Daddy

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---CHAY---

Acordo ainda com seus braços em torno de mim, e por um momento não quero me virar, fico ali parado, pensando em tudo que aconteceu nos últimos dias. Me pergunto o que vai acontecer de agora em diante, e quando poderia voltar a ter uma vida normal, se isso pode acontecer realmente...

- Não pense demais... – Kim sussurra colocando o queixo em meu pescoço.

- Quanto tempo vamos ficar aqui? – Tento olhar pra ele, mas estou preso.

- O suficiente, até ser seguro, por quê? Já se cansou? – Noto o sorrisinho em sua voz e reviro os olhos.

- É que... A faculdade, Porsche. – Dou de ombros.

- Até ser seguro, e sem mais conversas. – Kim beija meu pescoço o que me faz arrepiar, então eu sorrio com as cócegas que ele começa a fazer em minha cintura. Tento sair do seu agarre e ele continua a me cutucar. Até que me segura pela cintura contra a cama, tento virar meu corpo, mas ele agarra meus braços e coloca um de cada lado, aproxima nossos rostos. A respiração acelerada, quando eu acho que vai rolar, e estou esperando por isso ele diz: – Isso aí, quietinho Baby. – Então, ele beija minha testa, levanta e sai em direção a porta. – Vou fazer café da manhã, te espero lá embaixo.

Paro por um segundo embasbacado, semicerro os olhos, ele esteve ali, perto e simplesmente foi embora, ELE FOI EMBORA. Ai que ódio. Respiro fundo e bato na cama. As vezes eu o odeio.

Vou em direção ao banheiro e tomo meu tempo para fazer o que eu tenho que fazer, passo no meu quarto e troco de roupa antes de descer, enrolo o máximo possível, acho que estou com um pouco de vergonha. Você se deixa a mercê de uma pessoa que até ontem estava xingando e ela fica fazendo charminho? Eu também sei fazer.

Caminho até a cozinha, que está cheirando tão bem que não consigo ficar longe por muito mais tempo, quando chego a cozinha Kim está de costas, no fogão, mexendo em uma panela, então me sento na bancada e fico observando-o.

- Sinto seus olhos em mim. – Ele sibila.

- Por que? Não pode? – Pergunto mexendo numas coisas que estão do meu lado. – Não tem mais nada para fazer aqui mesmo.

Ele se vira e me olha por um momento, me analisando, caminha até mim devagar e eu vejo em seus olhos que está planejando alguma coisa. Coloca suas mãos uma de cada lado do meu corpo, então passa seu polegar por minha bochecha. – Tudo bem, hoje vamos fazer um programa diferente, que tal? – Eu tenho certeza que meu olhar se ilumina porque ele sorri, não aquele risinho debochado, mas seu sorriso de verdade, aquele pelo qual me apaixonei quando me tornei seu fã.

- O que? – Pergunto animado.

- Vamos almoçar e passar a tarde em um riacho aqui perto... – Ele passa a mão pelo cabelo ainda sorrindo, eu seguro em seus ombros animado.

- Mesmo?

- Toma seu café, e depois nós arrumaremos as coisas pra sair, é um pouco longe, só se chega caminhando, mas... se quiser ir. – Ele dá de ombros me analisando.

- Claro que eu quero. – Desço da bancada roçando meu corpo no seu e sinto seu corpo reagir diferente, viro meu rosto para encarar ele e roço meus lábios nos seus tentando passar por ele. Ele me imprensa contra a bancada levemente e se abaixa contra meu ouvido.

- Não brinca comigo Baby.... – Ele sussurra.

- Não fiz nadinha. – Sorrio docemente o empurrando pra trás, e caminho em direção ao armário para pegar uma tigela, colocar o mingau e tomar café, Kim permanece paralisado no mesmo lugar, ouço seu bufar alto e sua respiração, sorrio de satisfação, e continuo colocando minha comida, e depois caminho até a mesa. Coloco um copo de água, me sento e começo a comer calado, neste ponto, Kim já virou e me observa com os olhos semicerrados. – Você não vai comer?

Sob Meu Domínio (KimChay) 2º TEMP.Onde histórias criam vida. Descubra agora