Capítulo 38

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A moça saiu rapidamente, envergonhada.

Any: Essa moça é nova aqui né? - Reparou.

Poncho: Sim, está trabalhando no lugar da Carolina. Ela pediu demissão um pouco depois que você foi embora.

Any: Entendi. Acho que ela ficou sem graça - Any riu e Poncho a acompanhou. Era bom ter um clima mais leve entre eles outra vez.

Poncho: Ela percebeu que atrapalhou. - Any deu um sorriso tímido .

Any: Mas foi melhor assim.

Poncho: Por que? - Perguntou, decepcionado por achar que ela não queria beijá-lo.

Any: Porque estamos na sua casa, a Dulce e a Lorena podem aparecer a qualquer momento.

Poncho sorriu, aliviado por saber que era apenas aquele o problema.

Poncho: Vem comigo. - Ele levantou e a puxou pela mão. Mas não deu tempo de levá-la onde queria.

Dulce: Ah você tá aí - Falou ao chegar na escada - A Lorena não aguenta mais ficar no quarto. - Dulce foi descendo e percebeu que Any e Poncho estavam de mãos dadas, o que a fez sorrir. - Atrapalhei alguma coisa?

Any e Poncho se olharam, mas ela logo respondeu.

Any: Não, eu queria mesmo ver a Lo. Chama ela.

Dulce controlou o riso, olhando as mãos deles.

Dulce: Eu já venho, mas acho que vou demorar uma meia hora, se quiserem aproveitar o tempo...- Falou segurando o riso.

Lorena: Titia, que demora - Lorena apareceu no topo da escada - Any! Você chegou! -Falou animada e começou a descer rapidamente.

Poncho: Devagar, filha. - Orientou.

A menina chegou até Any e pulou em seu colo.

Any: Cuidado, sua barriguinha - Disse beijando o rosto dela em seguida.

Dulce: Desculpa, eu tentei - Falou baixinho com Poncho, que apenas assentiu, sorrindo.

Mesmo que não tivesse matado a saudade que sentia de Any, Poncho estava feliz por perceber que ela tinha mudado de atitude.

Poncho: Vamos almoçar?

Lorena: Sim. Eu tô com muita fome. Tem batata frita?

Poncho: Não pode comer isso ainda, Lo. -Falou pacientemente.

Lorena: Ai que saco! - Ela cruzou os braços e fez bico.

Any: Que pequenininha mais bravinha, tá merecendo uma cosquinha - Ela começou a mexer no pescoço da menina, que deu risada.

Os quatro foram até a mesa e estavam sentando, quando Lorena parou.

Lorena: Papi, posso escolher os lugares hoje?

Poncho: Pode.

Lorena: Eu quero ficar na ponta hoje, como a rainha. - Falou cheia de pose.

Dulce: Claro, majestade. - Brincou.

Lorena: Titia, não fica brava, mas eu quero a Any do meu lado e meu papi do outro. Para ficar como se a Any também fosse minha mamãe.

Any sorriu encantada com aquilo. Sem perceber, estava voltando a acreditar que talvez pudessem realmente formar uma família. Poncho ficou imensamente feliz ao ver que Any gostou do que Lorena tinha falado.

Any: Oh meu amor, eu amo brincar de ser sua mamãe, mas você tem uma mamãe linda, ela só não está aqui. Nem eu e nem ninguém nunca poderá ocupar o lugar dela. -Lembrou com carinho.

Lorena: Não mesmo, mas ela ficaria muito feliz se você pudesse cuidar de mim como uma mamãe, já que ela não pode mais.

Any: Será?

Lorena: Com certeza, né Papi?

Poncho: Sim filha, também não tenho dúvidas.

Any e Poncho se olharam, ambos desejando que aquilo pudesse ser real. Dulce os observava cerrando os olhos, tentando entender o que estava acontecendo.

Eles almoçaram com Lorena, que ficou falando sobre Any ser sua mamãe e às vezes reclamando porque não tinha doce de sobremesa e nem batata frita. Quando terminou de comer, a menina chamou Any para ir brincar e ela foi sem pensar duas vezes.

Dulce: Agora me fala, o que eu perdi? Porque eu vi muitos olhares e risinhos de você com a Any, até parece que voltei no tempo. Ela resolveu acreditar em você? - Falou assim que percebeu Lorena e Any sumindo no topo da escada.

Poncho: Se ela acredita eu não sei, mas está me tratando bem. Só espero que não seja por obrigação pelo que eu fiz, por achar que eu a salvei e ela me deve algo.

Dulce: Mas você a salvou mesmo. - Disse, óbvia. - Ela seria muito ingrata se não reconhecesse.

Poncho: Sim, mas não quero que ela se aproxime de mim por isso, e sim se ela realmente quiser.

Dulce: Para de ser bobo, tá na cara dela que ela quer.

Poncho ia responder, mas a campainha tocou e Dulce levantou rapidamente.

Dulce: Ah deve ser o meu amorzinho. Combinamos de ir ver os últimos detalhes para o casamento. -Explicou animada.

Poncho: Verdade, falta só um mês agora.

Dulce: Nem me fale. Tô nervosa!

Dulce abriu a porta e realmente era Ucker.

Ucker: Oi, minha linda - Ele deu um selinho nela e em seguida cumprimentou Poncho. - Tudo bem?

Poncho: Acho que sim... Melhorando. - Ucker e Dulce sentaram no sofá com Poncho.

Ucker: Tenho notícias sobre o Paulo. Parece que saiu do país de novo.

Poncho: Como assim? Isso é bom ou ruim?

Ucker: Bom porque não se aproxima da Anahí, e ruim porque fica mais difícil ser preso caso consigamos provas contra ele.

Poncho: Mas ele pode ter pessoas aqui trabalhando para ele, né? O cara do bar, por exemplo.

Ucker: Sim, tem essa possibilidade também.

Poncho: E o que vamos fazer? - Perguntou, preocupado.

Ucker: Seguir os próximos passos que ele der e continuar tomando cuidado, acho que não podemos fazer nada além disso. E a equipe continua buscando provas contra ele.

Dulce: Será que ele desistiu de prejudicar a Any?

Ucker: Duvido muito. Talvez só queira dar um tempo para não ficar suspeito. Uma pessoa que tenta matar a outra não desiste assim do nada, ele deve ter bons motivos para isso.

Poncho: E isso só mostra que deve algo e tem medo que a Any descubra. Ou sabe que de alguma forma ela é uma ameaça para ele.

Ucker: Sim. Isso mesmo.

Poncho respirou fundo, preocupado. Não ia conseguir ficar em paz enquanto aquele homem não estivesse preso.

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Nota:

Desculpem o capítulo curtinho, compensarei no capítulo de domingo ☺️

E então, será que o clima entre eles vai melhorar mesmo? E esse Paulo, o que vocês acham que ele tem contra a Any?

Obrigada pela leitura, votos e comentários. Próximo post no domingo, espero vocês ❤️⭐️

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