ARGUS╿Jikook - [2ª temporada]

00╿Prólogo.

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ᴊᴇᴏɴ ᴊᴜɴɢᴋᴏᴏᴋ
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─ 𝕼uem é você?! ─ o homem que eu baliei milésimos depois de sua fala, perguntou. Mas eu ignorei. Pensava em outra coisa.

Park Jimin.

Desde o início eu acreditei que só o quis por ele sempre parecer inalcançável para mim.

Porém, quando Park Jimin sumiu, passei a acreditar que eu só o queria por ele ter me negado, por ele ter me rejeitado. Acreditei que queria mostrar para mim mesmo que eu era capaz de o ter.

─ O que vocês querem aqui?! ─ mais um tiro certeiro por minha parte.

E por muito tempo durante esses meses eu o procurei em todos os cantos, eu estive disposto a ir até o inferno se isso significasse que eu o encontraria. Eu queria que Park Jimin pagasse por ter ferido meu orgulho, meu ego.

Isso era o que eu acreditava que queria.

─ Peguem el... ─ antes do homem prosseguir sua ordem, eu matei a ele e todos os outros que pensavam em cumpri-la.

No entanto, quanto mais o tempo passava, quanto mais sem notícias dele ficávamos, mais o sentimento de vingança, rancor e ódio perdiam seus lugares para outro sentimento.

Eu vi meus sentimentos mais obscuros sendo tomados por desespero.

─ Jeon, me ouve? ─ franzi meu rosto ao ouvir o grito no ponto de comunicação que tinha em meu ouvido. ─ Achou ele? Onde você est... ─ o arranquei, tacando no chão, eu odiava pontos de comunicação.

Todos os meus sentimentos que, dia após dia, corroíam meu interior pela raiva que eu sentia dele, estavam sendo tomados pelos meus não sentimentos.

Não sentimentos porque eu tentei, eu me esforcei, eu lutei para negá-los até o fim. Mas foi impossível.

─ Ele está indo para a ala das celas, não o deixem passa... ─ atirei na boca do homem que tampava meu caminho, fazendo todos seus subalternos correrem pelo medo. Então, entrei na ala das celas.

E mais uma vez afirmo: foi impossível negar meus sentimentos quando eu vi Park Jimin chorando em minha frente.

Ele estava chorando, chorando lágrimas inconsoláveis, bem ali, diante de mim.

Eu pude sentir suas lágrimas rasgarem minha pele em uma dor triste. Doída. Solitária. Ele havia sido preso por mim. Por minha culpa. Park Jimin chorava como uma criança por minha culpa. E quando eu notei a culpa me consumir. Quando notei meus não sentimentos se alastrando pelo meu corpo, eu entendi.

Soava irreal acreditar no que meu coração queria depois de tudo o que eu e ele passamos. Mas naquele exato momento, eu aceitei. Eu ouvi meu coração.

E porra, ele gritava seu nome.

Ele gritava Park Jimin.

Como eu pude negar? Como eu poderia negar?

Suas lágrimas alcançaram partes do meu coração, me fazendo entender que: qualquer coisa pode se tornar amor.

Eu invadi sua cela, me agachando em sua altura e limpei suas lágrimas que caíam incessantemente.

─ Está chorando porque havia desistido? Não importa se você já tenha desistido ou não. ─ acariciei sua bochecha. ─ Porque eu ainda não desisti.

O coloquei em meu colo; não o deixaria fugir mais, eu não permitiria que o tomassem mais de mim.

─ Você disse que faria um inferno na minha mente. ─ o fiz colocar sua cabeça na curvatura do meu pescoço. Eu não queria que ele visse o que aconteceria ali a partir de agora. ─ De fato, foi um inferno enquanto eu não sabia onde você estava.

Engatilhei minha arma, com Park Jimin finalmente em meus braços.

─ Mas agora que te encontrei, quem vai fazer um inferno sou eu. ─ afirmei. Ele deveria se preparar, pois eu não desistiria de fazê-lo entender o que tanto demorei para entender. ─ Eu não desisti de você, Park Jimin. Então não desista ainda.

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ᴀʀɢᴜs
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