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ɴᴀʀʀᴀᴅᴏʀ
• ───━━━━━━━─── •𝕰smagando alguns cacos de vidros que estavam espalhados pela calçada, um homem com um sobretudo preto que quase tocava o chão e luvas da mesma cor, caminhava. Já o rapaz ao seu lado, com um casaco preto grudado a sua pele, puxou a gola dele, varrendo o lugar com seus olhos e analisando os destroços.
A construção, que já foi um refúgio seguro para muitas crianças, agora estava em ruínas. As janelas estavam quebradas, e as portas, arrancadas de suas dobradiças, elas pendiam desajeitadamente, balançando com o vento gélido da Coreia.
Grafites ameaçadores e obscenos cobriam as paredes, deixando claro que o local havia sido alvo de uma fúria desenfreada.
O rapaz da blusa de gola alta deu um passo à frente.
─ Eles fizeram um trabalho completo aqui, fratello.
─ Eles acreditavam que voltaríamos aqui. ─ afirmou o homem de sobretudo, com um toque de amargura. ─ Um recado claro: ou pagamos o que nossos pais deviam, ou eles continuam a destruir tudo o que um dia nos foi caro, kyōdai.
O rapaz que havia endireitado a gola de sua blusa, revelando marcas indecifráveis por seu pescoço, deu outro passo à frente, olhando os brilhos frescos das tintas.
─ Se eles queriam tanto dinheiro. ─ ele passou a mão na parede pichada. ─ Era só ter nos procurado, nós nunca nos escondemos.
O homem de luvas pretas ajeitou elas, desviando seu olhar para a rua.
─ Não é só sobre dinheiro. É sobre poder. Controle. ─ ele retornou a andar, mas em direção à saída. ─ Eles querem nos usar de exemplo para os demais devedores.
─ Estão nos caçando como presas. ─ ele tirou a mão da parede e voltou a caminhar.
─ Não são só eles. ─ o mais alto passou pelo portão. ─ Mas são só mais um.
─ Eles pediram por isso. ─ o rapaz com marcas indecifráveis em seu pescoço, também passou pelo portão, parando ao lado do outro. ─ Agora vamos mostrar a eles o que significa sobreviver a tudo isso.
Eles se entreolharam, e em seus olhos, faíscas de uma confiança exacerbada e poder emanava. Mas o soar dos telefones, mostrando uma ligação em grupo, os fez desvencilhar seus olhares.
📞 ─ Vice-Presidente Amòn e Espião Shizukesa... encontramos ele.
𓅂
Um homem de aparência impecável, com cabelos escuros perfeitamente penteados, vestia um terno preto brilhoso de grife, que refletia a luz suave dos painéis de LED dentro do carro, acentuando seu ar de autoridade e elegância.
Em uma mão, ele segurava um celular próximo à orelha, enquanto a outra repousava sobre um laptop aberto em seu colo, com vários arquivos e mapas na tela. Seus olhos estavam fixos no notebook, com uma expressão de concentração intensa em seu rosto.
─ Sim, confirmamos a localização. É uma instalação fora do radar, bem escondida. Precisamos agir rápido. ─ diz ele, enquanto seus dedos se moviam ligeiramente pelo teclado do notebook, acessando informações críticas.
📞 ─ Acabei de analisar as coordenadas. Levaram ele para baixo de uma montanha. O clima é exageradamente gelado. ─ Kim Namjoon afirmou. ─ Vamos precisar de um helicóptero.
─ Sem condições. Vamos improvisar a ida de carro, mesmo que demore.
📞 ─ Vamos precisar de mais pessoas. Invadir sozinhos esse lugar não parece viável. ─ Kim Taehyung propôs.
─ Sim. Enviarei a equipe que reuni para a coordenada exata, eles farão o reconhecimento antes da gente. Não podemos perder mais tempo, cada segundo conta. O governo está por trás disso, estamos lidando com um risco enorme, eles podem transferi-lo a qualquer momento.
Enquanto o homem se concentrava na chamada e nas informações no notebook, o motorista, até então silencioso e atento à estrada, começou a desviar o olhar para o retrovisor interno, observando seu passageiro com um olhar suspeito, fazendo a tensão no carro crescer quase que imperceptivelmente.
─ Vamos nos reunir. Passarei as coordenadas do local de reunião.
📞 ─ Kim. ─ a voz que todos não haviam escutado durante meses, finalmente surge, imponente e fria. ─ Já o fizemos esperar tempo demais.
📞 ─ Jeon, aguarde. ─ Kim Namjoon tentou intervir.
📞 ─ Isso é perigoso, senhor Jeon! ─ Jung Hoseok avisou.
📞 ─ Perigoso? Isso é suicídio. ─ Min Yoongi deixou claro.
E antes de outra resposta, o motorista fez um movimento brusco. Com uma mão ele tirou uma faca de debaixo do assento, a lâmina brilhava sob a luz do painel, e em um movimento rápido e certeiro, ele atacou Seokjin, mirando seu pescoço.
Kim, pego de surpresa, reagiu instintivamente. O notebook caiu do seu colo, deslizando para o chão enquanto ele levantou o braço para se defender. A faca cortou superficialmente o braço de Seokjin, e ele soltou um resmungo abafado de dor.
📞 ─ Bene? ─ Namjoon tentou se comunicar do outro lado da linha.
Ele segurou o pulso do motorista, tentando desviar do próximo ataque. O carro balançou ligeiramente, quase saindo de sua faixa, enquanto a luta se desenrolava.
─ Um momento. ─ Seokjin responde, lutando para manter a faca longe de si. ─ Serei breve. ─ ele tentou empurrar o motorista, mas estava em uma posição desvantajosa. O celular escorregou de sua mão, caindo no chão do carro, e a voz do outro lado da linha se tornou abafada e distante.
O motorista apenas o empurrou com mais força, tentando finalizar o ataque. Então o carro começou a desacelerar, aproximando-se perigosamente do acostamento. Seokjin, com um esforço final, usou a outra mão para pressionar um botão no painel, ativando o modo de segurança do carro, que travou as portas e emitiu um alarme silencioso.
A luta continuou por alguns segundos tensos, mas finalmente Seokjin conseguiu torcer o pulso do motorista, forçando-o a soltar a faca. E com um movimento rápido, ele jogou o motorista para frente, fazendo-o bater a cabeça contra o volante e o carro finalmente parar.
Respirando pesadamente, Seokjin pegou a faca caída e a tacou no banco do passageiro. E então, ele se inclinou para resgatar o celular, ouvindo o tumulto de vozes do outro lado da linha.
─ Ainda estou aqui. ─ diz ele, ajeitando seu terno e pegando seu notebook.
📞 ─ Quem o atacou?
─ A essa altura a pergunta deveria ser: quem não nos atacou até agora.
Com sua resposta, um silêncio na linha se formou, mas foi imediatamente interrompido por uma voz.
📞 ─ Estou indo. Com ou sem vocês. ─ Jeon disse, desligando a ligação.
Um suspiro se tornou audível.
─ De qualquer forma, ele está certo, não temos tempo. Preparem-se para qualquer coisa. Vamos resgatar Park Jimin.
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ᴀʀɢᴜs
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ARGUS╿Jikook - [2ª temporada]
Fanfiction[EM ANDAMENTO] Jeon Jungkook sempre foi ótimo em seguir todas as regras que lhe foram impostas, e quebrá-las estava fora de cogitação para ele. No entanto, a partir do momento que seus olhos pousaram nos dele naquele estado, ele sentiu seus ideais c...