado e determinação para enfrentar o que estava por vir.

Depois que Fred e George saíram do quarto da minha mãe, agradeci silenciosamente pela compreensão deles e segui para o meu próprio quarto. O coração ainda pesado com as preocupações sobre Draco, sentei na cama e olhei para fora da janela, perdida em pensamentos.

De repente, a porta do meu quarto se abriu novamente, e Fred entrou.

— Emma, precisamos conversar. — Ele disse com um tom que misturava preocupação e o habitual humor.

Olhei para ele, surpresa com sua seriedade momentânea. — O que foi, Fred

Ele se aproximou e sentou ao meu lado na cama. — Eu sei que você está passando por um momento difícil com o Malfoy. Só quero que saiba que você é muito importante para mim, para todos nós, e se esse sujeito sujo fez algo para te magoar, não vou me controlar, não, não vou!

Apesar da gravidade da situação, não pude deixar de sorrir com a forma dramática como meu irmão falava. — Fred, você é bem protetor, não é?

Ele fez uma pose de herói exagerada. — Óbvio que sou, maninha.

Eu ri, deixando escapar um pouco da tensão que estava sentindo. —Obrigada, maninho. É bom saber que posso contar com você.

Ele se inclinou e me abraçou de lado, quase me fazendo cair na cama. —Sempre, Emma. Estamos juntos nessa. E se precisar de alguém para transformar o Malfoy em sapo, estou aqui!

Nosso abraço foi reconfortante, e por um momento, esqueci as preocupações. Fred sempre tinha um jeito especial de levantar meu ânimo, mesmo nas situações mais difíceis.

— Eu te amo. — Murmurei, sentindo a gratidão por ter um amigo tão leal como ele.

Ele se afastou, sorrindo. — Eu também te amo. Agora, saiba que eu tenho uma ótima poção para fazer o cabelo de certas pessoas caírem.

Assenti, sentindo-me um pouco mais leve. — Vamos lá, então. Quem sabe podemos criar uma poção me der sono?

Fred riu alto. — Isso! Ou talvez uma para o Malfoy que o deixe careca.

Juntos, começamos a traçar planos absurdos para enfrentar qualquer coisa que viesse pela frente, e com a presença de Fred ao meu lado, eu sabia que conseguiria enfrentar o que quer que o futuro reservasse.

Eu o amava, isso era fato.