Capítulo 17

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Chris: Eu ouvi um barulho. Você ouviu?

Maite: Não! - Os dois ficaram um tempo em silêncio - Ouvi agora! Mas o que você acha que pode ser?

Chris: Vem comigo! Tem uma sala escondida, eu acho que o barulho vem de lá.

Maite arregalou os olhos.

Maite: Não pode ser...

Chris: Vamos ver - Ele saiu na frente e Maite o acompanhou, sem querer acreditar que poderia ser o que ela estava pensando.

Poncho estava ligando, Maite tinha desligado a ligação e ele se preocupou ainda mais. Mas ela não o atendeu, seguiu com Christian até chegarem na sala.

Any: Madre, me tira daqui, por favor! - Ela falava e batia na porta.

Maite: Meu Deus, Any! - Gritou da porta - Any, sou eu e o Chris.

Any: Mai, graças a Deus! - começou a chorar aliviada - Abre essa porta, a Madre me trancou aqui.

Maite: Ela tá maluca? Não acredito que ela fez isso.

Chris: Any, eu não tenho a chave dessa sala.

Any: Eu preciso sair, me ajuda! - Implorou.

Maite: Calma, vamos tomar cuidado para não acordar a Madre e nem mais ninguém. Eu vou ligar para o Alfonso, ele vai ajudar.

Any: Tá bom.

Maite ligou e em alguns minutos Poncho chegou ao colégio acompanhado de um chaveiro. Foi até a entrada dos fundos e Christian o ajudou a entrar pela capela, depois foram até onde Any estava, com cuidado para não serem vistos.

Poncho: Any! Você tá bem? -Falou ao chegar na porta.

Any: Vou ficar quando sair daqui.

Poncho: Eu trouxe um rapaz para ajudar, ele é chaveiro.

O homem começou a mexer na fechadura.

Poncho: A Madre enlouqueceu de vez, isso não vai ficar assim! - Falou com Christian e Maite, indignado. - Como ela teve coragem de trancar a Anahí como uma prisioneira?

Maite: Eu confesso que também não acredito que ela fez isso.

Logo o chaveiro conseguiu abrir a porta e Any saiu correndo, indo diretamente para os braços de Poncho. O rapaz saiu com a ajuda de Christian, que chamou um táxi para ele.

Any: Me tira daqui, por favor. -Falou enquanto abraçava Poncho com força e chorava, sentia uma mistura de alívio e desespero, tudo que ela queria era ir pra longe dali.

Poncho: Claro, meu amor. Calma, já passou. Como você está?

Any: Péssima, decepcionada com a Madre e assustada. Obrigada Mai, eu ouvi um barulho e achei que fosse a Madre na sala dela, resolvi pedir para me tirar, que bom que eram vocês. - Falou se afastando de Poncho e indo abraçar a amiga. Sentia-se fraca, mas saber que tinha conseguido sair tinha ajudado a ficar firme.

Maite: Estávamos preocupados, a Madre falou que você tinha pedido para ir para um retiro e não acreditei, viemos ver se encontrávamos alguma pista sobre você na sala dela e também pegar seu celular. Tá aqui, pega - entregou o celular para ela.

Any: Obrigada! Ela ficou furiosa quando eu falei que não queria mais ser freira e me trancou aqui, disse que era para eu rezar e esquecer isso. Sabe lá até quando ela ia me deixar aqui sem comida. - Lembrar o tempo que ficou presa a deixou angustiada, fazendo-a voltar a sentir falta de ar.

Poncho: O que ela fez é crime de cárcere privado, ela vai ser presa por isso! - Falou, nervoso.

Maite: Isso é estranho, não tem lógica obrigar alguém a seguir a vida religiosa.

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