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Vê-la naquele estado, chorando tanto ao ponto de seu corpo balançar e me permitir ouvir seus soluços, era de partir o coração

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Vê-la naquele estado, chorando tanto ao ponto de seu corpo balançar e me permitir ouvir seus soluços, era de partir o coração. A cada som e estremecida que seu corpo dava, era como uma facada diferente em meu peito, uma bem profunda e dolorosa.

Então, a puxei para perto de mim e a envolvi em meus braços, permitindo que ela chorasse contra meu peito. A mesma apoiou suas delicadas mãos em minha cintura, apertando tão firmemente meu terno ao ponto da ponta de seus dedos se tingirem pelo tom esbranquiçado. Ela fungou, erguendo seu olhar choroso para mim.

— Você me odeia por não ter te contado a verdade, Jeon?

Eu neguei, levando meu polegar até seus olhos úmidos e borrados pela maquiagem, os limpando.

— Você conseguiu me deixar irritado, muito, na verdade. E ainda estou. Mas, jamais conseguiria te odiar, Sn.

Ela tornou a fungar, me ajudando a limpar suas bochechas úmidas e ruborizadas.

— Mas eu ainda tô magoada com você. – murmurou, manhosa. – e brava, seu idiota. – sua fala me arrancou um riso, enquanto a admirava limpando seu nariz com as costas de sua mão.

— Você me perdoa? – ajeitei seus cabelos, os alisando.

— Ainda vou fazer um pouco de cu doce, então, não. – sorriu, em meio ao seu choro que se cessava, me fazendo acompanhá-la.

— Quer ir pra casa? – ela ergueu seu olhar borrado para mim.

— Não. Quero aproveitar essa festa e encher a cara, fiquei nove meses sem colocar um pingo de álcool na boca.

— Certo. – abri um sorriso, assentindo. – beba o quanto quiser e se divirta, tomarei conta de você e do sohi.

Ela me olhou, fungando por fim.

— Mas eu ainda tô brava com você... idiota. – se fez de durona.

— Você não é a única aqui, querida.

— Também está bravo comigo?

— Muito, e não é pouco. – abri um sorriso, contragosto. – e doido para descontar todo o meu ódio e raiva, querida!

Ela tentou disfarçar seu sorrisinho, desviando seu olhar e rosto para o lado.

— Mas acima de toda a raiva, você é minha esposa, então cuidarei de você. – me olhou. – e mesmo com você me odiando.

— Eu não te odeio. Só estou magoada por não ter me contado a verdade desde o início, Jeon.

— Pois agora estamos quites, querida. – tornei a forçar um sorriso.

Sem jeito, ela sorriu fracamente, pensando em uma resposta.

— Vá ao banheiro retocar sua maquiagem, está borrada. E de lá, pode ir beber e se divertir com o restante dos convidados.

Em silêncio, ela assentiu e saiu, com seu olhar fixo para o chão. Enquanto a observava caminhar em direção aos banheiros, um suspiro pesado me escapou em meio a confusão de minha mente.

— Sabe, cunhadinho, ainda fico inconformada com você tendo se casado com ela. – a voz de Lis invadiu meus ouvidos, despertando minha atenção para o meu lado.

— Não sei porquê. – dei de ombros, voltando minha atenção para a silhueta de Sn, levando minhas mãos até os bolsos de minha calça. Um riso nasalado, incrédulo, a escapou.

— Não sabe? – ergueu seu olhar para mim. – pois eu sim!

— Ótimo, então guarde para você! – a olhei, com minha feição séria.

— É o cúmulo saber que você ignorou o fato de se casar com uma herdeira bilionária, apenas por causa de uma órfã que não tem aonde cair morta se não fosse pela minha família!

— Não aceito que insulte minha esposa, senhorita Lis!!

Ela riu, tornando a estar incrédula com tudo aquilo.

— Você sabe que sempre foi ela, jamais seria você ou nenhuma outra mulher. – voltei minha atenção em direção aos banheiros, me decepcionando em não ver mais Sn.

