Perderme en ti

Capítulo 32

Alguns minutos depois, Poncho desceu outra vez. Any permanecia na sala, sofrendo por ter que ir embora quando seu desejo era ficar ao lado dos dois.

Poncho: A Lorena pediu para te chamar. Ela está quase dormindo. Vamos lá?

Any: Eu já ia embora. Mas não consigo negar nada para ela.

Poncho: Sim, e ela sabe disso e abusa de você, né?

Any: Que nada, eu amo mimar a Lolo. - Ela sorriu.

Poncho: Fico feliz que pelo menos a Lorena tenha seu carinho.

Any ficou séria, tinha percebido durante a tarde que Poncho estava chateado com ela pela forma que ela estava lhe tratando e, ao contrário do que ela esperava, nem ela mesma estava satisfeita com aquilo.

Any: Vamos lá, tá ficando tarde - Ela foi subindo as escadas e Poncho a acompanhou, ambos em silêncio.

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Lorena: Até que enfim, eu tô com muito sono, mas precisava realizar esse sonho. - Ela estava sentada na cama e levantou, indo encontrar com eles na porta.

Lorena pegou na mão dos dois e foi andando até a cama.

Any: Eu estava com saudade de te fazer dormir.

Lorena: E eu de você. Mas hoje quero diferente. - Ela deitou, ainda segurando as mãos deles, que estavam um de cada lado da cama.

Poncho: Como?

Lorena: Senta aí Papi e Any.

Os dois se olharam, desconfiados, e sentaram um de cada lado de Lorena, que deitou. A menina sorriu, olhando de um para o outro com os olhinhos brilhando de felicidade. Pegou uma das mãos de Any e colocou em sua cabeça, automaticamente Any sorriu e começou a acariciar seus cabelos. Depois, Lorena fez o mesmo com uma das mãos de Poncho. Any e Poncho se olharam, estavam próximos demais. Lorena apenas observava sorrindo. Segundos depois, a menina pegou as outras mãos deles e as uniu, deixando ambos surpresos pela atitude e com seus corações acelerados com aquele toque.

Lorena: Olhando vocês dois assim, meu coração parece que vai explodir de alegria. Olha, tá batendo muito! - Ela levou a mão deles, ainda unidas, ao peito dela.

Any estava com os olhos cheios de lágrimas e Poncho também estava emocionado. Anahí era a mãe que ele queria que Lorena tivesse e a mulher que ele amava e queria ao seu lado. Mas ele sofria ao saber que não teriam aquilo como sua realidade.

Poncho apertou a mão de Any, queria aproveitar a oportunidade. Se dependesse dele, não a soltaria nunca mais. E com aquele simples toque Any sentiu seu corpo inteiro desejar por mais, ela precisava senti-lo mais.

Any: Te amo, minha princesa. Sonhe com os anjinhos.

Poncho: Boa noite, filha - Ele deu um beijo no rosto dela.

Lorena: Eu amo muito vocês! Ter vocês dois assim me fazendo dormir juntinhos é um sonho - Ela pegou as mãos deles, unidas, e deu vários beijinhos. Depois uniu as mãos dela às deles, segurando-as em cima de seu peito, e fechou os olhos. - Canta para eu dormir, Any! - Pediu, sorrindo de olhos fechados.

Any: Seu papi vai se assustar com minha voz - Ela riu do próprio comentário.

Poncho: Nunca. - Na verdade estava ansioso para escutá-la.

Any deu um sorriso tímido e começou a cantar: