Logo Any fez o exame, o ortopedista avaliou e foi preciso imobilizar o tornozelo dela. A Madre tinha mandado um motorista para buscá-la, não permitiria que ela voltasse com Poncho, o que o deixou extremamente irritado. Queria muito levá-la e conversar mais um pouco com ela, mas não tinha o que fazer.
Any: Obrigada por tudo, Alfonso. Por me permitir continuar próxima da Lorena, pelo passeio e por ter me trazido aqui.
Poncho: Eu que agradeço, fazia muito tempo que eu não me sentia tão bem. Espero que tenhamos outros dias como esse, afinal somos amigos, né?
Any: Sim... Mas amigo de noviça é diferente, então não posso te garantir nada. Agora se precisar de uma oração, de um conselho... Estou aqui.
Poncho: Com certeza vou precisar de conselhos - Ela fez uma expressão confusa, tentando entender onde ele queria chegar - Digo, conselho para a Lorena.
Any: Claro - Os dois sorriram, mas sofriam por aquele dia ter terminado.
Na volta para casa, Poncho dirigia sem tirar o sorriso do rosto. Lembrava de momentos do seu dia e seu coração se enchia de alegria. Ali, lembrando de Anahí, do seu sorriso, seu rosto lindo, seus olhos, sentindo seu perfume que ainda estava presente no carro, ele tomou uma decisão: iria mostrar para Any que ela não tinha nascido para ser freira. Ela tinha um lindo futuro pela frente e ele iria ajudá-la a encontrar esse novo caminho.
Ao chegar em casa, Lorena foi correndo ao seu encontro.
Lorena: Papi! Como está a Any?
Poncho: Bem, mas teve que imobilizar o tornozelo. -Ele beijou a filha, mas não conseguia tirar o sorriso do rosto.
Dulce: Tadinha! Mas ela deve estar bem mesmo, e você também, com esses olhinhos brilhando, Sr Herrera! Estava até agora no hospital mesmo ou estava aprontando por aí?
Poncho: Por incrível que pareça eu estava no hospital mesmo, prima querida - Ele foi até Dulce e deu um beijo estalado em sua bochecha. - Preciso tomar um banho, já venho para jantarmos.
Dulce assentiu, intrigada. Algo estava acontecendo com Poncho, ele estava de um jeito que ela não o via há anos. E ela queria descobrir o motivo para ajudá-lo a ficar sempre assim.
Poncho foi olhar seu celular, que estava esquecido no bolso desde aquela manhã. Viu que tinha 14 ligações perdidas de Belinda e respirou fundo, sem paciência. Não sentiu a menor vontade de retornar, sabia que ela iria reclamar por ele não ter atendido.
Resolveu mandar uma mensagem:
"Beli, estou ocupado, desculpe. Depois te ligo."
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Any já estava deitada, tinha tomado um banho com a ajuda de Maite e ela tinha ido buscar o jantar, comeriam juntas no quarto. Ela estava pensando no seu dia, sorrindo ao lembrar de como foi bom estar com Poncho e Lorena. Fizeram coisas tão simples, mas ela tinha sido extremamente feliz ao lado deles. Estava em dúvida se tinha dado liberdade demais para "o pai de uma aluna", mas que mal teria se fossem amigos? Isso não era pecado. Seu celular apitou e o sorriso se alargou ao ver que era uma mensagem de Poncho.
"Oi Any! Esqueci de falar para você não esquecer de tomar os remédios na hora certa e não forçar o tornozelo. Descanse!"
Ela franziu o cenho, que mensagem era aquela? Mas sorriu apenas pelo fato dele ter se lembrado dela.
Poncho percebeu depois de enviar que aquilo poderia parecer sem sentido, afinal ela não era filha dele. Mas não sabia como começar a conversa, foi a única forma que encontrou.

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Perderme en ti
FanfictionEla viveu em silêncio. Ele sobreviveu à dor. Agora, juntos, vão redescobrir o amor. Alfonso é um empresário bem-sucedido, mas carrega nos olhos o luto por sua falecida esposa. Vive cercado de luxo, mas sente-se vazio por dentro. Anahí, uma noviça de...