— Você é um tolo! Amou a mesma mulher durante 13 anos, há viu se relacionando com seu próprio irmão por quase 3 anos, há viu construindo uma família com ele e mesmo assim me rejeitou? – riu, inconformada.

— E veja só com quem eu sou casado hoje?! – a mostrei minha aliança.

Ela me olhou, em negação.

— Esse filho é mesmo seu? Ou está sendo um bobo que por apenas ama-la, assumiu essa criança como seu?

— Isso não é da sua conta. – a olhei. – sim, amei a mesma mulher durante 13 anos, há vi se relacionando com meu irmão e construindo uma família com ele, ver aquilo me destruiu de todas as formas. Mas saiba, senhorita Lis, que se eu tivesse que esperar mais 13 anos para finalmente tê-la apenas para mim, eu esperaria de muito bom grado!

Suspirei, me aproximando um pouco mais de si, de saco cheio com suas falaçoes.

— Pois é Sn que eu amo e sempre amei durante 13 anos! É ela que eu me vejo casado, sendo pai dos filhos dela! E não de você, uma vadia imunda oferecida.

Sua face se tornou em tom vermelho, indicando fúria por minhas palavras.

— Você é realmente um tolo! – riu, em meio ao ódio. – há amou durante 13 anos e ela nem mesmo sonha com isso, pois sei que você é um covarde e não contou a ela!

— E eu a amaria por mais 13 anos, mesmo correndo o risco dela nunca seria minha! – suspirei, desviando minha atenção para o banheiro que, pude perceber Sn saindo do mesmo, distraída. – a amaria em segredo, a cuidaria e a protegeria em segredo, como sempre fiz. Porque a amo tanto, que chega a ser insuportável a dor saber que eu corria o risco dela nunca ser minha.

A encarei, mantendo minha feição séria e sequer perdendo meu tempo em olhar a mulher ao meu lado.

— E dói mais ainda, imaginar eu a esperando por mais 13 anos, com ela amando meu próprio irmão, se casando com ele e tendo filhos com ele, com ela nem mesmo notando minha presença. Enquanto eu, a amava de longe, torcendo pela sua felicidade mesmo que isso fizesse meu peito sangrar de todas as formas. – finalmente olhei Lis. – eu nunca soube que o que eu sentia por ela durante esses 13 anos era amor, mas ela me mostrou esse sentimento desconhecido por mim. Sendo assim, Lis, eu sou, e sempre fui loucamente apaixonado por Sn durante 13 anos de toda minha vida, e continuarei a amando até o dia em que eu morrer!

— Seu tolo... – sussurrou, em negação.

— Se amar loucamente uma única mulher durante toda minha vida, a esperar durante 13 anos mesmo com a incerteza de que ela seria minha um dia, eu sou um completo tolo, Lis! – abri um sorriso, mirando outra vez a mulher distraída caminhando. – e como eu disse, a esperaria muito mais do que mais 13 anos, nem mesmo que ela fosse minha em minha velhice.

A olhei.

— Porque eu sou loucamente apaixonado, por Sn, Lis. Não por você ou qualquer outra mulherzinha por aí, apenas minha esposa. Sempre foi assim, você perdeu seu tempo em me fazer a proposta do casamento, pois você sempre soube minha resposta. – alarguei meu sorriso. – e minha resposta, será sempre a mesma que eu te dei aquele dia "Não! Definitivamente não! Eu tenho uma mulher em mente, e jamais me sujeitaria a me casar com uma qualquer, correndo o risco de perde-la para sempre!".

— Ela nem mesmo era sua!

— Mas agora é.  – tornei a abrir um sorriso. – a mulher que eu sempre amei durante 13 anos em segredo, finalmente é minha esposa e mãe do meu filho, Lis! – meu sorriso alargou. – e eu seria capaz de espera-la por toda a eternidade, simplesmente porque a amo. E veja que ironia? Eu nem mesmo sei o que é o amor, mas sei que eu sempre amei e continuo a amar a mesma mulher durante 13 anos de minha vida!

Meu Inimigo Jeon JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora