Ana on
"e pra deixar acontecer, a pena tem que valer..."
Bom, se passou 2 meses desde o acontecido, não estou bem fisicamente e nem psicologicamente. A visita da minha mãe foi até boa, me resolvi com ela e pedimos desculpas uma para a outra.
A Isis me ajudou muito, principalmente o Yuri, são pessoas que se importam demais comigo, e sou grata por isso. Mas não estou bem, tento mostrar forças ao mundo todo dia, mas ele parece não compreender.
Eu e o Pedro estamos em um relacionamento difícil depois que aconteceu tudo. E isso é culpa minha, eu me culpo tanto, que no final quem sai culpado é ele. Eu odeio ter esse comando nas pessoas próximas de mim, me deixa constrangida.
Desde então, o Pedro teve medo de encostar em mim. Digo no sentido de transarmos. Mas acho que ele está inseguro. Talvez não ele, eu sim.
Eu queria conversar muito com o Pedro sobre isso, da um tempo para pensarmos o que queremos de nossas vidas ou até então... terminar!
Agora ele está no CT, e quando ele chegar, espero não está cansado. Ele se culpou muito, e está descontado essa dor e ódio na sua profissão. Isso é totalmente desnecessário. Desnecessário mesmo.
Alguns minutos depois ele chegou
-- oi amor, tudo bom?-- disse ele entrando na sala quando eu concordei ele foi indo me da um selinho, mas eu desviei-- tá tudo bem mesmo?
-- precisamos conversar...
-- blz, mas só avisando que eu não fiz nada-- disse ele nervoso, estranhei, mas fazer o que né.
-- não, relaxa, quero conversar sobre nós.
-- de novo esse papo torto Ana? Por favor, tá tudo bem entre a gente, não precisa disso.
-- claro que precisa, e não está nada bem entre a gente. Desde o acontecido vc vem se culpando e se esforça o dobro pra jogar sem motivo nenhum. Mês passado vc quase teve uma lesão com esse seu comportamento desnecessário.-- disse e ele estava prestando atenção no que eu estava dizendo-- eu não gosto disso Pedro, vc sabe disso. Não se culpa por algo que o destino escolheu, isso não faz bem, eu sofri muito, mas não culpo ninguém por isso-- falei e vi as lágrimas saindo dos olhos dele.
-- desculpa, você sabe que é difícil, não foi só você que sofreu com isso amor. Mas não quero afetar o que temos por atitudes minhas-- disse enxugando as lágrimas.
-- olha, desculpa pelo o que eu vou fazer e dizer agora-- falei dando uma pausa e pensando se realmente farei isso-- eu quero da um tempo.
-- ahm? Você não vai fazer isso, não mesmo Ana. Assim, do nada?
-- acho melhor Pedro, a gente tá confuso, não sabemos o que queremos e isso tá afetando isso. Já faz 2 meses e eu vi que não tá te fazendo bem, vc chega o triplo cansado dos treinos, não se importa mais comigo, só chega, deita e tchau. Não é assim. Além de namorada vc é meu melhor amigo, não podemos esconder o que sentimos, se estamos brigados. Pelo menos um EU TE AMO de boa noite. Nem isso tem mais Pedro.-- falei subindo as escadas e ele veio atrás de mim no quarto.
-- amor... não faz isso, a gente pode se resolver.
-- não Pedro, eu preciso pensar. Não é assim, os problemas não se resolvem de um dia por outro. E não vai ser assim que a gente vai se resolver também. Eu vou pra casa do Rapha, fica ai.
Falei arrumando minhas coisas e mandando mensagem para o Rapha, eu não pretendo ficar lá. Eu vou voltar pra Espanha com meus pais, já tenho uma passagem, só vou conversar com ele.
Chegando na casa do meu irmão fui entrando e ele me olhou assustado.-- aconteceu alguma coisa maninha?
-- sim, dei um tempo no meu relacionamento, não tava dando certo por conta do acontecido...- falei chorando indo pros braços dele.
-- não fica assim, vc pode fic-- interrompi ele-- não, eu vou voltar pra Espanha, da onde talvez eu nunca deveria ter saído.
--- ahm? Tá de brincadeira né?
-- não, minha viagem é daqui 3 horas, não quero me despedir de ninguém, só da Isis e do Yuri.
-- tudo bem, se vc quer assim, vai ser assim. Mas se quiser voltar vou está de braços abertos pra vc. Eu daria o mundo pra te ver feliz.
-- obrigada Rapha, eu te amo.
-- também te amo bb.
Estava indo pra casa do Yuri, me despedir dele. Já estava na porta da casa dele e vejo ele abrir um sorriso quando me vê mas logo se assusta ao ver minha cara de choro.
-- aconteceu alguma coisa?
-- sim, vir me despedir de vc.
-- como assim se despedir?
-- terminei com o Pedro e tô voltando pra Espanha!
-- tá brincando né? E a Isis?
-- é, minha ficha ainda não caiu também, mas estou indo. E sobre a Isis, não sei. Vai ficar com ela?
-- É difícil, mas eu vou conseguir, vc é a mãe, ela não vai aceitar que vc vá. Mas...
-- eu sei, eu prometo que vou fazer o possível e o impossível pra ver ela feliz. Só que ela ainda não entende ainda. É bom ela não saber que eu vou.
-- não, ela merece sim, ela tá lá em cima, conversa com ela, ela vai entender. Só não mistura assunto familiar com trabalho e problemas. Pode afetar sei relacionamento com ela.
-- tá bom, vc tá certo.
Entrei dentro da casa do Yuri e fui subindo as escadas, deu três batidinhas na porta do quarto dela e entro.
-- mamãe, que saudade.
-- oi meu amor, preciso conversar com vc.
-- pode falar mãe.
-- a mamãe vai viajar e não sabe quando vai voltar, e eu queria que vc não ficasse triste.
-- poxa mãe, mas tudo bem. A gente consegue, eu seu seu são problemas, mas fica tranquila, eu consigo ficar sozinha com o papai.
-- sério amor? Vc não vai ficar triste?
-- sim mãe, todos nós temos problemas, eu sei que o sei é difícil, mas vc precisa desse tempo sozinha.
-- obrigada meu amor, então a mamãe já vai indo, prometo ligar todo dia pra vc.
-- beijo mãe, te amo, boa viagem.
Sair do quarto de boca aberta e o Yuri me deu um abraço.
-- viu, falei que ela entenderia.
-- sim, obrigada, mas vc pode me deixar no aeroporto?
-- claro.
-- obrigada.
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Será que vai ter reconciliação de Yuri e Ana? Ou será que Pedro vai voltar atrás? Só vendo o próximo capítulo...
Espero que estejam gostando.
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Talvez seja você...
Fanfictiononde uma Vascaína fanática, Ana, irmã de Raphael Veiga se envolve com Pedro Raul, um dos melhores amigos do seu irmão e parceiro de equipe do seu ex Yuri Alberto. Eles se conhecem em um jantar em sua casa e acaba que eles percebem que tem algo a mai...