Capítulo 12

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Quando já estavam quase chegando, Poncho percebeu que Any estava dormindo. Ele parou o carro perto da escola, estacionando em um local que parecia seguro. Depois, inclinou o banco do passageiro devagar, para que Any ficasse mais confortável. Ficou observando-a.

Poncho: É, Any... - Falava baixinho - Acho que minha felicidade está em suas mãos. Não dá mais para negar, você já ganhou meu coração. - Ele começou a passar a mão nos cabelos dela levemente, precisava senti-la, mas não queria que ela acordasse. Queria ficar observando-a por mais tempo.

Poncho resolveu olhar o celular e viu que tinham várias ligações da empresa, provavelmente coisas importantes e que ele tinha ignorado completamente, só para aproveitar com Anahí.

Poncho: Eu tô perdido! - Riu de si mesmo - Além de roubar meu coração, essa mulher vai me levar à falência.

Any se mexeu, acordando lentamente.

Any: Nossa, eu dormi. Que horas são?

Poncho: Duas e meia, já estamos na escola. Fiquei com dó de te acordar.

Any: Eu preciso entrar. Obrigada por tudo, eu amei! - Sorriu.

Poncho: Eu também amei.

Any estava com uma louca vontade de beijá-lo, mas ficou sem graça. Não reconhecia aquele sentimento e tinha medo que ele a achasse uma atirada.

Any: Então... tchau! - Ela virou para abrir a porta, mas ele segurou em uma de suas mãos.

Poncho: Espera. Será que ganho um beijo de despedida? -Falou, sem graça.

Any: Claro! - Era o que faltava para ela se jogar nos braços dele e beijá-lo com a mesma intensidade em que seu coração estava disparado e suas veias pulsando de desejo.

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Algumas semanas se passaram e Any e Poncho deram um jeito de se encontrar quase todos os dias, com exceção dos finais de semana, quando ele estava com Lorena. Os dois tinham ido outra vez ao cinema, à praia e outras vezes ficavam em um local escondido no jardim da escola, bem distante de tudo. A Madre não desconfiava de nada e Any estava cada vez mais feliz pelo que estava vivendo com Poncho, começando a perceber que estava completamente apaixonada e que realmente queria deixar a vida religiosa para ficar com ele.

Seus encontros eram sempre intensos, com beijos e carícias que eram cada vez mais difíceis de controlar para ambos, mas principalmente para Poncho. Ele tinha falado para Any que Dulce e Christopher sabiam do que estava acontecendo e poderiam ajudá-los, já que eram confiáveis. Any queria fazer uma surpresa para Poncho e lembrou que poderia contar com Dulce. Resolveu ligar para pedir ajuda.

Dulce: Irmã Any, tudo bem? Aconteceu alguma coisa com a Lorena?

Any: Não Dulce, fica tranquila. É que eu preciso de uma ajuda, pra mim mesma. Você poderia vir aqui com a desculpa de que quer ver a Lorena? E aí vamos na capela conversar.

Dulce: Claro, pode ser depois do almoço?

Any: Ótimo, pode ser sim. Te espero! Ah, lembra que a Madre não pode saber.

Dulce: Pode deixar.

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Na empresa, Poncho conversava com Ucker.

Poncho: Eu já dispensei os empregados, hoje vou com a Any lá em casa. Pedi para eles prepararem o ambiente para mais uma surpresa e só pensei que daria para fazer lá. Será que ela vai se sentir mal?

Ucker: Você não disse que ela está super a vontade com você? Que quando estão juntos ela nem lembra que é uma noviça?

Poncho: Sim, mas tem coisas que eu sei que ela não quer que aconteçam e eu vou respeitar, tenho medo dela achar que estou forçando algo.

Perderme en tiOnde histórias criam vida. Descubra agora