Capítulo 3

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Any: Lorena! - A menina estava caída no chão do banheiro, desmaiada.

Maite: Meu Deus, o que ela tem?

Any: Não sei Mai, chama a Madre, fala para ela chamar o doutor Bernardo! - Falou, desesperada, enquanto apoiava a cabeça de Lorena em seu colo e tentava fazê-la despertar - Meu Deus, ela está ardendo em febre!

Logo Poncho e a Madre chegaram ao local. Ele sentou no chão ao lado de Any e ficou desesperado ao ver o estado da filha.

Poncho: Filha, acorda! - Chamou, sem sucesso. A preocupação e o medo do que poderia ter acontecido tomavam conta dele.

Alfonso pegou a filha no colo e a levou para o hospital. A Madre ligou e avisou seu médico de confiança para que atendesse a menina com urgência. Depois de muito insistir, Any conseguiu que a levassem até o hospital para ver como Lorena estava.

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Quando Any chegou ao hospital, Lorena já tinha sido examinada e medicada, dormia tranquilamente ao lado do pai, que estava sentado perto da cama. Poncho acariciava o rosto da filha e beijava sua mão, tentando transmitir todo seu amor e segurança. Foi essa imagem que Any viu ao chegar no local que dr. Bernardo a levou para ver a menina.

De repente, seu coração começou a disparar novamente. Dessa vez, não era apenas o homem que a tirava do eixo e causava sensações estranhas. Vê-lo ali, tão carinhoso, cuidando de sua amada Lorena fez seu coração disparar de uma forma diferente. Dessa vez ela sabia o que sentia: era um amor imenso que a invadia. Ela sorria, encantada e hipnotizada com a cena. Poncho percebeu que alguém estava  no quarto e virou-se para ver quem era.

Retribuir o sorriso foi um ato automático para ele, que cada vez que via a moça apreciava mais sua beleza. Any ficou ainda mais encantada, nunca tinha visto um sorriso tão lindo.

Poncho: Olá irmã. Que bom que veio, a Lorena vai ficar feliz de te ver.

Any: Como ela está? - Perguntou, se aproximando da cama. Estava nervosa, sua última conversa com ele não tinha sido muito tranquila.

Poncho: Bem, estamos aguardando o resultado de alguns exames, mas pelo que o médico já examinou não parece ser nada grave. O dr disse que provavelmente foi algo emocional, ela teve momentos intensos nos últimos dias, e é só uma criança. - Any se aproximou e ficou do outro lado da cama, começando a acariciar os cabelos da menina que dormia profundamente.

Any: Imagino. Acredito que o castigo que o senhor deu deve ter contribuído. - Falou automaticamente - Desculpa, não quero me intrometer, falei sem pensar - Corrigiu, constrangida ao perceber o que tinha falado.

Poncho: Não... tudo bem - Any tirou os olhos de Lorena e encarou Poncho, surpresa com o comentário - Eu ia mesmo te pedir desculpas quando a Madre te chamou e encontramos a Lorena no banheiro. Eu não quis reconhecer na hora, mas você tem razão, eu sou um péssimo pai, não deveria ter castigado ela assim agora que finalmente voltei.

Any ficou sem saber o que dizer, enquanto Poncho a olhava de uma forma que a incomodava. Ela não conseguia identificar se era um incômodo bom ou ruim. As coisas que a presença dele a fazia sentir estavam ficando cada vez mais confusas e difíceis para ela entender e lidar.

Any: Me perdoe por ter falado daquela forma... Eu amo muito a sua filha e não quero que ela sofra. Mas vou tentar me colocar no meu lugar e não me intrometer mais na sua forma de educá-la. Sei que o senhor deve saber o quanto ela é uma menina preciosa.

Poncho: Não, por favor, eu vou agradecer se puder me ajudar a lidar com ela. A Lorena não parou de falar de você, ela te ama muito, acho que vou precisar da sua ajuda para que ela me ame um pouco mais - Ele sorriu, sincero, fazendo o coração de Anahí disparar absurdamente.

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