Capítulo 73

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A busca pelas Horcruxes de Voldemort foi uma jornada exaustiva para nós. Harry, Hermione, Ron e eu enfrentamos perigos que quase custaram nossas vidas. Ao retornarmos a Hogwarts para buscar as últimas Horcruxes, percebemos o clima tenso que envolvia a escola.

No Salão Principal, cercados pelos outros alunos com expressões boquiabertas, eu segurei o braço de Harry para tranquilizá-lo.

— Está tudo bem. — Murmurei, sentindo a gravidade do momento.

A tensão era palpável quando a voz de Voldemort ecoou em nossas mentes, cortante como gelo. — Harry Potter ou a vida de vocês. Dou-lhes uma hora.

— Peguem ele! — Pansy gritou, apontando para Harry com dedo trêmulo.

— Se você encostar um dedo nele, vai se arrepender para o resto da sua vida. — Retruquei, posicionando-me firmemente na frente de Harry.

— Parkinson! — McGonagall interveio com firmeza, seus olhos faiscando com autoridade.

Nesse momento, o Sr. Filch apareceu com sua gata nos braços, anunciando que não havia ninguém nos quartos.

— Eles estão onde deveriam estar, Argus! — Minerva respondeu, voz firme. — Levem todos os alunos da Sonserina para as masmorras, exceto Emma Weasley.

A tensão aumentava à medida que os eventos se desenrolavam, e sabíamos que o confronto final com Voldemort se aproximava rapidamente.

Após os sonserinos serem conduzidos para as masmorras, eu me virei para McGonagall com gratidão.

— Obrigada, Professora McGonagall, por nos proteger. — Agradeci sinceramente.

Ela me lançou um olhar tranquilo, mas determinado. — Todos em Hogwarts devem estar seguros. Harry, vocês têm muito pela frente. Não deixem que o medo os domine.

Assenti, sentindo um nó na garganta, enquanto me preparava mentalmente para o que viria a seguir. Virei-me rapidamente para Harry, com um olhar assustado.

— Precisamos achar o Diadema de Ravenclaw. — Murmurou.

— Como podemos fazer isso? — Questionei.

— Helena Ravenclaw. — Disse Luna, surgindo em meio a multidão. — Ela saberá lhe dizer onde ele está escondido.

— Certo, eu... — Harry pensou por um momento. — Acho que deveríamos nos dividir.

— Nos dividir? Não mesmo. — Falou Hermione.

— Hermione, lembra quando eu destruí o diário de Tom Riddle? — Perguntou Harry, fazendo a garota de cabelos castanhos concordar. — Você lembra o que eu usei para fazer aquilo?

— Claro. — Ela respondeu-me. — Você usou um dente de basilisco.

— Isso. — Concordou Harry. — Preciso que você e Ron vão até a câmara secreta e destruam o medalhão de Slytherin.

— Mas e você? — Disse Hermione, com um tom de voz triste. — Ficará bem sem a nossa ajuda?

— Ficarei. — Harry sorriu, abraçando a amiga. — Estou em boas mãos. — Lançou um olhar para mim.

Após a saída de Ron e Hermione, ficamos sozinhos novamente. Sem hesitar, começamos a correr até encontramos Helena Ravenclaw na floresta proibida.

Ao chegarmos lá, observamos uma figura de uma mulher pálida e bonita, que mantinha uma feição triste e pesada em seu rosto. Com cabelos negros e olhos escuros, ela hesitou por muito tempo até que realmente passasse a localização real do Diadema de sua mãe.

Com sorte, conseguimos achar a localização exata. Era um lugar tão conhecido por nós que realmente duvidamos se estava certo.

Chegamos à Sala Precisa, procurando incansavelmente pelo Diadema de Ravenclaw. A caixa empoeirada escondida no canto mais distante parecia uma descoberta abençoada. Com um suspiro de alívio, segurei-o delicadamente, sentindo a energia sombria que ele irradiava.

— Conseguimos, Harry! — Exclamei, sorrindo amplamente enquanto mostrava o diadema para ele.

Harry assentiu com determinação, seus olhos verdes brilhando intensamente. — Sim, finalmente. Agora só falta uma Horcrux.

Enquanto celebrávamos, ouvimos passos rápidos se aproximando e logo vimos Hermione e Ron entrando na Sala Precisa.

— Conseguimos destruir o medalhão! — Ron disse, com um sorriso triunfante.

Hermione abraçou Harry e eu, aliviada por estarmos todos juntos e seguros. — Estava preocupada com vocês dois.

Logo depois, Draco Malfoy entrou na sala, acompanhado por Blaise Zabini e Goyle. Seu olhar de deboche se fixou em Harry.

— Ah, olha só quem temos aqui, o grande Harry Potter. — Draco zombou, apontando a varinha para ele.

Eu me coloquei imediatamente na frente de Harry, segurando minha própria varinha com firmeza. — Não encoste nele, Malfoy.

Draco ficou tenso, mas logo riu de forma desdenhosa. — Ah, a Weasley querendo bancar a heroína agora? Sai da frente, garota.

Eu o encarei com firmeza. — Você não é tão mal quanto tenta parecer, Draco. Você sabia que era eu na mansão Malfoy, não sabia?

Draco pareceu surpreso por um momento, mas logo recuperou a compostura.  — O que você está dizendo, Weasley? Não sei do que está falando.

Continuando com voz firme e determinada, prossegui. — Quando Bellatrix me interrogou, você sabia quem eu era, mas não contou a ela. Por quê?

Um flashback rápido se materializou na minha mente, revivendo o momento na mansão Malfoy. Eu estava disfarçada com um feitiço que me tornava irreconhecível. Bellatrix olhava desconfiada para Draco, questionando se aquela era a garota que havia roubado a varinha de Voldemort. Draco me observou intensamente, mas negou.

De volta ao presente, continuei. —Você sabia que era eu, Draco. Por isso não disse nada.

Draco lançou um feitiço em minha direção, que desviei habilmente, retaliando com um Expelliarmus. Ele começou a recuar, mas antes que pudesse reagir completamente, um rugido alto ecoou pela sala.

Todos nos viramos e vimos um dragão de fogo emergindo das chamas. O pânico se espalhou enquanto buscávamos desesperadamente vassouras para escapar. Com sorte, encontramos algumas e montamos nelas, voando rapidamente pela sala transformada.

Durante a fuga frenética, meu coração apertou ao ver Draco no meio do caos. Pedi a Ron para salvá-lo, apesar de sua relutância inicial.

— Precisamos salvá-los. — Falei, ao perceber o desespero no olhar do Malfoy.

— Você tá falando sério? — Rom grunhiu. — Se você morrer por ele eu te mato.

Resgatei Draco em minha vassoura, e no auge da tensão, quando já havíamos chegado do outro lado da porta, acabamos caindo juntos. Draco ficou por cima de mim, e por um instante, o tempo pareceu congelar enquanto nossos olhares se encontravam. Era como se estivéssemos conectados de alguma forma estranha e profunda.

Logo, Blaise puxou Draco para longe, que parecia atordoado. Harry, Hermione, Ron e eu continuamos com nosso trabalho, sentindo a adrenalina correndo em nossas veias enquanto buscávamos desesperadamente uma solução.

Laços Mágicos - Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora