Capítulo 36

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Dulce tinha ficado para dormir, a pedido de Poncho. Precisavam disfarçar para Lorena não perceber que Any tinha dormido lá e explicar para Any porque estava ali, já que ela provavelmente não se lembraria.

Any acordou e olhou ao redor, sentindo sua cabeça pesar como nunca. Quando identificou onde estava, levantou rapidamente, o que fez a dor aumentar. Mas logo ela viu Dulce sentada na poltrona que havia no quarto.

Any: Dulce? O que faz aqui? Aliás, o que eu faço aqui? - Ela observava o ambiente, confusa - Esse é o quarto do Alfonso? Quanto tempo eu dormi? Meu Deus, minha cabeça vai explodir. - Falou fechando os olhos.

Dulce: Bom dia! Calma, toma isso aqui, o Poncho já deixou separado para você - Pegou os remédios e água que estavam na cômoda e levou para ela, que tomou sem contestar. - Você estava em um barzinho ontem, bebeu demais, tinha uma pessoa perigosa com você. O Poncho foi ajudar e te trouxe para cá.

Any: Por que eu tô com essa roupa? Não lembro de quase nada. - Perguntou, tentando entender.

Dulce: Eu trouxe para você e te ajudei a tomar banho e se vestir.

Any: Tô lembrando só que estava com um homem bebendo e conversando, lembro vagamente do Alfonso chegando... - Forçava a memória.

Poncho entrou no quarto rapidamente, sentou na cama e puxou Any para um forte abraço. Ela se assustou, mas não impediu. Dulce também olhava assustada, sem entender a reação dele, já que de repente Poncho começou a chorar desesperadamente.

Poncho: Eu quase te perdi! - Falava entre soluços - O que eu ia fazer se você tivesse morrido? Eu não iria suportar, eu te amo Any, te amo muito!

Any: O que aconteceu? - Perguntou enquanto ele a abraçava. Any não entendia o motivo daquele ato repentino, mas era muito bom ter aquele abraço outra vez depois de tanto tempo. Ali, se sentindo tão amada nos braços de Alfonso, ela não conseguiu raciocinar ou ser dura como estava sendo ultimamente. Sem pensar, Any também envolveu seus braços nele e nenhum dos dois queria desgrudar.

Anahí ainda tentava processar como tinha ido parar ali, mas uma coisa tinha entendido: Poncho se preocupou com ela e agora estava sendo sincero naquele abraço. Resolveu não resistir, aproveitou o momento sentindo seu coração se alegrar por estar perto dele.

Alfonso não respondeu a pergunta, continuou chorando em silêncio por mais um tempo.

Dulce: Poncho, tá me deixando preocupada. - Falou se aproximando.

Ele respirou fundo e se afastou, mas olhava para Any e seus olhos transbordavam em lágrimas.

Poncho: Depois eu explico. - Tentou se conter - Como você tá, tá sentindo alguma coisa?

Any: Só muita dor de cabeça e vergonha. - Falou, abaixando o olhar.

Poncho: Vergonha por que? - Disse secando as lágrimas.

Any: Porque vocês me trouxeram bêbada e eu nem lembro quase nada, devia estar muito mal. Eu não sei o que tá acontecendo comigo... Eu só queria me divertir um pouco, não era para exagerar. - Falou, sentindo-se arrependida.

Poncho: Esquece isso. O importante é que você tá aqui e bem.

Dulce: Eu dei os remédios para ela.

Poncho: Obrigado. Dul, vai ver se a Lorena acordou, por favor. Precisamos fingir que a Any chegou aqui agora de manhã ou ela não vai entender nada.

Any: Será que eu posso ficar aqui no quarto e ver a Lorena mais tarde? Preciso me sentir melhor, entender tudo isso. Posso confundir a cabecinha dela se não estiver bem.

Perderme en tiOnde histórias criam vida. Descubra agora