Perderme en ti

Capítulo 44

Poncho a levou em casa, mas foi o caminho todo em silêncio, pensativo. Any estava sem jeito, de repente o clima entre eles tinha ficado mais pesado e ela não sabia como melhorar.

Any: Obrigada pela carona. - Disse quando ele parou o carro, dando um fraco sorriso.

Poncho: Foi um prazer. Mas, Any... - Respirou fundo e olhou para ela.

Any: O que?

Poncho: Me desculpe, eu não quero ser um chato e ficar atrás de você. Fui até a escola porque estava com muita saudade, mas prometo que vou me controlar. Você ainda não se sente confortável comigo e eu não sei como mudar isso, me doi ver você me evitar. Eu prometo que vou te deixar em paz, por mais que seja difícil para mim ficar longe de você.

Any: Não é isso. - Sentiu um aperto no coração por ver como ele estava triste. - Você não é chato, eu fiquei feliz em te ver.

Poncho: Mesmo? - Não conseguiu deixar de sorrir.

Any: Sim - Ela sorriu também -  Sabe... eu fiz muitas coisas que me arrependo nesses meses em que estive fora. E você está sendo tão maravilhoso, não quero te tratar como qualquer um. Eu me arrependo muito, mas estive com alguns homens nesse tempo e não quero fazer o mesmo com você. Eu quero merecer você. - Confessou, sincera.

Poncho ficou surpreso e com ciúmes pela revelação, mas queria que ela soubesse que aquilo não mudava o que ele sentia por ela.

Poncho: Não fala besteira - Ele virou para ela e segurou seu rosto com as mãos, para que ela olhasse em seus olhos - Você é a única que eu quero, o que mais desejo no momento é que meu sentimento seja correspondido, que você acredite em mim e eu possa te fazer feliz. Não precisa me falar sobre o que aconteceu, eu morro de ciúmes só de imaginar. Só me diz uma coisa, você se apaixonou por alguém? Pelo doutor?

Any: Não! - Respondeu prontamente, se afastando um pouco. Estavam próximos demais e ela estava louca de vontade de beijá-lo.

Poncho: Se o seu coração, que é o mais valioso, não tem outro dono, é isso que importa para mim.

Any sorriu e resolveu continuar a falar.

Any: Eu acredito que você não me enganou, não é por isso que estou te evitando. - Poncho sentiu um alívio e ficou feliz por saber daquilo - Quando eu achei que você só queria me usar, eu fiquei completamente perdida, sabia que não queria mais ser freira, mas também não teria a família que sonhei. Eu fiquei muito mal e inconsequente. Agora que eu sei a verdade, queria voltar no tempo e continuar tudo que estávamos vivendo, foi um sonho tão bom. E eu estraguei tudo. - Ela abaixou o olhar e sentiu as lágrimas brotarem em seus olhos.

Poncho: Hei, olha para mim - Tocou no rosto dela carinhosamente, fazendo-a olhar para ele - Esquece o tempo que perdemos e vamos continuar de onde paramos. Vamos fingir que esse tempo separados não existiu. Eu te amo! Cada vez tenho mais certeza disso e não me importo com quem você esteve ou o que você fez, eu te amo do jeito que você é. Se você quiser, vamos pensar só no presente e no futuro e ser felizes. Você dizia que me amava, eu estou disposto a tentar te conquistar outra vez.

Any: Você não precisa tentar nada, o que eu sinto por você não mudou. - Ele sentiu uma alegria imensa com aquela revelação - Mas eu preciso de um tempo. Eu não podia falar, mas fiz um voto com Deus e por isso não deixei você me beijar. - Revelou, tímida.

Poncho: Então é isso? - Ele sorriu ainda mais, feliz por saber que ela não estava evitando porque não o queria.

Any: Sim. E eu preciso ir embora antes que não resista mais. Obrigada mais uma vez! - Ela abriu a porta rapidamente e saiu do carro.