Eu não vou ser mais seu baby?

279 22 35
                                    


--- CHAY ---

Eu estava no quarto jogando no celular, Kim ficou mais restritivo com "telas" com o passar dos dias de turnê, principalmente com quantidade de gente que falava sobre a decepção de Kim ser realmente gay e ter um relacionamento com uma pessoa como eu. Apesar dele já ser abertamente gay há séculos, e, bom, eu ser uma pessoa incrível, pelo menos era o que eu estava tentando aprender com a terapia.

Não era bem isso, era mais sobre não ser minha culpa ter sido abandonado pela minha mão, ela ter tentado nos matar, ou sobre como eu sou... Coço a minha cabeça e volto a me concentrar no jogo, estava frio hoje e eu estava esperando Kim chegar de uma entrevista, estava vestindo um dos tantos pijamas que ele comprou pra mim depois que chegamos.

Nós tínhamos vivido muitas coisas e evoluímos tanto em relação a conversas, no age, fizemos tantas coisas juntos... Coloco um filme e me recosto na cama, pego meu urso e abraço, sentindo o perfume, estava concentrado quando o celular é tirado da minha mão.

- Você chegou. – Eu subo o olhar para Kim, ele me olha impassível.

- Você comeu? Escovou os dentes? – Ele está sério, e aborrecido, estranho, franzo o cenho chateado, sem entender.

- Sim, comi o jantar que deixou...e escovei os dentes. – Eu respiro o fundo, balanço a cabeça. – Daddy, o que houve?

- Mitt me ligou, ele está muito preocupado com você. – Eu engulo em seco, confuso. – Então, você está em perigo? Todo mundo há milhares de km de mim sabe e eu não? – Ele está bem puto, eu odiava a forma como ele parecia ser calmo e tranquilo, quando na verdade estava fervendo por dentro. – Você pediu ajuda? Achou mesmo que poderia cuidar disso sozinho.

- Daddy... – Eu me movo ficando de joelhos na cama e me aproximando de Kim. – Eu só não queria te deixar preocupado, poderia ser... algo... Poderia não ser nada demais, você ficaria preocupado atoa. – Falo como se fosse óbvio, eu gesticulo com os braços, mas parece que ele não entende.

- Mesmo que fosse. – Ele grita. – Mesmo assim eu ainda seria a pessoa a estar do seu lado. – Ele suspira. – Eu não vou debater isso com você agora, vou dormir no outro quarto.

- Mas, Kim. – Seguro sua mão.

- Se você pode resolver as coisas sozinho, como gente grande, se não precisa de mim. – Ele solta uma risadinha. – Se não precisa do seu Daddy pra cuidar de você, não precisa pra dormir também. – Eu fungo chateado e ele sai do quarto fechando a porta com força, as lágrimas caem dos meus olhos e caio sentado na cama, abraço meu urso e soluço contra ele.

--- KIM ---

Eu escuto o Chay chorar e isso parte meu coração, eu suspiro e me encosto na poltrona tomando uma garrafa de cerveja, em geral eu não bebia quando estava em turnê, mas hoje... Ele estava sendo ameaçado, ameaçado há meses? E eu não fiquei sabendo. Como eu nem desconfiei? Suas mudanças de humor, seus medos, suas manhas que vinham do nada.

Passo a mão pelo cabelo chateado, como eu não percebi? Bebo o resto da cerveja em m gole só, e me recosto na cadeira. Lambo meus lábios e suspiro, me levanto e caminho pro chuveiro e tomo um banho, eu caminho até o quarto em que Chay estava, tinha se passado em torno de 2 horas, realmente não queria fazer isso, mas no momento era o que ele precisava.

Eu caminho até o closet e visto um pijama, tenho certeza que ele não percebeu que eu entrei, está enrolado na cama, ainda funga abraçado com o urso. Seco o meu cabelo, caminho até a cama e me sento, o puxo pela cintura em minha direção.

Sob Meu Domínio (KimChay) 2º TEMP.Onde histórias criam vida. Descubra agora