ARGUS╿Jikook - [2ª temporada]

01╿Meu Consultor.

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ɴᴀʀʀᴀᴅᴏʀ
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𝕷ongos meses se passaram.

Ninguém sabia o paradeiro dos membros da ex-ARGUS.

Exceto um: Park Jimin.

Preso em um lugar que apenas o mais alto escalão da Coreia sabia onde ficava, aguardando o dia de sua transferência para os Estados Unidos.

Os homens que em outrora faziam parte do Serviço Secreto, os homens que em outrora caçavam, hoje, se tornam a caça.

Kim Seokjin, Kim Namjoon, Kim Taehyung, Min Yoongi, Jung Hoseok, Jeon Jungkook e Park Jimin. Os sete nomes mais ouvidos durante os últimos meses dentro e fora da Coreia.

Decretados como traidores pelo governo. Eles se tornaram os inimigos número um dele.

Após a captura do Consultor Park Jimin, a Associação Rígida e Grupamento de Utilizações Secretas se desfez. Cada membro seguiu seu caminho, eles escolheram vieses diferentes. No entanto, todos com o mesmo objetivo: saber onde Park Jimin está.

Essa foi a última ordem, a última operação em que Kim Seokjin designou aos seus membros como Presidente da ARGUS. Uma operação que até mesmo a presidência faria parte.

Durante esses meses, todos os membros apareceram publicamente ao menos uma vez.

Com exceção de um: Jeon Jungkook.

Assim que Kim Seokjin designou a operação Messias, Jeon Jungkook sumiu. Ninguém conseguia, ninguém era capaz de fazer com que ele aparecesse.

Isso até completar um ano após a captura de Park Jimin.

𓅂

Em um distrito industrial que parecia abandonado, as ruas estreitas eram repletas de escombros, com as luzes dos postes locais piscando, assim como alguns que soltavam faíscas pela exposição dos fios.

A atmosfera estava carregada de tensão, caos e pólvora.

─ Vai! Vai! Vai! ─ tiros e barulhos de pequenas granadas reverberavam entre os prédios.

Entre algumas ruínas, um homem passou agachado. Ele estava com roupas completamente pretas que tampavam todo o seu corpo, junto a uma balaclava que o impedia de revelar sua identidade. Porém, a pele de sua mão estava exposta, mostrando a cabeça de uma serpente tatuada. Ele se aproximou cautelosamente de um grupo de dois inimigos que se abrigavam atrás de uma barricada improvisada e trocou cuidadosamente sua glock por um rifle de assalto, se colocando atrás de um escombro que dava visão às costas dos adversários.

─ Se forem espertos, soltarão as armas, se manterão de costas e apenas responderão a minha pergunta. ─ ele tinha os dois em sua mira. Então ambos acataram suas ordens. ─ Park Jimin, sabem algo sobre seu paradeiro?

Os rapazes trocaram olhares rápidos, balançando a cabeça em negação. Um deles, com o rosto tenso, respondeu: ─ Não! Nossos superiores não contam nad...

Ele atirou nos homens em sua frente, dois tiros certeiros que atravessaram o peito de cada um, deixando um vazio no meio deles.

─ Se não sabem onde ele está, não façam com que eu perca meu tempo. ─ cogitou abaixar sua arma, mas voltou para trás dos escombros ao ouvir uma voz.

Um homem com roupas estilo militar vinha em sua direção sorrateiramente.

─ A comunicação caiu depois de ouvirmos pelo rádio algo sobre o sumiço de Park Jimin. ─ o militar com uma glock se aproximou das caixas em que seus aliados estavam escondidos, falando para o rádio. ─ Mas agora sei porque não conseguimos mais contato. ─ olhou para os dois corpos no chão.

O homem imediatamente mirou sua glock para o escombro em que estava o rapaz com o rifle de assalto.

─ Levante-se e se entregue! ─ o militar ordenou. ─ Vai ser o melhor não só para você, mas para toda a Coreia!

O homem se levantou e saiu de trás dos escombros, colocando suas armas no chão.

─ Está fazendo tudo isso apenas para descobrir onde ele pode estar? Paté... ─ o militar se interrompe ao ouvir o crepitar do rádio de comunicação, se distraindo por milésimos.

Milésimos que foram o suficiente para o homem de balaclava agir. Ele virou ligeiramente, desarmando o militar com um chute no pulso e imediatamente o submetendo ao chão.

─ Você sabe? ─ ele colocou seu joelho contra o pescoço do inimigo.

Ele tossiu, mas respondeu: ─ Não! ─ exclamou, mesmo com dificuldade por ter seu pescoço pressionado. ─ Eu não faço ideia!

O maxilar do homem de balaclava travou. Era a trigésima terceira invasão que ele e sua equipe realizavam em busca de informações, e a falta delas tornava tudo ainda mais frustrante.

─ Então do que vale sua vida? ─ um estalo se tornou audível, logo, ele saiu de cima do militar.

─ Maestro! ─ um aliado correu em sua direção. Ele estava ofegante. ─ Não acho que obteremos informação alguma sobre ele aqui.

O aclamado Maestro empurrou o rapaz para trás da barricada, rapidamente se movimentando; batendo as costas nos destroços ao seu lado. E com isso, uma sessão de disparos se iniciou.

─ Se eles não podem me dizer onde está o meu Consultor. ─ ele pegou a arma que havia descartado e a engatilhou, virando imediatamente e mirando na testa do rapaz que descarregou o pente em sua direção. ─ Vão encontrar seus aliados no inferno. ─ o Maestro soltou o gatilho e o corpo morto desabou no chão.

─ Você parece desesperado. ─ o mesmo homem que trouxe a informação, que parecia ter intimidade com o rapaz do rifle de assalto, disse.

─ Você não entende o quanto eu preciso vê-lo. ─ se levantou, olhando para as dezenas de corpos que ele havia abatido.

─ Não acha que está indo longe demais por um homem?

─ É exatamente por isso, é por estar disposto a ir tão longe que eu preciso achá-lo. ─ o Maestro se virou de costas. ─ Eu preciso confirmar algo ao vê-lo cara a cara.

Seu celular tocou e ele paralisou por alguns segundos ao ouvir a voz do outro lado da ligação.

📞 ─ Agente Frikë, encontramos ele.

Ele guardou sua arma e tirou a balaclava, revelando uma tatuagem em seu pescoço, uma tatuagem de flores, mas não como as de antes.

Eram flores de estoque, um apelido para as flores de matiola, conhecidas por aguentarem o inverno mais frio de todos, chamado de inferno por ser capaz de queimar a pele de humanos por sua temperatura.

Ele sorriu de uma forma que exalava confiança.

─ É melhor me esperar, Park Jimin, pois eu estou chegando.

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ᴀʀɢᴜs
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